quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Poema Ainda Amigos

Ainda Amigos apesar de tudo estar confuso,
apesar de tudo estar por dizer,
mesmo que sejam as palavras mais cruas
que custam a digerir uma verdade que nem sei como falá-la;
Ainda Amigos por opção minha
em amar demais, que não consigo expressar no real
o que sinto de forma interior
de forma intensa que por vezes me abafa;
Ainda Amigos por algo superior que me faz sorrir
por algo complexo de perceber porque é intenso
como o chocolate amargo que quero sentir;
Ainda Amigos porque eu insisto no auto-sofrimento,
na auto-defesa, na descrição dos meus actos,
na não denúncia de todo o meu ser,
na não marcação cerrada por terceiros;
Ainda Amigos visto que agora parece soar melhor
mas não é de todo o que eu quero, quero sim
tentar ser teu, entregar-me a ti mas com muita calma
mesmo que isso não signifique um amor imediato
um amor intencionado ou planeado;
Ainda Amigos porque agora parece fazer sentido
mesmo sabendo que isso me possa trazer uma dor maior
em que me torne preto e branco de um filme
que te irá fazer chorar pelo final infeliz.


Ainda Amigos por verdades convenientes
que nos preenchem constantemente
mesmo que de forma dolorosa,
mesmo que de forma utópica
mas que ainda assim continua algo como verdadeiro;
Ainda Amigos como todos aqueles dias
que tanto são de sol como de chuva
mas que se permanece tudo em suspenso
como eu bem cá dentro e lá encima;
Ainda Amigos de forma normal
de forma descontraída sem nada a bloquear,
natural como o doce do fruto
que eu insisto em provar como provocação
a mim ou a ti, mas sem ferir alguém;
Ainda Amigos como dantes
mas sempre nesta onda de querer saber
e indiferença, tudo é duplicado;
tudo é sempre vivido como algo duplo,
tudo é sempre como o dobrar mesmo eu
não estando bêbedo no amor ou por ti,
mesmo sendo tudo isto verdadeiro
ou irónico; mesmo sendo isto amizade
ou amor; mesmo sendo isto real
ou utópico; agora,
Ainda Somos Amigos.


Autor : Carlos Cordoeiro,

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Poema Não Posso Ignorar Que.....

Não Posso Ignorar que és bela enquanto eu tentei
fazer sobressair isso através dos meus olhos
estava constantemente distraído e por isso a conversa
tornava-se estranha e confusa mas eu ainda assim continuava;
Não Posso Ignorar que me marcaste por um motivo
motivo este que é complexo de explicar, dizer, ou mostrar
porque apenas sinto mas não o mostro
e como tal a timidez continua como escudo de algo a;
Não Posso Ignorar que me marcas constantemente
por algo complicado de se perceber,
por algo tanto ou mais maior do que eu,
e por isso sinto-me constantemente num pequeno nervoso;
Não Posso Ignorar que és o meu sismo
muita para lá do 10 na escala de Richter,
e que em réplicas são constantes
a cada segundo, minuto, hora,
por isso a destruição por dentro é completa;
Não Posso Ignorar que cada minuto assim desta maneira
faz-me ficar tremido, mas nem muito bem porquê
ou de quê, apenas tremo mais que uma gelatina
E por isso caio muitas vezes, embora a minha amizade e carinho
por ti sejam muito mais alto, alto tão alto que nem vejo mas sinto.

Autor : Carlos Cordoeiro.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Poema Quando Os Meus Olhos

