segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Poema Chovi por Ti

Chovi por ti que eu próprio fui a água do teu destino,
Chovi tanto por ti para depois vir a bonança,
sendo assim não são algum bom para ti;
Chovo tanto que não me vês porque eu sou as gotas
apenas me sentes pelo teu corpo
a deslizar cada curva tua;
Chovo apenas no Inverno, mas sou o frio que te faz arrepiar,
sou aquela frieza que te torna gélida na rua,
sou aquele tempo indesejado e que os outros se protegem de mim,
Chovo por ti,
Chovo pelo nosso amor que também existe no mau tempo,
que também existe na tempestade porque estou lá,
chovo pelas trovoadas do mau tempo que pode fazer-se,
Posso chover dentro de ti
para a terra nova germinar e dar novas sementes,
novas gotas, novas sementes, novas mentes;
Poderei eu chover sempre batendo há tua janela,
de dia, de noite quando eu quiser e tu não,
Chovo ao ponto de molhar tudo, de deitar tudo abaixo, de me zangar
de me tornar mais irritante para todos que não gostam de mim
mas são eu que caio para fazer nascer as plantas e tudo que é ser vivo;
Chovo também por te ver de fora,
Chovo também por apenas cair nas tuas janelas e não no teu amor,
Chovo também por apenas estar fora e não contigo em casa,
Chovo porque um dia quis amar mas estava fora e seu eu entrasse alagava-te;
Mas não quero,
não quero inundar o teu abrigo,
porque um dia serás o meu abrigo de amor,
Chovo cada dia pelo nosso amor e felicidade.


Chovi por Ti
Chovi por todo o nosso amor verdadeiro,
mas um dia serei o Sol, serei eu o teu calor,
serei o teu conforto,
serei o teu amor,
serei a tua força,
serei a tua protecção
porque isto apenas consigo com calor.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Poema Animal És Tu

O Animal és tu
que te sustentas com pouco
sem o básico e o importante;
O Animal és tu que fazes
de ti o pior que não és
mas adoras isso e até prolongas;
O Animal és tu
que te deixaste insultar
e pertencer a outros que se julgam;
O Animal és tu que deixas
calcarem a tua dignidade
quando pouco ou nada tens;
O Animal és tu
que deixaste tudo para trás
na esperança de melhorares na acidez
da tua vida e dos teus melhores momentos;
O Animal és tu que tentas por tudo
fazer aquilo que é utópico
e tentas remediar o erro que não cometeste;
O Animal serás sempre tu e eu
juntos seremos sempre o lado negro
de que nos acusam termos falhado a eles;
Todo o teu amor tem que lhes agradar
todo o teu carinho tem que ser para eles
toda a tua lealdade é por eles
por isso és animal senão mudares.


Senão mudares serás um animal
sempre bem domado e controlado
sem quereres nem poderes;
Já não adianta a tua raiva
já não adianta a tua energia
já não adianta reclamares
já estás demasiado estrangeiro;
O Animal és tu porque te sujeitaste,
O Animal és tu porque acreditaste
O Animal és tu porque deixaste-te levar
Agora não podemos ter medo e morder mesmo.


Agora mais que nunca tenho que te abandonar,
agora tenho mesmo que te expulsar,
Agora tenho que me impor perante a tua falsidade,
Agora tenho que te encostar à parede
Agora tens que te haver comigo,
Agora não me irás tirar o que já consegui há muito
Não vou não ser o teu cão, gato nem galinha
não preciso comer de outros que não são nada.


Autor : Carlos Cordoeiro
(A vocês do Governo).

Poema A Minha Arte.....

A minha arte começa quando tu fechas
a tua mente e tu és uma coisa;
O meu coração  dói-me  como tu
mas não pára como o nosso amor
e tu sabes disso;
Os nossos sentimentos pegaram fogo e gelo
ao mesmo tempo agora tu e eu somos
nada em diferentes mundos;
Eu vi-te com o homem errado num caso
eu sinto-te  apenas em sonhos
não é nada justo, não é.


