segunda-feira, 31 de julho de 2017

Poema Pensei Que...

Pensei Que Isto era uma suposta amizade
mas que a troca das palavras é bastante
agressiva mesmo com assuntos demasiado banais,
devo-me habituar à ideia?;
Pensei Que Isto fosse algo mais normal
por vezes sinceramente duvido de algumas palavras
mesmo gostando de as ler ou ouvir,
mas não posso gostar de uma coisa que me corrói;
Pensei Que Isto deveria ser bom,
mesmo sendo uma amizade estranha
tudo penso fazer sentido através de
palavras trocadas de forma organizadas;
Pensei Que Isto fosse algo prometedor
mas sinceramente são constantes desilusões,
mesmo não sendo de todo minha intenção
desculpa mas por vezes é o que sinto em pele e coração.




Pensei Que Isto fosse passado mas pelos vistos
ainda vejo por agora, como miragem do pesadelo
do que já vi ou então senti o que posso vir a sentir
mesmo sendo algo utópico mas serei eu sonhador;
Pensei Que Isto seriam mais que palavras gastas e sujas
aquelas palavras que já não aguento escrever para ti ou
para aqueles que me odeiam mas eu insisto em falar
por um punhado de esperança pela normalidade do pensamento;
Pensei Que Isto pode estar mal escrito
visto que tu insistes em ver e ser o meu dicionário
precisarei de quantos anos serei eu português
ou apenas a escrita saberei de forma errada?;
Pensei Que Isto fosse normal mesmo sendo minha Amiga,
mas espera...não será tudo isto normal? Pois claro já me habituei a tudo isto
como habituei a levantar-me à mesma hora,
embora as palavras por vezes sejam amargas mais do que o meu próprio sangue,
embora as palavras sejam mais cruas que os sentimentos mais cruéis,
embora as palavras sejam mais corrosivas que o pior ácido conhecido,
mas talvez tudo isto seja uma mistura de amizade, estranheza e incompreensão.


Autor: Carlos Cordoeiro.

domingo, 23 de julho de 2017

Poema Por Um Punhado

Por Um Punhado de dor
e bastante mágoa, tiraram
aquilo que eu não pude admirar
mesmo sendo meu naturalmente;
Por Um Punhado de tristeza
perda com saudade tornei-me
completamente fora do sítio
actualmente já pareço não ser de onde sou;
Por Um Punhado de batalhas
guerras, e bastantes armas tornei-me
alvo. alvo de tudo que possa ser dor
possa ser confusão e constantes desilusões;
Por Um Punhado que pareceu-me ser
aquilo que quis mas indeciso, por isso
mesmo perdi-me no que queria mesmo
encontrando de forma acidental, mesmo sendo eu, de sempre.




Por Um Punhado que a minha indecisão
de ser algo maior que as estrelas
fez de mim agora ser pequeno
mas grande através das letras e palavras elegantes;
Por Um Punhado de sonhos
que me tornei tão poético mesmo sabendo
que era arriscado sonhar aquilo
que eu apenas pensei de forma utópica ser;
Por Um Punhado pensei desistir
mas pensei que ao desistir não poderia criar
aquilo que faz dos meus dias brilhar
um brilho tão intenso como a luz de todos os dias;
Por Um Punhado de solidão, tristeza, mágoa
penso não ser uma dor constante de mim mesmo,
ou dor de alguém, ou até uma desilusão de alguém
apenas quero surpreender como de antes.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Monóculo

Monóculo foi por onde te vi partir pela metade,
a metade que desconheci desde do início,
mas que ainda assim tive a fé em ver o resto,
apenas fiquei pela ansiedade e o desejo;
Monóculo apenas te vi por um
que era tão gigante como tudo isto
mas apenas a verdade era pela metade
por isso meio a meio, como o nosso amor.

Autor: Carlos Cordoeiro.