Quando os meus olhos vêem algo mais belo do que eles
então é porque é verdade mesmo,
então é porque há algo de bom a ver,
então é porque devo ver mais e melhor e apreciar
delicadamente como todas estas flores que eu cheiro;
Quando os meus olhos vêem todas aquelas belezas
que caminham suavemente e levemente
que parece que vou voar mas apenas escolho
aquilo que me é o melhor e me faz sentir melhor;
Quando os meus olhos choraram
foi pela incerteza de tudo que pensei
sobre ti, eu e nós como algo que poderia ser
mas não foi, ou está para vir a ser;
Quando os meus olhos viraram para o lado
não queriam ver a realidade que doeu mais
que um fogo no coração em constantemente
ardência;
Quando foi aqueles dias de várias horas seguidas
em plenos dias derretidos pela chuva ou sol doentio
pelo nevoeiro, eu criei em mim mesmo uma dor maior
como escudo de uma dor visível;
Quando os meus olhos olharam para lá não viram nada
a não ser uma dor crescente de incerteza
e de insegurança que não dava para compreender,
mas apenas sofrer cada vez mais
pelo não entendimento do assunto em causa;
Quando os meus olhos analisaram a dor e a mágoa
o choro da dor e a dor do choro foram constantes
dentro de mim, que me fez corroer por dentro
e agora só sobra ossos que não desejas ter como amor;
Quando meus olhos naturalmente te olhavam
eu controlava-os para não se perderem no caminho
da tentação que não me está ao alcance
muito menos a perto como tu agora;
Quando Os Meus Olhos quiseram ter um brilho especial,
foi completamente impossível porque o coração falou mais alto,
a cabeça pensou o filme errado,
o take não foi o certo, e o meu papel até agora é como figurante,
nem faço parte do filme, sou um mero adereço de um filme que começo a desconhecer.



Quando Os Meus Olhos quiseram tentar ver para além de
foi tão complexo tentar compreender
o que nem sequer eu ainda analisei
e como tal fico na mesma, na minha solidão;
Quando Os Meus Olhos querem ver a impossibilidade da questão
vêem muito para além disto e quem fica na mágoa
é o meu coração de tamanha dor
que apenas irá passar com os olhares que se irão elevar ás luzes;
Quando Os Meus Olhos queriam-se alegrar por motivos óbvios
a questão óbvia era muito mais inteligente do que eu
e como tal já era completamente ultrapassado há que muito tempo;
Quando Os Meus Olhos tentaram procurar verdades positivas
eu apenas vi tudo em negativo: como fotografia e vida
e como tal nunca vi a cor na felicidade sonhada;
Quando Os Meus Olhos quiseram ver amores supostos
estava tudo em branco, mas eu é que tinha que preencher
mas não tinha nada para escrever
como tal compreendi a mensagem transmitida a mim;
Quando Através Dos Meus Olhos eu quis amar
fosse através da alegria, carinho, felicidade, simpatia
tudo era demasiado rendilhado, mais que as rendas
da minha avó que já estão arrumadas no baú do século passado;
Quando Meus Olhos quiseram amar
quiseram tentar a utopia, a ilusão,
já pareceu realidade ao meu coração
e como tal a dor não pareceu tão grande;
Quando O Meu Olhar quis ver para além da dor
já era tão complicado, tão verdadeiro, tão doloroso
que habituei-me à ideia;
Quando o meu olhar quis te mostrar
as verdadeiras realidades, no meu coração
tudo se evaporou como o nevoeiro
das nossas manhãs favoritas mas que já se foram
bem como o nosso amor sonhado e projectado
tudo esvoaçou mais do que as nossas vidas,
o que restou foi apenas uma dor que alimentou
parte da minha dor principal de não poder-te amar.


Autor : Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Poema Nós

Nós fomos uma realidade projectada
de forma aleatória por isso agora estamos errados
mas penso e acredito que poderemos dar bem
penso que podermos ser a bondade;
Nós fomos aquele romance triste que leste
mas num bom dia de sol em viagem
de dia-a-dia a voltar para casa,
e identificaste-te por algum motivo;
Nós fomos algo que nem sabemos definir bem
algo que é complexo de se falar com normalidade
por isso através dos meus versos recorro
a alguma verdade que tenciono encontrar;
Nós fomos o desejo de um que queria algo mais sorridente,
algo mais sincero, algo mais feliz, algo mais intenso
que preencherá constantemente o corpo
e como tal a solidão não existirá nem no coração.