A minha arte começou na tua mágoa
começou na nossa corrupção,
nas palavras mal pensadas,
por isso é que a dor é intensa mas controlável;
tudo que olhei era demasiado supérfluo
assim como aquelas horas de agressão
á minha mente e ao meu corpo;
aquele grito com lágrima ácida esteve por mim,
toda a tristeza rebaixou-me até ao Abismo
toda a mágoa aperta-me mais que um cinto,
toda a hipocrisia esfaqueou-me a Alma
tudo isto corrompeu a minha arte e o meu ser.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Podia Ser Diferente

Podia ser diferente todo o nosso amor malandro,
Podia ser diferente se fossemos namorados,
Podia ser diferente o que para cada um pode ser tentado,
Podia ser diferente se te amasse na totalidade;
Podia ser diferente os nossos beijos
Podia ser diferente os nossos abraços,
Tudo podia diferente ser senão fossemos um.


Podia ser diferente toda aquela sensação,
Podia ser diferente todo o momento intenso,
a ansiedade é demais para tudo isto
assim como o amor é demasiado sonhador.


Tudo é tão intenso mas ao mesmo tempo complexo
tudo é demasiado exigente
tudo é tão minucioso para nada
tudo é tão estranho que eu já nem estranho;
tudo é tão incomodativo
como nós, como eu
tudo é tão doloroso que eu já nem me preocupo
eu já nem choro nem me ralo apenas luto
mas por mim e para mim nada mais do que o mais complicado.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Meu Coração

Meu coração está desfeito
mas estou contigo por carinho
meu coração tem arame farpado
mas já nem sinto a dor
meu coração sangra constantemente
por isso é que só vejo vermelho;
Meu coração é tão perfeito,
aguenta as falsidades,
aguenta a navalha do desamor,
aguenta a corrosão da dureza das palavras
aguenta a hipocrisia e os momentos indesejáveis
contudo ele está aqui
mas não lhe agradeci
por ter aguentado em tão pouco espaço de tempo.


Mas coração é alegre e suave
por isso está sempre aconchegado no meu peito
na minha vida, no meu ser, no meu transcendental
por isso com ele eu quero tentar compreender
a viver de forma pura, mas sem obstáculos
muito menos coisas más e tristes
em nada a irritar, nem incomodar não quero
não aguentaria.......este é apenas O Coração
não quero substituir gosto dele mesmo com as minhas imperfeições.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Não É Demais Se Te Quiser Amar

Não é demais se te quiser amar
não é, apenas é o que eu desejo;
Não é demais dizer que ia longe por ti
e pelo o que sinto por ti inteiramente;
Nada é demais quando tudo é tudo puro
como o nosso amor, como o nosso olhar
que agora é tão potente e enigmático;
Não, não é demais dizer tanto pelo que vejo
e sinto, é um facto ignorável e tu sabes.


Não é assim tão extravagante eu querer
um beijo teu, um carinho, um apoio
que irá florescer como rosa;
Não é tão perigoso desejar-te fisicamente,
é apenas um amor que arde tão naturalmente
como o Sol que nos vê todas as tardes;
Não é assim tão arriscado e fatal
cada dia querer-te mais, querer-te completa.


Não é demais se os meus beijos fossem o teu conforto;
Não é demais se cada abraço meu fosse a tua segurança;
Não é demais se o meu amor te deixasse tão calma;
Nada é demais quando sentes que é verdadeiro
e tão intenso um amor como o nosso.


Nada é demais se te quiser amar por inteiro,
Nada é demais se te quiser pertencer sem receio,
Nada é demais como o nosso amor no momento,
Nada é demais quando as palavras ajudam ao amor,
Nada é demais quanto te sussurro tão suavemente,
como os lençóis que nos envolve;
Nada  é tão forte pelas sensações como
os nossos corpos tocarem-se e tudo arrepia
como no dia que te vi e tive dificuldade
em dizer-te que eras o meu amor desde sempre.



Desde sempre que foste o meu amor
e por isso sempre escrevi as mágoas e desejos
porque ainda não poderias estar aqui comigo;
Desde sempre que te declaro tantas palavras,
que tu não respondes apenas lês, apenas vês de longe,
e por isso é difícil alcançar-te  por mais que tente;
Desde sempre que te amo mas o caminho é grande
grande como ver largo e gigante oceano que nos afastou
e nos manteve longe injustamente por isso agora é o
momento de me juntar a ti;
Amo-te como o mar, como o vento, como o sol, como o
luar, como a tempestade, somos só um, só um apenas por isso é
que nos vêem como um inteiro, Meu Amor.



