Carlos Cordoeiro
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Poema Talvez Um Dia
escrever sem sentir
amar sem ver
beijar levemente.
Talvez um dia desse
para chorar sem lágrimas
sentir sem dor
falar sem mágoa.
Talvez um dia desse para
sentir tudo isto
com mais amor e paixão
sem deixar correr entre os dedos.
Talvez um dia desse para chorar
sem dor, nem mágoa
sem angústia, nem desespero
sem olhares indiscretos.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Sangue
Há sangue entre nós
palavras cortantes
olhares que esfaqueiam
poses que nos matam.
Há rios vermelhos que causam dor
lágrimas que soltam-se
lágrimas que magoam
flechas que penetram a alma.
Há sangue doce
que adoça a boca
mas envenena a alma
e o espírito dos mais frágeis.
Há sangue obscuro
que faz do nosso olhar inferno
das nossas palavras chamas
e da nossa alma pecado.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Amor Parvo
Vejo um sorriso parvo
um frenesim eletrizante
uma ansiedade aparvalhada
mas um amor sincero.
Amor parvo este que se sente
entre sorrisos e palavras
olhares e desejos
entre toques que são sonhados.
Amor parvo que se deixa ir
que se deixa acontecer
que simplesmente sorri
mas também abraça.
Amar assim é tão parvo
tão mais suave e leve
simplesmente voa-se
simplesmente derrete uma pessoa.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Poderia Ser Maior
Poderia Ser Maior
que uma estrela
mas nunca ter o seu brilho
apenas a sua dimensão.
Poderia Ser Maior
se algo sentisse
apenas respirar por ti
talvez fosse maior.
Poderia Ser Maior
do que eu mesmo
daquilo que já senti
e daquilo que ainda posso vir a sentir.
Poder Ser Maior
mesmo querendo ser menor
num sonho psicótico
num pesadelo amador.
Autor: Carlos Cordoeiro.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
Anjo Negro
sobre sonhos e palavras
Anjo Negro porque insiste em levar,
Anjo Negro és tão escuro nem a sombra te reconhece
Autor: Carlos Cordoeiro.
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
Poemas Lágrimas Que Deixei Derramar
Lágrimas que deixei derramar
que agora são a minha força
que em tempos foram a minha dor
mas agora são um futuro de alegria.
Lágrimas que deixei derramar
apenas por sentimentos e não por hipocrisia
foram aquelas que magoaram mais
mas fizeram-me mais forte.
Lágrimas que deixei derramar
simplesmente foram dores
dores que senti de forma corrosiva
a serem expulsas.
Lágrimas que deixei derramar
por pessoas fúteis e banais
que nada me são, pelo menos eu não as sinto
é dor, é mágoa, é sinceridade nisto tudo.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Sonhei Um Dia
Sonhei um dia que tudo isto era difícil
que as palavras eram como prisões
eu sempre perdi-me no pior cenário
das lágrimas fiz uma dor maior.
Sonhei um dia poder libertar
aquilo que sempre escrevi
e dolorosamente senti
mas...mas simplesmente guardei.
Sonhei um dia soltar tudo isto
como algo de libertador e não de cartasse
isto simplesmente flui de forma ardente
e teima a apertar até doer como ácido.
Sonhei um dia em voar tão alto
que já ninguém me irá ver ou sentir
mas aí eu farei a questão, aí eu irei falar
e abrir-me de forma majestosa, como um pavão.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Tudo Isto É Demais
Tudo Isto É Demais
quando as palavras não são ideais
quando tudo é feito por favor
quando o primeiro é o último.
Tudo Isto É Demais
quando é misturado à dupla visão
ao fumo amigável e desculpas
de dias rotineiros e cansativos.
Tudo Isto É Demais
dói demais quando pensado
ignoro e repugno
penso ser o melhor a fazer.
Tudo Isto É Demais
quando eu penso demais
a injustiça parece cada vez maior
mas o dia parece estar mais próximo.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
Poema Mar
tão transparente esta sensação
tão leve pelo meu corpo
tão grandiosa na tempestade.
Tão pura e refrescante esta sensação
quase que adormeço em ti
deixo-me levar levemente
sinto em ti um silêncio calmo.