Nós fomos algo...
Nós fomos...
Nós...
Fiquei sem palavras nenhumas
de tanto verdade que encontro em ti,
de tanto amor que te posso retirar
com agrado e ternura sem abusar;
Nós fomos a indecisão dos dois
a confusão de um
pelo atrapalhar do outro e por isso
nada ficou decido em fazer-se;
Nós fomos tudo mas de forma tão naïf,
de forma tão ingénua, de forma tão estranha,
que é definir em rótulo mas isso é bom,
não somos o que a sociedade quer;
Nós fomos um amor utópico surrealista irreal
mas que ainda assim foi imaginado e desconfiado
e como tal ficou como que suspenso
num tribunal indefinido e que nem existe
mas sim apenas todos estes sentimentos.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

IRON ART

                                          


Carlos Cordoeiro
Estação Porto Campanhã
Fotografia
2013.

TORRE DOS CLÉRIGOS

                                          

Carlos Cordoeiro 
Vista do Porto a partir da Torre dos Clérigos, Porto
Fotografia
2013. 

Museu Nacional Soares dos Reis Porto

                                            


Carlos Cordoeiro
Fachada do Museu Nacional Soares dos Reis, Porto
Fotografia 2012 (data original)

Poema Quando

Quando tu caminhas eu apenas paro
para uma melhor observação da questão
mesmo que isso te faça rir,
e eu fico como atrapalhado;
Quando passas por mim
eu admiro-te como uma Arte,
como uma estátua mas que não
pode ser tocada, não pode ser explorada
o olhar deve ser inocente;
Quando caminhas eu mantenho o respeito
mantenho a calma para não haver
confusão em nós e no caminho.


Quando eu...
quando eu caminho para ter contigo
nada acontece nada a não ser
embaraço dos dois com som surdo;
Quando eu caminho ao sol matinal
meu corpo gela pelo nevoeiro
que faz-me paralisar e não pensar
na maneira de como vou dizer
que te quero amar;
Quando eu caminho torna-se tudo nublado
por isso não vejo a ti, a mim, a ninguém,
por isso ás vezes escolho as pessoas erradas.


Quando eu caminho sinto constantemente nervos
porque nunca sei o que esperar
do meu próximo passo se será para o amor
se será para a amizade, ou nada disto fará sentido
e por isso simplesmente ando e mais ando
Até um dia dar de caras contigo e passo a gostar de ti
um pouco, cada dia acrescentando sempre um pouco
até se tornar num amor grandioso como os raios que nos iluminam.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Amor História

O nosso amor não começou agora
mas muito antes, ainda não existiam
os nossos pais, nem avôs
e inexplicavelmente já nos amávamos;
O nosso amor foi como encontrar
o lado utópico disto tudo
mesmo que não fosse real
e apenas um sonho que durou uma vida;
O nosso amor foi a história
constante que foi sempre reescrita
como aquela que era cantada
pela pessoa mais romântica
como nós enquanto vivíamos tudo isto.


O nosso amor foi tudo isto assim,
sem pensar que foi acontecendo
passando por várias gerações
com várias guerras pelo meio,
por várias vitórias como a nossa
em momentos maus;
O nosso amor foi tudo isto que vês
o bom, o mau, o fácil, o difícil,
a alegria, a tristeza e até a lágrima mais complicada
de se deixar cair quando alguém tem que decidir
quando partir, ou quando deve ir, ou quando deixar.


Autor : Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Poema Mau Sangue

Mau Sangue é aquele que tu gostas
por isso em ti corre
a necessidade do risco e do erro;
Mau Sangue corre-te naturalmente
como o verdadeiro já correu
por isso agora és uma pessoa criminosa
por não aceitares e mudares a mágoa;
Mau Sangue está na ponta da tua navalha
que deixou-se penetrar no corpo
do inocente e por isso eu choro
a tua prisão à liberdade;
Mau Sangue é matares-me constantemente
por um sentimento que não sentes,
por um ódio que não queres ter,
por uma recusa do meu amor pelo beijo;
Mau Sangue é o que nos sentimos;
é aquele derramado quando te ris,
e eu estendido por tanto sentir
por tanto amar quem não devia ou queria.