Autor : Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Poema Está Tudo Perdido

Está tudo tão perdido
porque o nosso amor não é o mesmo,
porque já não me és nada,
por isso te escrevo de longe,
para o sofrimento ser menor;
tudo está perdido
porque tudo já foi,
e o relógio não é o mesmo,
por isso estamos sempre opostos


Estamos perdidos
nós os dois somos labirintos
não dá para encontrar o centro
tudo perdido
no dia, no momento
e naquela hora amarga que não viste;
tu és o rasto
e eu sou os pés
por isso nunca te sobressais
mesmo que eu te vejo.


Estou perdido porque o meu olhar
está fundo com o oceano obscuro,
a minha boca já não sente
o doce da tua voz;
o teu beijo
a tua sensibilidade
o teu veludo.

Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Palavras Para Quê?

Palavras para quê senão me amas?
Palavras para quê senão me vês
nem como nada?
nem como vazio?
nem como zero?
Para ti são as palavras o amor,
mas eu só quero amar-te mas tu falas demais.


Palavras para quê se já disseste tudo?
Palavras para quê se o teu coração não está lá?
Palavras porquê senão amas?
senão queres?
senão desejas? senão intencionas? Oh menos entrega-te
mas não a mim mas ao que te escrevo.
Palavras são tantas que elas para ti
não valem nada e são poucas e não chegam
para descrever a dor.


Gasto-me demais para ti, já não me és,
já não me chegas; já não me estás;
já és-me  tão cagativa
já não és tão interessante
já me és tão fútil
e agora eu já nem me dou a isso.


Autor : Carlos Cordoeiro

Poema Eu e Tu

Tu e eu somos uma sombra
do que já existe dificilmente
não é físico  mas não é mental;
tu e eu somos talvez
a impossibilidade de um destino
que ainda não senti mas já o vi,, mal;
tu e eu até nos misturamos
não no amor
mas na amizade, nas palavras suaves.


Tu e eu seremos  como o Tango,
tudo tão intenso mas tudo tão distante
que nem o calor corporal se sente;
tu és a nortada e eu só a folha
que voa sempre para mais longe de ti;
tu és o sol escaldante do Vale da Morte
e eu o cacto
com vários picos para te atacar sem pensar;
sou o barco que está em alto mar
que não tem qualquer empurrão
por isso estou sempre na água
e por isso não posso t e amar nem te ter.


Eu e tu somos peças diferentes
num jogo que não existe
mas pedes ou exiges as leis
do amor que eu nunca te vou dar;
tu és o sal
fazes-me mal por isso
não te quero como tempero na minha vida.


Autor : Carlos Cordoeiro

domingo, 20 de setembro de 2015

Poema Ao Sabor do Eléctrico

Ao sabor do eléctrico
deixo-me ir
começaste na ribeira;
constantes solavancos
tremem a minha voz
e eu já nem me percebo;
da Ribeira até há Alfandega
meu D-us que demora
carros, pessoas e até pombas se metem;
ai agora vou pelo rio fora
que brisa tão boa
vinda do mar nortenho
agora já passei toda a marginal
passo os arcos da Arrábida.


Agora é pela foz que caminho
tão bom o sabor da brisa
na cara e no corpo que apetecível
já cheguei
agora areias quentes me esperam.


Autor : Carlos Cordoeiro

Poema Serei Animal

Serei animal furioso
se me provocares,
se me tocares,
com más intenções;
irei arranhar-te
se te aproximares
não quero que venhas
ter comigo com falinhas mansas.


Serei loucamente animal
quando nos envolvermos
onde quiseres
mas com muita ousadia;
poderei ser animal
ao sabor do vento
e depois corro
corro tanto para não ser apanhado.


Autor : Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Poema O Céu

Podias ser ou ter mais do que o azul que vês agora,
podia tentar voar até lá
mas é tão lá em cima que tenho vertigens;
podia tentar ser uma nuvem assim já estava lá,
podia tentar ser uma ave mas não chegava lá,
podia estar por dentro mas não há interiores;
Podia ser O Céu mas isso é demais para mim
e para ti muito mais porque não acreditas que ele
é brilhante como os nossos sonhos
e como as estrelas que vês mas não alcanças;
Por ti, meu Céu podia tentar subir por torres
por árvores, por muros mas é constantemente alto
e constantemente longínquo e queres......e queres.....e queres
chegar até lá mas não dá por não dar.