É na tua profundeza que me afasto
daquilo que de mais profundo sinto
e nas areias finas, suaves e saltitantes
que vejo que és a minha calmaria.
Acho que nasci em ti
sinto-te, ouço-te, vejo-te
e é no mergulho que há o novo
o novo mundo que ainda não descobri.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Imaginei
que não tinham falsidades
apenas coração
e talvez até sentimentos.
Imaginei talvez um dia
haver sonhadores
mas não por agora
porque ainda choro aquilo que sonhei.
Imaginei que pudesse haver mais amor
mas...esqueci-me que o egoísmo sobrepõe-se
e por vezes o amor é ódio,
o amor é raiva, o amor é mágoa e até ácido.
Imaginei que talvez um dia
pudesse ter aquilo
que em sonhos
vejo algo como possível.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Já Me Apercebo
que agora tudo é diferente
que as palavras já não as uso
apenas uso sentimentos como reflexão.
Já Me Apercebo
que já não é de agora
que o coração falou sempre mais alto
mas as palavras magoaram muito mais.
Já Me Apercebi
que tudo já foi diferente
através de um olhar, de uma palavra
que agora está tudo corroído.
Já Me Apercebi
que em tempos havia sonhos
mas que agora estão rasgados
pela arma mais poderosa: a palavra.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Deves-me Algo
Deves-me Algo
que nunca soube descrever
nem tão pouco sentir
mas sei que está cá.
Deves-me Algo
que é maior que um sentimento
mais forte que uma dor
mais sincero que tudo isto.
Deves-me Algo
que dificilmente poderei ter
simplesmente imagino em sonhos
aquilo que nunca senti ser.
Deves-me Algo
que imagino mais do que eu
mas apenas no sono e no sonho
por isso acho que não é real.
Autor: Carlos Cordoeiro.
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Poema Os Grandes
mas agora que vejo...deixam a desejar
é simplesmente anedótico o que querem passar
na simplicidade vi, senti e vivo muito mais.
Pensei que os grandes eram a promessa
afinal faziam tantas promessas
mas da minha boca apenas sai a vontade e a palavra
de eles irem para longe porque não são o futuro.
Os grandes prometem demais
e nem terra prometida têm
apenas a ilusão de serem os melhores
e acharem que valem mais.
Os grandes são os pequenos do nosso mundo
são as frustrações do que não conseguiram
são o lado irónico e questionável
e também são aquilo que não querem.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Aparências
Aparências são tão engraçadas
uns com tanto e outros com nada
mas mesmo assim
há que aparentar para alguém que não somos nada.
Aparentemente vejo aquilo que não quero
ouço a falsidade através dos sorrisos amigáveis,
vejo o corpo como capa suja de uma alma triste
mas temos que continuar a sorrir para os outros.
Colocar a máscara porque temos medo
medo do que não somos, do que não queremos
mas ouve aquela música que tudo fica disfarçado
e simplesmente deixa fluir aquilo que não acreditas.
Aparenta ser
mas não vivas
aparenta que estás viva
mas não mintas.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema O Que Se Sente
A Eternidade por si só, não vale muito...
apenas a vida e o nascer dela
fazem alegrar um coração sincero
e é das mais pura das felicidades.
O amor tão brilhante como a estrela de D-us
O beijo tão sublime como a manhã
O toque tão quente como verão
e O olhar tão penetrante como o amor.
Senti, vi e fechei em mim mesmo isto
simplesmente senti através da recordação
que amar é isto mas muito mais
mas que a pele é tão suave.
O que se sente é suavidade divina
prazer tão calmo como questionável
dança e arrepios de amor e carinho
deixo-me levar simplesmente pelo toque.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Saudade
Porquê ter saudade do que não vemos?
Porquê ter saudade do que já não sentimos?
Porquê chorar aquilo que já não vejo nem posso abraçar?
Porque é que tudo isto se torna mais confuso?
Sentimos a necessidade de ver e ouvir...
Sentimos a necessidade de ter de volta...
Sentimos a vontade de sentir um cheiro que já não há
Sentimos aquilo que já nem sentimos.