Mau Sangue é todo aquele crime
que deixaste esquecendo que seria a
tua marca para a desgraça como o nosso amor;
Mau Sangue foi o que eu libertei
quando soube que era o secundário
num amor que considerei prioritário
e o que o resto eu desperdicei;
Mau Sangue foi aquele que fizeste
derramar pelos teus crimes,
pelos teus actos escuros,
pelas tuas falsidades,
pelas tuas teatralidades,
por toda a vida  que é uma mentira;
Mau Sangue foi o que saiu através das tuas palavras
que me magoam constantemente em ferida aberta
e nunca cura, e por isso a dor é cada vez maior
até ficar eu todo em ferida por um amor não vivido;
Mau Sangue foi este amor que não se viveu
foi esta solidão constante carregada de dor
e de saudade pelo que ainda não foi visto ou vivido,
e por isso tudo é tão constante na dor e na tristeza
e nunca saberei se o teu amor será real ou não.


Autor : Carlos Cordoeiro
(poema escrito ao som de Bastille - Bad Blood)

Poema Não Anjos

Não há anjos nos nossos corações
por isso é que já não conseguimos amar
um ao outro como de antes, no passado
naqueles momentos bons e áureos;
Não há anjos por isso é que te perdi
por não acreditar no que deveria
e apenas em mim mesmo
e não te vi como queria ou sentia;
Não há anjos por isso é a vida é assim difícil
por isso é que amar é utópico,
por isso é que beijar é intenso,
por isso é que ter-te é tão para lá realidade;
Não há anjos quando falo por ti
quando falo para ti com amor,
quando falo para ti com intenção;
Não há anjos quando tive que morrer
para ti por tu não me quereres,
por não me amares tão intensamente
como eu a ti.



Não há anjos como nós
que nos queremos
mas negamos ao mesmo tempo
por isso o amor não é real;
Não há anjos como eu e tu
em que o amor já foi real
e agora apenas é passado
mais que as folhas amarelas
que são os meus poemas de amor a ti;
Não há anjos como nós
que já vivemos tantos anos de amor
tantos anos de beijos, carinhos e momentos
tantos anos de vivências
que nos fazem chorar como recordações;
Não há anjos como tu e eu
que já nos desejamos enquanto amor
enquanto paixão, enquanto vontade
enquanto enredo, enquanto verdade,
enquanto história, enquanto momento,
enquanto tudo, enquanto nada.


Autor : Carlos Cordoeiro.
(poema escrito ao som de Bastille ft. Ella Eyre - No Angels)

I'm Felt So Much Poem / Poema Eu Sinto Tanto

i felt love's so much
because we're the wrong side
when the sun come up;
can you help me?
when the dog run to me
and goes ahead
inside to my heart
i cry to next verse;
If you knew what's wrong
you could do it better
without our passion
because passion broke
our friendship;
If we count our lovers
you could find just one,
but not me, you know that!


Autor : Carlos Cordoeiro.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Poema Cansaço

Cansaço qualquer coisa como
suspensão em cima de suspensão
que deixa em suspenso tudo que está
suspendido e que me deixa sem reacção;
Cansaço deixa meu corpo em água
que me sinto completamente inundado
completamente desligado para o que quero criar
para o que quero desejar
para o que quero sentir
para o que quero amar
para o que quero definir como prioridade
em cada dia que me torna tudo lento.


Cansaço faz-me derreter muito mais que queijo,
faz-me evaporar muito mais que água em panela,
faz-me dormir enquanto ando para casa
meu olhos fecham-se como que tivessem vida;
Cansaço faz-me tornar mole por dentro
e todo em por dentro não sei o que fazer
e como fazer e por isso estou intacto;
Cansaço torna-me como que estático
torna-me como máquina,
torna-me como se fosse ausente constante,
torna-me como se fosse vegetal,
torna-me como inconsciente,
como tudo que não quero ser.
Cansaço é...........cansaço......
cansaço.......vou repousar o meu cérebro,
vou repousar a minha mente,
vou repousar a minha inteligência,
vou repousar meu corpo,
vou repousar tudo que é físico
e mental para relaxar e........
e.........


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Promete

Promete que te cuidas
promete que tornas o teu beijo
em flor de Primavera;
Promete que não te esqueces
promete que não me esqueces
que não me ignoras
mas sim eu ser-te uma lembrança;
Promete que somos amigos
que floresce naturalmente
como as rosas que admiramos;
Promete que me verás sempre
de longe e eu de perto
como se quer;
Promete que renascemos como
jardins frescos e apetecíveis
da manhã de nevoeiro do Porto;
Promete que me tornas frescura
dos dias mais quentes que nos
secam os lábios;
Promete que os nossos dias
serão diferentes, sempre diferentes
como cada dia que já passou.