O Céu não é assim tão alto cheguei lá com aviões,
mas não dá para me sentar lá
é demasiado bom para nós mortais,
Não vi nenhum ente querido por lá a cantarolar
por esses estão no meu sentimento
e no meu gosto e desejo de os lembrar;
Neste mundo apenas a frieza de querer ainda mais alto,
Neste mundo azul o ar é muito mais puro que nós os dois,
Neste mundo cada ponto brilhante é cada memória que vou guardar
no meu coração para nunca esquecer nem chorar mas sim alegrar;
Alguém lá em cima já está por mim a cuidar de mim,
e quem lá está eu amo e torna-me maior e mais forte,
Essa pessoa torna o Céu mais puro, mais genuíno,
torna-o mais apeticivel para eu sonhar com ele e querer tê-lo;
Neste Céu com esta pessoa o final será sempre feliz e completo,
Neste Céu com esta pessoa posso ficar a sorrir contigo,
Neste Céu as estrelas brilham mais por isso é que me sinto a brilhar,
por isso é que estou mais forte,
por isso é que estou mais puro, por ti e por nós estamos mais naturais
logo o Céu é Secundário pois estamos superior, Pai.


Pai, pai, pai estamos aqui e agora? Estamos tanto aqui, estamos a querer falar
mas agora eu posso ser abraçado por ti,
agora posso ser amado por ti,
agora posso ser inteiro,
agora posso ser tão nobre como tu,
agora posso aumentar o meu nome,
agora as lágrimas já são felicidade
agora somos os dois grandiosos no Mundo mais natural;
Agora somos um Mundo
Um Mundo que abraça novas estrelas,
Um Mundo que tem de tudo de bom,
sem qualquer mágoa a aleijar meu espírito calmo pelo Pai
agora tenho alguma vida que floresce de novo,
Agora só tu e eu
Somos o Céu.



Autor : Carlos Cordoeiro
A ti dedico meu Grande e Nobre Pai.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Poema Se Um Dia

Se um dia vires tudo negro
não te admires
foi o meu amor não correspondido
que causou isto tudo;
Se um dia vires tudo em chamas
não apagues
é o meu amor descontrolado por ti;
Se um dia tiver água a mais
não desesperes
foram as minhas lágrimas que derramaram
de te ver lentamente a partir sem palavras.


Se um dia sentires desejo
não serei o teu fruto proibido;
se um dia me quiseres por perto
até posso estar lá,
até te falo
até te olho
mas não te vou amar;
Se um dia teu coração sangrar
eu vou lá tirar os espetos da traição
que  tanto senti em mim.


Se um dia me vires sangrado
em água, chamas, sem alegria
e porque o nosso amor já não existe;
penso que um dia
podemos ser melhores
e talvez amor outra vez.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 22 Janeiro 2015)

Poema Se O Desejo

Se o desejo mata-se
já estava morto há muito tempo;
desejo o que não posso ter
desejo o que não vejo
desejo o que imagino sem visão;
desejo tanto
que a quantidade está esgotada
que agora só imagino.


Se o desejo fosse tão verdadeiro
eu já te tinha aqui
apenas aqui fisicamente;
se o desejo não fosse imaginário
eu não te desejava
nas noites infelizes de Inverno;
se o desejo fosse intenso
não comia o chocolate mais negro
que estas noites.


Ai que o desejo é tão intenso
tão intenso que eu já não vejo
apenas sinto o que ainda virá;
agora o desejo
é apenas o imaginário
por enquanto é suspensa e está lá
todos os dias.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 22 Janeiro 2015)

Poema Caminho pela Estrada

Caminho pela estrada
onde é tudo tão forte e carregado
mas a chuva carrega mais e melhor;
a estrada é tão longínqua
que nem lhe sinto o fim
apenas o começo que já não me lembro;
caminho tanto
que já nem tenho calçado
mas pé que me chega para onde quero;
a estrada está toda pisada
mas não fui eu que a magoei
mas sim as pegadas erradas humanas;
o caminha já não é individual
já não há apenas um
mas vários a fazerem-se ao mesmo;
caminho tanto que já me sinto feliz
já lhe reconheço a realidade
já lhe conheço o sentido
já lhe conheço o rumo embora esteja perdido.