Não queremos a morte mas desejamos a vida eterna,
não queremos a doença mas somos invejosos,
não queremos o mal dos outro mas somos rancorosos,
desejamos o bem ao mundo mas somos egocentristas.
A saudade não se explica simplesmente sente-se,
sente-se através dos objectos mais banais,
das fotografias simples, do som que já não se ouve,
do vazio audível da casa, daquele aperto difícil do coração.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
Poema Caminhar
e talvez sem rumo
deixo-me molhar
e até mesmo insultar.
Caminho à base do meu fim
tanto perdido, como distante
simplesmente traçar
ainda que seja a medo.
Caminho ao som de graves
a toque de pressões e manipulações
na tentativa mas erro
em mim já houve um erro.
Caminho na incerta felicidade
passos frágeis mas decisivos
amor grandioso por mim mesmo
e a lágrima não é a mais dura.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 28 de junho de 2023
Poema Sinto a Mais
não é má, simplesmente estou a sentir
provavelmente será curta, mas intensa
assim como esta vida de agora.
Estou debaixo da minha árvore
fecho os olhos lentamente
ouço tão bem o rio e os pássaros
quase que ouço também os insectos.
Passa por mim sonhos e pesadelos
sinto-me asfixiado mas ao mesmo tempo...
existe tanto ar, tanta verdade, realidades
não é possível suportar tudo isto.
Devo sentir a mais, muito mais
devo nadar em mim mesmo
devo sentir o sangue a escorrer
e também devo sentir o pulsar de tudo.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Apenas Respira
Apenas Respira
basta isso que é necessário
acho eu, digo eu
simplesmente ar.
Apenas Respira
não penses demais
não julgues demais
deixa apenas fluir.
Apenas Respira
sente mais a brisa
fecha os olhos e ouve
sente a suavidade na pele.
Apenas Respira
simplesmente sente
não te deixes sufocar
facilmente solta-te.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 21 de junho de 2023
Poema Preferia Mil Vezes
Preferia Mil Vezes
ser um vento forte
um sol que queima
um trovão que rasga os céus.
Preferia Mil Vezes
ter a visão de uma águia
o peso de um elefante
e a rapidez de uma chita.
Preferia Mil Vezes
ter o sono de um morcego
a caça de uma ave de rapina
o veneno de uma serpente.
Preferia Mil Vezes
sentir menos e falar mais
não chorar tanto e ferir mais
pois assim o alívio seria maior.
Autor: Carlos Cordoeiro.
segunda-feira, 12 de junho de 2023
Hipocrisia
"A hipocrisia humana é tanta, que na hora da despedida final, não querem deixar más palavras, porque isso irá pesar-lhes...isso não deveria ser um problema, na medida em que, sabe-se que existe os bons e maus momentos, portanto, o adeus simplesmente acontece, não pode nem deve ser encenado".
Carlos Cordoeiro.
Poema O Teu Coração
por vezes sofre
e também vê o que não quer
e até rompe pela dor.
Coração este que é dor
dor pelo tecido frágil
da palavra que magoa
e fere bem lá dentro.
Coração que não pode com isto
demasiada hipocrisia e ironia
mas...amizade e amor
bate lentamente e calmamente.
Coração em água
mas também em fogo
tudo isto é agora
mas não o amanhã.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Podia Ser Melhor
mas sinto que não sou mais,
que não consigo mais,
sinto em mim algo.
Podia Ser Melhor
se as palavras não fossem estas
se a dor não fosse a mesma
se...senão pensasse aquilo que não existe.
Podia Ser Melhor
se a brisa fosse mais suave
se a chuva caisse mais levemente
e se o tempo não me roubasse a vida.
Podia Ser Melhor
se sonhasse mais
se voasse mais
mas agora estou por aqui.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Não Sei O Que Esperar
Não Sei O Que Esperar
se a viagem já não é a mesma
se os sonhos não são os mesmos
se o acreditar quase que já não existe.
Não Sei O Que Esperar
este filme penso que é repetido
estas imagens já são passado
agora tudo isto é demasiado ácido.
Não Sei O Que Esperar
suspiro, recomeço mas paro
paro porque as viagens são um erro
talvez as decisões sejam aquela viagem.
Não Sei O Que Esperar
o carro parece andar em círculos
o avião parece sempre despenhar-se
e o comboio demora tanto, o sono veio.