Promete que quando sol será nosso
ou de manhã quando somos um nascimento
a meio quando somos rebentos constantes
ou há tarde quando somos um terminar da dor
que há muito já havia e agora é aliviada;
Promete que os nossos dias serão eternos
como aquele amor que sentimos e juramos
e que era tão intenso, mais que um coração aflito
de uma dor que já passou mas que por vezes ainda se sente;
Promete que o amanhã é sempre novo
como cada beijo nosso,
como cada carinho nosso,
como cada abraço trocado,
como cada amor desejado,
como cada sentimento que floresce e dá naturalmente
novos rebentos quando outros partem e deixam de brilhar
como um dia eu deixei quando já achei não te amar;
Mas agora amo-te como se fossemos novas plantas dos campos
como novas frescuras dos campos mais altos do nosso mundo
como fossemos novas sementes que timidamente surgem
como eu surgi para ti e de início não reparaste
por isso é que a luz não era total como as nossas estrelas do escuro;
Promete que seremos sempre isto, sempre este amor incondicional
sempre este beijo que dura mesmo quando o comboio já partiu,
sempre este carinho que prolonga-se tanto, mais que um relógio
sempre este abraço que nos faz aquecer mais que um fogo
sempre este brilho que nunca morre e que irá está sempre vivo mesmo
quando tu e eu fomos algo para lá de....


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Amo-te Como.....

Amo-te como o sangue que é o meu rio
de vida e de amor por ti
e por nós enquanto casal de um amor;
Amo-te como a lágrima derramada
pela discussão que é pensada
e que ainda não aconteceu;
Amo-te como uma força que é possível
de se sentir e amar
porque não é algo que magoa;
Amo-te como algo superior
algo muito maior do que eu mesmo
por isso não suporto tamanho amor.



Amo-te com tanto gosto mas mesmo muito
que já esqueci o que é o sabor
de tudo que nós gostamos de fazer
ou de saborear por casa;
Amo-te tanto que somos o sabor
um do outro mas por vezes esqueço
do açúcar no nosso enredo;
Amo-te por vezes de forma azeda.
que não como, bebo ou provo
o nosso amor quando deveria
e por isso a tua tristeza fala mais alto
e eu rebaixo-me até tu seres o topo do meu mundo;
Amo-te como se fossemos constantes pedaços
de histórias variadas em que todas juntas
formam uma só e com sentido;
Amo-te com toda a profundidade da questão
como os oceanos fossem a terra
que nos faz tornar mais seguros de nós mesmos
dos nossos beijos e carinhos constantes;
Amo-te como músicas melancólicas
que apelam a tristeza da minha lágrima derramada
mas que logo a seguir vem o beijo tão desconcertante
como uma viagem que parece que será a última
como a última que um de nós fez e...


Autor : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Poema Jardim

No jardim é onde eu te conheci com todo o meu amor
e tu a mim de forma igual e sem regalias
estávamos em pé de igualdade, em sintonia musical;
No jardim foi onde eu falei tanto mas tanto contigo
em que o cenário de fundo era árvores, arbustos e repuxos
que nos tornavam mais íntimos, próximos e que apenas sobrou o melhor
intensos e tímidos beijos com a cara meia escondida na outra;
No jardim exploramos nossos beijos
como se tivéssemos na Primavera
e o amor de um beijo fosse constante
em acontecer entre nós de forma calorosa;
No jardim tu e eu somos sempre um
mesmo de forma calorosa
quando a chuva cai sempre em nós,
mas o nosso maior é tão grande
que nem sentimos o gelo de Inverno.


No jardim ela e eu trocávamos tantos beijos
que ficávamos tão quentes como o fogo
que incendiou os nossos corações de amor
e que este amor é disfarçado pelo menos para mim;
No jardim tanto os beijos fizeram sentido,
tanto os abraços fizeram calor,
tanto as palavras quentes
encheram-nos o peito de conforto;
No jardim trocamos tantos calores,
tantos beijos, tantas carícias, tantas amores
que nos completamos tanto um ao outro,
que agora somos apenas um : Amor.