Caminho agora ali e aqui
mas não já vejo nem sinto
mas agora tudo é verdadeiro
mas agora já nem sinto nada;
caminho já para a vitória
do sabor pela caminhada refrescante.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 14 Janeiro 2015)

Poema Flores Nascem na Cabeça

Flores nascem na cabeça
agora tudo é colorido
agora tudo é Primavera;
tudo é tão mexido
tudo é tão dançante
que me sinto a ondular;
tudo é tão vibrante
tudo é tão sentido
que meu coração vibra;
flores por todo o lado perfumam
por todo o lado as flores espalham cores
constantemente elas refrescam o ar
elas estão a colorir toda a minha felicidade;
constantemente elas estão espalhadas
constantemente elas me dão alegria
que eu agora não preciso de amar tanto.


Flores nascem na minha cabeça
que eu agora posso amar
amar diferente e melhor
o melhor que antes foi cinzento sentimentalmente;
flores cobrem meu corpo
para ficar mais intenso
no amor e na textura do gosto;
deito-me na cama florida
onde encontro novos amores
novos sentidos, tudo já foi mau
agora é só amor como rosas vermelhas de campo.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 14 Janeiro 2015)

Poema Culpada

És a culpada da minha lágrima
agora serei um vulcão de sangue
sem cura possível que já não tenho ossos;
és a culpada do meu ar ser sufocante
da minha pele cair
dos meus olhos estarem cinzentos
tudo em mim agora é passado destruído no presente.


És a culpada no dia
em que não deixaste o beijo nascer
como as rosas do nosso jardim;
não te quero queimar
tuas palavras já o fizeram
mas a mim bem dentro do coração;
tu não podes,
tu não queres,
tu não dizes,
tudo está a incomodar-te constantemente.


Só eu mesmo senti bem no centro do teu coração
a palavra bomba,
o sentimento corrosivo,
o sentido doloroso,
fui eu que fiquei apagado de um amor feliz;
fui eu que fiquei nu
fui eu que tive sempre desamparado
mesmo quando dizes-me amar-me.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema :  5 Janeiro 2015)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Poema A Vida É Longe

A viagem é longa quando tudo
é tão rápido pelo pensamento
e lento na prática da existência;
a vida é sensivelmente detalhada
os pormenores, aquele essência
aquela essência está sempre lá mas não
posso dizer que está, não a vejo
mas sinto, sinto-me tanto com esta brisa de agora.


A vida é uma linha fina tão fina
que a linha é grossa
a vida é tão subtil que não lhe podes
tocar apenas sentir,
a vida corre-me tanto que eu próprio
me canso de viver mas não desisto;
vida tao plena
sinto-te agora mesmo
refrescante como cascatas
em constante queda para é vida animal.


Oh vida és tão forte
complexa, misteriosa, que nunca te descobri
mas já te senti
mas eu já mesmo te senti
és tão rápida e porquê?
Não tenhas tanta pressa.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : Dezembro 2014)

Poema Palavras Gastas

Palavras gastas no jornal velho e sujo,
o dia já passou mas a página é mesma
as letras não passaram,
e as noticias são iguais e monótonas,
que até o tempo é mais apetecível;
palavras estão a negrito
outras de passagem que nem as lemos;
e algumas estão  em constante agitação
são as que lemos constantemente
são as mais doces à leitura mas
as mais dolorosas aos país e a cada um.


Palavras gastas corroem constantemente
que nem ficam na página
mas sim na vida de cada um;
palavras são tão usadas que naquele computador
já nem se sabe quais são quais
tal como o país onde estou;
estou numa página que não vejo
a letra é a marca dura que está lá
mas quero imagens e discursos
que os jornais não me dão na origem.