Autor: Carlos Cordoeiro.
Poema Pedra
Pedra esta tão dura que até magoa
que entra bem em mim e fere
mas isto sempre foi assim
sempre me atiraram a pedra mais dura.
Pedra tão poética esta
que está junto ao mar
e sente levemente as ondas
e a brisa como eu te sinto no meu coração.
Pedra que rola, rola até cair
mas não cai de si mesmo
pode-se desfazer em lágrimas graníticas
mas sempre estará de pé.
Pedra que pode ser duradoura
como este amor que tende a perdurar
mas talvez esteja a exagerar
em acreditar que tudo isto possa ser real.
Autor: Carlos Cordoeiro.
segunda-feira, 11 de abril de 2022
Poema ?
Pergunto-me o porquê de tudo isto
do sangue derramado, da dor
das lágrimas agressivas e dolorosas
das vidas perdidas em vão e sem dignidade.
As armas, as bombas, a destruição
nada disto é justificável
apenas um capricho de um louco
tudo isto é demasiado grandioso pelo mal.
Sinto que tudo isto é irreal
mas ao mesmo tempo sinto que é real
as imagens são demasiado para mim
é demasiado cruel e doloroso ver.
Acredito em D-us, mas também nos homens
acredito em algo muito divino
algo espiritual, que nós homens
nunca alçaremos, porque somos demasiado pequenos.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quinta-feira, 7 de abril de 2022
Meu Porto, Minha Cidade (Portugal)
Nasci nos anos 90 do século passado, e tive a oportunidade de conhecer a minha cidade do Porto (Portugal) como era antes e que agora é recordada com saudosismo, nostalgia.
É claro que todas as cidades de qualquer país têm a sua evolução, como se costuma dizer...é sinal dos tempos, mas honestamente penso que há uma febre doentia, obcecada, negligente desta coisa de turismo e tudo que vem por arrasto, sim porque não há outra forma de descrever tudo isto, aliás a quantidade absurda e assustadora de hóteis que existe no Porto não faz sentido uma vez que a cidade não é assim tão grande quanto isso.
Lá vou eu ao meu grande chavão: no meu tempo isto...no meu tempo aquilo, e sim vou falar como um "velho" aos vossos olhos, porque aos meus...falo como uma pessoa que recorda com carinho, amor e muito orgulho da minha cidade.
Sou do tempo, por exemplo, que não existia ainda o Metro do Porto, mas que por outro lado existia muito mais autocarros e até mesmo mais linhas de elétrico, isto comparando com o que existe agora, por exemplo aonde se situa agora a esplanada do McDonald's dos Aliados (antigo Café Imperial) era um pequeno passeio com imensas paragens de autocarros, muitos deles iam para a zona da Boavista, Paranhos e até ali para os lados do Hospital da Prelada...para não falar que a própria Avenida dos Aliados tinha muito mais jardins, que na época eram bonitos por sinal, basta fazer-se uma pesquisa correcta na internet ou na Biblioteca Municipal do Porto.
Claro que muitas pessoas podem-me dizer: "Ah e tal Carlos mas antes as casas eram degradadas, vazias, devolutas, todas cheias de lixo..." pois é, mas se calhar as casas (leia-se edifícios e zona histórica) não tiveram pessoas ou entidades que se preocupassem com elas, agora parece que é demais, ou seja, antes havia um desleixo deliberadamente visto pelas ruas e avenidas da nossa cidade do Porto, mas de à uns tempos para cá, há uma excessiva preocupação e até mesmo obsessão em receber turistas por cá...daí a existência e excesso de hóteis...mas lá está, eu não sou contra o Turismo, Hotelaria, Restauração, nada disso, aliás nunca fui e eu sou e serei sempre o primeiro a gostar de ver pessoas de fora na minha cidade, agora nunca irei entender porque é que para as entidades competentes está primeiro os turistas e depois é que se lembram da malta de cá...é só ridículo, e por causa do turismo E NÃO SÓ temos rendas de casa altíssimas, uma vez, só por curiosidade pura, vi um T2 na zona dos Aliados a arrendar por 1.200€/mês obviamente que isto não é mesmo para bolsos portugueses, mas calma, porque eu sei que os Aliados por si só, tem uma história indiscutível, foi palco de grandes eventos portuenses e portugueses, mas isto é ridículo, porque importaria às entidades competentes zelar pelas pessoas da cidade e depois os turistas mas fazem precisamente o contrário.