Autor : Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Poema A Dor De Um Amor

A dor de um amor foi quando eu amei tanto e depois perdi
perdi em tão pouco aquilo que julguei eterno,
perdi aquilo que achei que ia ter como garantido,
perdi cada beijo que te dei de forma sedutora,
perdi cada abraço quente que trocamos,
perdi tudo que podia ter facilmente mas com respeito;
A dor de um amor passa por eu chorar constantemente o que eu já tive
o que quero ter como eterno e amoroso
que és mesmo tu,
pelo menos penso isso constantemente;
A dor de um amor é sonharmos sempre com a mesma pessoa,
sempre com a mesma vontade,
sempre com a mesma energia
sem nunca cansar,
sem nunca respirar de novo e como tal o oxigénio não é novo,
e por isso sou doente de amor por ti.


A dor de um amor é estares aí longe e eu aqui
somos a distância representada como pessoas
somos o que não deve ser imaginado como bom;
A dor de um amor é uma lágrima derramada
sem ser pensada mas libertada naturalmente
como o nosso amor longínquo e utópico
por isso é que nos afastamos sem intenção;
A dor de um amor foi eu imaginar demais os dois como vida
imaginar algo entre nós como realidade amorosa
é tudo tão surrealista no meu coração e sentimento;
A dor de um amor foi eu querer-te alcançar
esquecendo que és mais do que eu, em parte,
esquecendo que és mais poderosa do que eu,
esquecendo que te fazes maior do que eu,
porque eu enquanto estrela ainda não brilhei para ti;
A dor de um amor foi eu não ser o teu brilho
aquele que tu querias como guia para o teu caminho
aquele que tu sonhavas como alguém ao teu lado
aquele que tu achas que eu teria
aquele que tu achavas eu ter guardado como presente para ti;
A dor de um amor......
A dor de um amor.....
de.........um
amor é, eu ficar assim tão reticente e indeciso,
é ficar assim tão nervoso e sem conseguir falar algo de jeito,
é ficar assim tão atrapalhado e falar olhando para o lado e não para ti,
por isso te digo que a dor de um amor é tudo isto de forma crua e nua
e como tal sinto um frio interior de desamor por parte de mim mesmo e mais ninguém.


Autor : Carlos Cordoeiro.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Poema Caminho

Caminho por novos caminhos incertos que me põe com medo
é tudo tão desconhecido e de desconfiar,
é tudo tão esquisito e reticente que eu nem tento entrar
porque o meu receio é maior que o momento;
Caminho por sítios novos que me são apetecíveis de explorar
mas estão tão bloqueados que só o meu espírito entra
mas não pode lá ficar como chantagem de um vida dupla;
Caminho por novas estradas que são pouco iluminadas
mesmo quando isto me torna mais vulnerável
mesmo quando isto me torna mais medroso
mesmo quando isto me faz pensar o errado
mesmo quando tudo isto faz projecto o obscuro da questão inatingível;
Caminho por lágrimas que eu derramei que me fizeram crescer
que me fizeram ser grande como um céu com estrelas
que acabam por me iluminar e guiar para uma vida mais livre de medos;
Caminho por espaços tão surrealistas como um amor que já senti,
como uma amizade que perdi em plena areia quente de deserto,
como um carinho que perdi e fez-me chorar por tristeza
que o meu corpo cobriu-se de negra tristeza e vontade de me tornar mais negro para não ser visto.