Tanta palavra que se gastou em vão
em dor, em falsidade, em ódio
mas ela continua chapada
para eu ficar marcar dolorosamente;
tanto que vejo
tanto que deixo escorrer
sem me preocupar se vai deixar sangue
como um crime  silencioso e sem provas.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 4 Janeiro 2015)

Poema Tristeza Portuguesa

Num país os barcos
na Descoberta foram os
primeiros a ir sem medo;
tantas tempestades, ventos
cuspiram a morte aos nossos
marinheiros bravos como espetos de rosas;
tanta obra fizemos lá fora
tanto conquistamos tanto projectamos
tanto comércio fizemos
fomos grandiosos em tanto nos Mundos;
nossos barcos perfuraram tanto
mas por vezes perfuraram nossos peitos
nem as cruzes santas salvaram;
nós tanto navegamos
tanto sentimos o vento do norte
como as brisas indesejáveis
como a penetração sanguinária das guerras;
fomos reduzidos a tão pouco pedaço de terra
fomos tão humilhados pelos Filipes,
fomos tão animais ao permitir a Inquisição,
fomos tao desgraçados e rasgados por nós mesmos,
mas até ao tempo do Barroco glorificamo-nos
tanto pelas praças mais linda de nosso país.


Tanto fomos longe através do Fado
tanto projectamos nossas vozes,
tanto fomos alto que até voamos,
que até a mágoa pareceu alegria,
ai tão negro anos passamos
tantas guerras, tantas mortes,
tanto silêncio que até matou
uma sociedade e as pessoas
que até choramos sangue e ossos;
tanta comida faltou,
tanta mágoa que ficou,
que corroem casas, famílias e mães;
bocas cozeram-se com dor de não poder falar
bocas choraram por palavras proibidas,
cartazes perderam o valor pelo lápis azul,
palavras que não foram até ao fim mas sim a  vida;
tanto pão comido
com lágrima, dor, mágoa e gemido,
tantos anos sem liberdade de expressão.


Após o 25 Abril de 1974
tudo está muito pior do que estava
então não ?
privatiza-se tudo como quem come pão,
compra-se submarinos como que brinquedos,
fala-se tipo peixeira na Assembleia,
promete-se muito mas por trás fazem figas como as crianças;
brinca-se ao Monopólio para ver quem fica com mais,
somos metade porque a outra metade é de vários países,
de caminho falamos só inglês, alemão e chinês,
enfim é uma pena somos tão estrangeiros agora,
somos tão dos outros,
que de caminho já nem Portugal somos.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 14 Dezembro 2014)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Poema As Estrelas

As estrelas são tantas
como os beijos que te dou
de manhã, de tarde e à noite;
as estrelas são tão intensas
tão calmas, tão silenciosas
e no entanto estão cá de forma gritante;
elas calorosamente
iluminam meu tecto natural
e grandioso que vai muito
para além do meu pensamento.


As estrelas estão lá encima
e eu aqui tão abaixo,
elas tantas
e eu aqui tão sozinho
elas tanto brilho
e eu pareço  tanto apagado;
as estrelas são de todas as cores
eu vi e senti pelo calor do olhar
a elas que façam todas as noites.


Nem nas noites  frias de Inverno
deixo de as olhar por muito tempo
mesmo que a janela gele ou fique opaca
meu olhar irá sempre vê-las
porque o que eu quero é forte e acontece;
Nos dias longos como uma vela, no Verão
deixo-me levar pelos céus intensamente
pontilhados e brilhados por elas
e posso ficar sempre a vê-las até ao dia vir.


Elas estão sempre lá,
não questionam, não julgam, não reclamam
brilham para serem vistas,
elas estão sempre lá em todas as noites
nas noites do frio
nos dias do calor 
no meio dia do crime
no despedimento de todos que vão
nas viagens longas
nos desertos fatais africanos
estão lá mesmo sempre e nunca
nunca mesmo criticaram ao fugiram.






As estrelas continuam com o brilho
silencioso e incomodativo pelo enigmático
mas acalmam a mente mais aflita;
as estrelas estão na lagrima tão ácida
na tristeza tão triste de uma saudade recente;
estão naquela partida
na partida de corações despedaçados
e das vestes negras que estão lá;
elas presenciaram lá, tudo
e conseguiram calor,
não dizes nada, nem comentar
apenas estão lá há tento;
e nós humanos com tanta futilidade
com tanto materialismo e nunca
brilhamos com a simplicidade das estrelas.