Eu pergunto-me: Como podemos mostrar uma cidade aos outros, quando nós não cuidamos dela quando deixamos ela, a cidade assim ao D-us dará? Como é que mostramos a nossa cidade? Como é vista a nossa cidade? Como é interpretada a nossa cidade? Como é explorada a nossa cidade? Que programação cultural e artística temos para oferecer? Que tipo de museus temos? É acessível a todos? Quais os preços? Há programação cultural e artística em relação aos teatros e cinemas? Aos parques e jardins?
Estas e outras tantas perguntas, surgem-me no seguimento de eu analisar a minha cidade como se fosse um turista e acho que a cidade está exageradamente alterada, modificada, mutilada, é só ridículo, mas lá está, só há uma percepção muito exacta de tudo isto quem nasceu ou vive no Porto há pelo menos 20 anos!
Lembro-me, de quando era criança, passear com a minha família pelo jardim do Campo 24 de Agosto (freguesia do Bonfim) e naquele ano (leia-se por volta de 2002) o jardim era muito mais frondoso, majestoso e até grandioso, na prática o jardim era tão grande e tinha tantas variedades de plantas, arbustos e árvores que eu lembro-me de estar dentro do jardim e olhar para fora, aonde se situava as ruas, os edifícios e não se via praticamente nada precisamente porque o jardim envolvia-nos, a nós seres humanos, porque conforme os animais se sentem envolvidos quando estão entre a natureza, deveria ser o mesmo com as pessoas, ou seja, devemos projectar parques e jardins que nos envolvam que haja alguns espaços abertos como outros fechados em que sentimos que estamos escondidos do mundo e dos outros.
Por exemplo os Jardins do Palácio de Cristal (que agora tem o moderno nome Super Bock Arena) já esteve muito melhor do que estava agora...mas lá está seriam precisas muitas linhas, muitos parágrafos, muitos argumentos da minha parte, ainda que fosse falar mais do mesmo, do Porto como foi e que já não é mais, porque é isso mesmo, neste preciso momento eu assisto à minha cidade como se fosse uma espécie de filme de terror e suspense, na medida em que estou sempre a ver quando vão deitar abaixo um edifício histórico, embora já o fizessem...eu não consigo mesmo compreender porque é que mandato após mandato, as pessoas que estão na Camara Municipal do Porto, entre outras entidades associadas, não conseguem ter uma visão clara e precisa das coisas, é impressionante e ao mesmo tempo é impossível...é impossível que governo após governo não notem que cada vez estão a lixar mais a cidade, para não dizer pior.
Os parques e jardins estão cada vez mais desleixados, mais pisados, descuidados, porcos...eu à relativamente pouco tempo fui ao jardins do Palácio de Cristal (para mim será sempre este o nome verdadeiro e único) e D-us me livre...deu-me uma pena mas ao mesmo tempo fiquei irritado, a sério que fiquei porque é um descuido total que meu D-us lá está...não é por termos prémios de turismo, de arquitectura, de paisagem e por aí fora que descuidamos a nossa cidade muito pelo contrário deveria ser motivo de cuidar ainda mais e preservar efectivamente tudo que é história, actualmente vê-se edifícios históricos a virarem alojamentos locais ou hostels...e que tal pensarem cada vez mais nas pessoas do Porto? as gentes do Porto? E que tal começarem a cair na real e entender que há pessoas que são mesmo do Porto porque nasceram no Porto?
É só anedótico e ridículo as entidades competentes dizerem que pensam no povo portuense quando protejam a cidade ou reformulam a cidade...isto não só é mentira como é errado, mas eu irei sempre escrever no meu blogue e nas redes sociais aquilo que realmente penso, que defendo e que quero, porque eu irei sempre defender a minha cidade e aquilo que considero ser um Porto ideal e que valoriza as pessoas e a sua cidade propriamente dita.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Poema Quase Aquilo...