Caminho por amores que perdi com grande facilidade como ir ver as horas
como deixar-me distrair pelo Sol que me iluminou certo momento,
como aquele dia que mergulhei nas águas frias e me fizeram congelar,
fizeram congelar o meu amor,
fizeram congelar o meu beijo para ti,
fizeram congelar o meu pedido de amor a ti como princesa;
Caminho de forma doentia sem qualquer caminho traçado como guia,
caminho de forma irracional por isso é que vejo o que não quero,
caminho de forma medrosa por isso é que é tudo negro para mim e na minha cabeça,
caminho de forma chorosa porque nunca sei o que vem aí;
Caminho por dores mentais na medida em que através dos meus olhos
sofro o que eu não quero ver ou ler,
é doentio pra mim ver o que para mim é saturação;
Caminho por caminhos que são estreitos mas ao mesmo tempo tão abafantes
mas ao mesmo tempo tão quentes que me preenchem no sentimento
de amor, carinho ou amizade de forma sincera e pura;
Caminho para novos amores que estão camuflados com o dia-a-dia de cada um,
camuflados com os aromas e sabores de todos os cafés da Cidade,
camuflados com todas as cores intensas de Outono;
Caminho por vários atalhos para chegar a ti, meu adorável amor
para te beijar bem devagar para sentir os teus lábios sedosos,
para te sentir nos meus braços e tu sentires que estás dentro de uma muralha,
para te sentir como algo tão puro como a água fresca da montanha,
para te sentir como meu amor eterno e seguro
e saber que posso sempre te amar, como no primeiro dia naquele jardim
em que o jardim parecia todo íntimo porque estávamos só nós os dois
ainda a explorarmos um ao outro como se fossemos uma espécie de crianças
e como tal o amor desde daí acabou sempre por ser sincero, como agora.
Adoro-te.

Autor : Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Poema Profundo

Profundo é tudo isto que eu sinto por ti
e nunca foi correspondido e como tal
eu ainda espero por novas oportunidades
na tentava de acreditar na minha senha de vez;
Profundo é todo este amor que eu tenciono
dar e mais tarde receber como carinho normalizado
mas tudo é tão burocrático e complexo
será que tenho que assinar algum contracto?
Profundo é todo aquele beijo
que acaba por escapar mesmo que saibas
que eu desejo como água para a vida
que me corre naturalmente como o meu amor por ti.


Profundo é tudo isto que me corre nas veias
que pode ser amor desde que eu seja tolo
na maneira de falar ou agir para contigo;
Profundo é tudo que uma pessoa imagina
mesmo que seja extremamente utópico e estranho
mas que mesmo assim quer fazer acontecer
porque sabe que pode vir a ser realista;
Profundo é aquele pequeno borbulhar que já sinto
por ti mesmo que não saiba como defini-lo
mesmo que não admita dizer-te,
mesmo que não saiba como dizer-te para ficar feliz,
mesmo que isso me causa tristeza por dentro por guarda tudo isto;
Profundo será os beijos que troco contigo,
todos os abraços que te dou,
todas as carícias que trocamos,
todo o amor que nos fazemos,
quando vou a ver é tudo sonho e projecção minha
em filme de película velha, a preto e branco
e com demasiados cortes e por isso o nosso amor em filme
nunca acontece em pleno há imensos takes.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Poema Menina De Rua

Menina de rua que te deixas caminhar sem preconceito,
sem qualquer tipo de problema, sem qualquer vergonha,
sem qualquer medo de ser julgada por outros de fora;
Menina que te deixas mostrar de forma normal
ou provocadora dependendo do teu sabor
ao que queres provar e dar a conhecer;
Menina exterior que não te revelas por dentro
apenas por um interior mais interessante
que através do calor te deixas explorar
sem te preocupares o que daí poderá provar no outro;
Menina de rua que está constantemente presente
tanto como uma religião
mas tu és pecadora de uma satisfação dos homens
em que és constantemente solicitada como uso de se ser infiel.



Menina de rua que beijas tudo que percorres
como que fosse uma obrigação tua mesmo tu
sabendo que apenas satisfazes o que não queres;
Menina de rua que dás prazer pelas vias mais esquisitas
pelos meios mais complicados e provocantes
e que aos olhos da Igreja é pecado perante Ele;
Menina de rua tu que dás prazer pelo corpo
que tem vários acessórios provocantes
e que tens um corpo apetecível para a tua suposta profissão;
Menina de rua que te exibes como fosses um luxo
quando apenas serves como local de depósito de prazer
um prazer que no teu corpo custa caro
e te deixa desgastada, e tu fazes isso como algo normal
como a água que te escorre com suposto prazer
e já estás automática em todo este processo
apenas fazes o que eles pedem.


Autor : Carlos Cordoeiro.