Autor : Carlos Cordoeiro
(Data Original : Dezembro 2014)

Poema Agora Já Te Amo Mesmo

Agora já te amo mesmo,
agora já te consigo sentir,
agora já me conseguiste despertar,
o florescer sexual para ti;
agora tudo é tão perfeito,
tudo é tão sublime,
um simples tocar, um simples arrepio;
tudo em ti,
é directo e sem rodeios,
o corpo é esculpido,
pelas areias das praias nortenhas,
enfim o que dizer de uns olhos
tão secretos mas tão frontais que me despem?;
Oh desejos tão contínuos,
caricias tão sentidas,
beijos tão fortes,
desejos tão directos,
sim sim sim agora é que te amo tanto.


Oh tudo que me fazes sentir
arrepia-me por todo o lado,
é demasiadas intensidades nuas,
até um simples mordiscar de olhar:
ui tão forte, tão potente e concreto;
Quanto mais me exploras
mais te sinto corporalmente
sim afirmo e admito
que de facto és-me importante
eu amo-te mesmo
percebo isso agora, só agora.


Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 31 Outubro 2014)

Poema Dias de Outono

Ai estes dias de Outono que,
já chegaram e eu desfruto-os;
São tão apetecíveis como os
frutos mais doces que eu como gulosamente;
aquele amanhecer
com cores calorosas mas com
as brisas gélidas do que restou da noite.


Adoro tanto aquele momento
em que são sete da manhã
e sente-se aquele frio que
ainda sabe bem porque é o resto
do Verão;
depois o Sol vai-se erguendo e o
frio esse vai-se embora e volta
em grande de noite com possível
gotinhas que caiem delicadamente nos solos;
é nesta época
que o por-de-sol é intenso em cores
mas triste na intensidade dos frios;
e os pássaros
que timidamente piam entre as gotas
de orvalho nas folhas estaladas pela nevoa ou nevoeiro.


Oh e o Douro? Divino!
Cria-se um degradé tão perfeito
que parece uma aguarela de pincel real;
que laranjas tão quentes,
que castanhos confortáveis,
que vermelhos escaldantes,
são todas estas cores que me
fazem aquecer o espirito
entre os vales das vinhas
mesmo que esteja a chover


Autor : Carlos Cordoeiro.

A Filosofia na Assembleia

A Filosofia na Assembleia
(a Filosofia como um meio directo e complexo) para planificar uma sociedade com deficiências nas competências).





 Eu sei que cometi o erro de escrever algum que já existe há séculos, a Filosofia na Assembleia e sei que é arriscado falar-se  de algo que já há, mas pensemos que cada pessoa pode sempre tentar reformular e ajustar à realidade e porque não o mesmo tema mas um contexto diferente?
 É uma hipótese......obviamente que não quero fazer-me Filosofo até porque é complexo e não são torna Filosofia um argumento temporário simplesmente quero dar a minha opinião do possível , do que torna compreensível.
 Vou sim falar da Filosofia na Assembleia (Portuguesa) dos nossos dias.
 Curiosamente a sala onde os nossos deputados falam é majestosa, grande, imponente, não sei se isso é ou não propositado mas dá de forma ilusória um poder aos que lá falam, mesmo que  sejam assuntos desconsiderados, eles lá dialogam de forma calorosa, só falta montar uma barraca e começar a dizer: "ó freguês.....".
 Uma vez  que forçosamente obrigaram a comprar TDT (um serviço que supostamente iria melhorar a televisão e só piora com cortes de imagem em dias de temporal) vejo o canal ARTV (Assembleia Republica TV) e todos os dias dá para ver "debates" ou então assuntos por ordem de importância.....enfim coisas insignificantes.
 Em primeiro lugar acho que os deputados deveriam ter aulas de voz, etiqueta, argumento e ética...pela razão de que se eles têm um microfone à frente deles porque é que eles berram?
 A meu ver para haver uma coerência no discurso a voz deve ser plena, firme, coerente, e assertiva e não o oposto, porque independentemente de falar correctamente ou não eles não se ouvem, uns dizem uma determinada coisa e o outro diz o contrário, não há um fio condutor, eles ultimamente preferem-se atacar.
 Eu não vou negar, que adoro ver os debates mesmo daquele temas mais aborrecidos mas é interessante que toda a postura geral que transmitem exteriormente é como que estudada à priori e como tal deverá ser verdade eles transmitirem uma pseudo-segurança mesmo que não a tenham eles tentam transparecer uma figura confiante em termos  de postura e dialogo.
 A meu ver a postura não é tudo visto que muita gente quando fala, acidentalmente gesticulam grosseiramente e fala como tivesse  a cuspir palavras e nem tanto a argumentar.
 A Filosofia enquanto área interventiva seria perfeita para fazer novas mentalidades politicas, assim
 sempre haveria uma intelectualidade argumentativa perante uma Assembleia.
 A Assembleia acima de tudo deve ser um espaço de reflexão coerente onde cada um, deve tentar refletir o seu papel na sociedade em questões de mudança no sentido prático, e saber quais as questões prioritárias fazendo com que o secundário não tenha tanta importância para que assim possa-se  de forma ordenada fazer o planeamento civil da sociedade em causa.
 A Grécia Antiga (ou melhor a Cultura Clássica) de origem na Grécia fundou de forma inovadora a Assembleia, é obvio que ao longo de tantos séculos foi-se adaptando ás sociedades de todo o Mundo, mas por mais que se tente ignorar e ocultar a verdade é que a essência da Assembleia perdeu-se e a prova viva disso é os deputados mandarem bocas uns aos outros como ataques a partidos se tratasse.
 Enfim os corruptos deste país conseguem destruir tudo de bom neste país nada escapa nem mesmo àqueles que ainda vão nascer, de caminho até um óvulo ou espermatozoide terá que pagar algo por existir naturalmente.