Estou vestido quase todo de preto
faço um abaixo assinado de mim mesmo
simplesmente sinto mas não como um todo
apenas sinto-me todo negro.
Quase que choro,
quase que sinto ou finjo sentir
tudo isto é estranho e complicado
mas deixo-me andar por vezes.
Quase é aquilo...que não posso dizer
mas apenas sentir por si só
não posso dizer aquilo que não desejo
simplesmente penso mas não demais.
Quase aquilo poderá vir,
poderei sentir, mas não pretendo,
não queria, ninguém quer,
mas por isso mesmo escrevo tudo isto assim.
Autor: Carlos Cordoeiro.
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Poema Atrás
Atrás, encontro algo que tenho saudade
mas não consigo trazer para o presente
porque nada do passado se consegue trazer
apenas recordar e chorar pela lembrança.
Atrás, tenho as bonitas memórias
da infância sincera e genuína
em que o mundo não era mau
apenas diferente aos meus olhos.
Atrás, estava um futuro que eu acreditei
e um passado que queria como presente
agora apenas tenho tudo como memória
apenas recordo aquilo que gostava tanto.
Atrás, não havia isto, nem este sentimento,
não havia a saudade, como gostava de ser eterna criança,
nem que por momentos lembrasse
aqueles momentos, a felicidade.
Autor: Carlos Cordoeiro.
terça-feira, 30 de março de 2021
Poema Detesto Despedidas
Detesto Despedidas
porque de imediato
bate-se a saudade
de todos os momentos bons.
Detesto Despedidas
porque me lembra o que já irá acabar
das palavras que já terão um fim
mas as recordações já cá estão. ~
Detesto Despedidas
o meu coração aperta-se
como se fosse o final de tudo,
embora possa sempre haver o reencontro.
Detesto Despedidas
tudo é tão intenso, emocional,
isto assim não vale
não gosto de me afastar das pessoas que gosto e amo.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Poema Se Eu Te Amasse
Poema Se Eu Te Amasse
Se Eu Te Amasse
talvez escrevesse cartas,
talvez escrevesse poemas,
talvez ficasse louco por ti.
Se Eu Te Amasse
talvez víssemos aquele filme,
talvez sentíssemos aquela saudade,
talvez perceberia o amor.
Se Eu Te Amasse
talvez sentisse algo a mais,
talvez sentisse a inquietude,
talvez sentisse a ansiedade de amar.
Se Eu Te Amasse
tudo seria perfeito,
tudo seria sonhador,
tudo seria mais perfeito que agora.
Autor: Carlos Cordoeiro.
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Poemas Só Filmes na Tua Cabeça
quando te conheci fiquei corado
pela tua beleza simples e marcante
mas tu quiseste saber o porquê de estar assim.
Só Filmes na Tua Cabeça
quando eu quero morango e tu chocolate,
quando me quero divertir e a ti dói a cabeça,
quando quero jantar pizza e tu hambúrguer.
Só Filmes na Tua Cabeça
quando elogio as amigas e tu amigos,
quando eu quero ver terror e tu comédia romântica,
quando eu quero dormir e tu queres explicações.
Só Filmes na Tua Cabeça
por achares que não te amo,
por achares que não te desejo,
por achares que nunca te amei.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Poema Pensava Que...
éramos únicos como nos grandes filmes,
em que o amor durava tanto quanto
o filme de 3 horas que eu via contigo;
Pensava Que...
éramos aqueles amantes proibidos
como vi em tempos nas novelas
em que o amor só vence utopicamente;
Pensava Que...
fomos amantes, daqueles mesmo proibidos
daqueles mesmo picantes.
daqueles que fazem do corpo algo de prazer;
Pensava Que...
fomos amores perdidos um no outro,
perdido na fantasia e fetiche de imaginar
um amor proibido.
Autor: Carlos Cordoeiro.
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Poema Pensei Que Eramos Dois...
sempre achei que eras o meu amor sonhei que eras o meu desejo
mas no lugar da outra almofada só estava o teu perfume. Pensei Que Eramos Dois eu queria os teus beijos tu apenas querias falar eu preocupado que fosse grave.