Autor : Carlos Cordoeiro.

Política Portuguesa (Opinião)

 Adoro as marchas políticas  que se faz em várias cidades de Portugal mesmo lá fora e toda a teatralidade da questão em que não se mede até que ponto pode ir o ridículo da questão.
 Claro que cada Partido deve expressar os seus argumentos perante a população portuguesa e isso é um direito de quem está envolvido mas porquê fazê-lo de forma tão pomposa, teatral e até mesmo conflituosa na medida em que se agridem verbalmente uns aos outros?
 Na Assembleia local onde se deveria discutir os assuntos prioritários ao país acaba-se por fazer uma "peixeirada" elegante visto que são pessoas que não gostam de descer muito baixo no que toca a expressar a opinião, não digo fazer-se uma política séria sem nada de  especial mas também cair na estupidez de atacar uns aos outros sem algumas regras é um pouco estranho.
 Considero importante que cada cidadão português tenha uma opinião firme na medida em que saiba seguramente as suas convicções politicas para mais tarde saber como votar de forma responsável.
 Cada um tem a sua escolha, o seu espaço, a sua opinião, mas se uma pessoa nos faz mal socialmente e não voltaremos a votar nela fará sentido?
É justo as pessoas idosas não merecerem uma reforma justa? Depois do tanto que trabalharam? É justo e humano estas idosas e idosos gastarem dinheiro todo ou quase todo da reforma em medicamentos? Tem algum nexo?
 Sinceramente considero que estamos perante um problema social maior do que estamos a imaginar, ou seja,  até que ponto as pessoas têm a perceção das situações vividas? Até que ponto os cidadãos portugueses tem a consciência das coisas?
 É verdade que ao reclamarmos, estamos a "abalar" as estruturas da corrupção mas ela tem cair não basta abanar.
 É triste ver tudo isto, porque até 25 Abril 1974 lutamos pela LIBERDADE, pela DEMOCRACIA, pelo RESPEITO, pela DIGNIDADE, pela TRADIÇÃO, pelo AMOR, pela PAZ, pelo EMPREGO, pela HONRA, e actualmente está tudo perdido, tudo arruinado, tudo incendiado pelas palavras e actos dos políticos actuais.
 Os debates televisivos, na minha opinião, não servem de muito continuo a achar e dizer que acho que todos os políticos deveriam ir para a rua e ir falar com as pessoas, com as pessoas que pagam contas da água, luz, alimentação, finanças etc....enfim a realidade é nas ruas e não nas Televisões ou novelas.

Autor : Carlos Cordoeiro.