Pensei Que Eramos Dois que queríamos a mesma coisa
eu pensei numa coisa e tu noutra mas a coisa até se deu. Pensei Que Eramos Dois como um casal de enamorados como aqueles lindos pássaros mas eu hoje durmo no sofá. Autor: Carlos Cordoeiro.
quinta-feira, 14 de maio de 2020
Poema O Que Não Sou
é o prazer para ti,
é o teu agrado,
é a tua satisfação plena
ainda que seja a minha infelicidade.
O Que Não Sou
torna-se tão conveniente para ti
torna-se tão fácil para ti
torna-se tão normal para ti
torna-se tão banal para ti.
O Que Não Sou
é a tua vida,
é o teu prazer,
é o teu gosto amargo,
é a tua felicidade amargosa.
O Que Não Sou
é sempre o que desejaste de forma maliciosa,
é sempre o que quiseste de forma egoísta,
é sempre o que achaste normal de forma ridícula,
é o que me impediste de seguir enquanto sonho por achares que era o correcto.
Autor: Carlos Cordoeiro.
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Poema Parece Que...
leio as últimas palavras de uma carta,
leio a última mensagem de amor,
leio a última palavra de conforto,
leio a última alegria que possa existir,
leio a última felicidade que vi ou tive,
simplesmente parece que li pela última vez as coisas boas.
Parece Que...
senti o último amor nos meus braços,
senti o último sorriso na última conversa,
senti desejo por ti pela última vez,
senti o último sussurro e toque intenso e desconcertante,
senti o teu último abraço tão próximo e intimo,
senti aqueles momentos tão especiais,
simplesmente parece que senti tudo pela última vez.
Parece Que...
olho para as fotografias pela última vez,
vejo tudo tão turvo, pior que tempestades,
sinto tudo paralisado á minha volta,
toco pela última vez no que me dá prazer,
cheiro as flores e brisas pela última vez,
ouço a natureza pela escuridão,
simplesmente parece que os meus sentidos foram anulados.
Parece Que...
melhores dias virão e que somos fortes,
melhores céus irão colorir nossos dias,
melhores brisas irão renovar tudo e todos,
melhores palavras irão ser ditas e escritas,
melhores sonhos virão alegrar este mundo,
simplesmente tudo vai desaparecer e tudo irá ficar bem.
Autor: Carlos Cordoeiro.
terça-feira, 24 de março de 2020
Poema Anjo da Esperança
sonho contigo todos os dias,
sonho contigo nestes momentos menos bons,
sonho contigo na tentativa de me ouvires;
Anjo da Esperança
ouve-nos mais uma vez,
eu sei que se calhar já estás farto de nós,
mas por favor ajuda-nos;
Anjo da Esperançaouve a nossa ajuda em tempos de aflição,
ouve o nosso sincero pedido de ajuda,
ouve a nossa sincera voz,
Anjo da Esperança
acredita em nós, numa Humanidade que está corroída
mas que precisa da tua ajuda,
por favor acredita e ouve-nos a tempo, perdoa-nos.
Autor: Carlos Cordoeiro.
segunda-feira, 23 de março de 2020
Poema Dias Melhores
irão surgir nos nossos céus,
irão surgir na terra que pisamos,
irão surgir no ar que respiramos;
Dias Melhoreseu acredito que estão para vir porque
as águas não são turbulentas para sempre;
Dias Melhores
o meu eu irá renascer, a minha alma irá agradecer,
o meu coração irá se alegrar por dias melhores;
Dias Melhores
virão porque acredito na bondade superior,
na boa fé dos anjos,
no coração sagrados de quem nos pode proteger mas já não vemos.
Dias Melhores
sonho eu todos os dias,
para que amanhã seja algo novo
e o lado mau desapareça e que tudo isto acabe;
Dias Melhoresirão aparecer, como os primeiros raios de sol,
irão aparecer como a água mais límpida,
irão aparecer como a brisa mais fresca;
Dias Melhores
irão surgir como um grande abraço e beijo
que irá aconchegar a tudo e a todos
e por isso iremos recomeçar de novo;
Dias Melhores
imagino eu que possam acontecer,
imagino eu que possam nascer,
imagino eu, que tudo isto pode terminar através da Esperança.
Autor: Carlos Cordoeiro