sábado, 12 de dezembro de 2015

Poema Caminho

Caminho por novos caminhos incertos que me põe com medo
é tudo tão desconhecido e de desconfiar,
é tudo tão esquisito e reticente que eu nem tento entrar
porque o meu receio é maior que o momento;
Caminho por sítios novos que me são apetecíveis de explorar
mas estão tão bloqueados que só o meu espírito entra
mas não pode lá ficar como chantagem de um vida dupla;
Caminho por novas estradas que são pouco iluminadas
mesmo quando isto me torna mais vulnerável
mesmo quando isto me torna mais medroso
mesmo quando isto me faz pensar o errado
mesmo quando tudo isto faz projecto o obscuro da questão inatingível;
Caminho por lágrimas que eu derramei que me fizeram crescer
que me fizeram ser grande como um céu com estrelas
que acabam por me iluminar e guiar para uma vida mais livre de medos;
Caminho por espaços tão surrealistas como um amor que já senti,
como uma amizade que perdi em plena areia quente de deserto,
como um carinho que perdi e fez-me chorar por tristeza
que o meu corpo cobriu-se de negra tristeza e vontade de me tornar mais negro para não ser visto.


Caminho por amores que perdi com grande facilidade como ir ver as horas
como deixar-me distrair pelo Sol que me iluminou certo momento,
como aquele dia que mergulhei nas águas frias e me fizeram congelar,
fizeram congelar o meu amor,
fizeram congelar o meu beijo para ti,
fizeram congelar o meu pedido de amor a ti como princesa;
Caminho de forma doentia sem qualquer caminho traçado como guia,
caminho de forma irracional por isso é que vejo o que não quero,
caminho de forma medrosa por isso é que é tudo negro para mim e na minha cabeça,
caminho de forma chorosa porque nunca sei o que vem aí;
Caminho por dores mentais na medida em que através dos meus olhos
sofro o que eu não quero ver ou ler,
é doentio pra mim ver o que para mim é saturação;
Caminho por caminhos que são estreitos mas ao mesmo tempo tão abafantes
mas ao mesmo tempo tão quentes que me preenchem no sentimento
de amor, carinho ou amizade de forma sincera e pura;
Caminho para novos amores que estão camuflados com o dia-a-dia de cada um,
camuflados com os aromas e sabores de todos os cafés da Cidade,
camuflados com todas as cores intensas de Outono;
Caminho por vários atalhos para chegar a ti, meu adorável amor
para te beijar bem devagar para sentir os teus lábios sedosos,
para te sentir nos meus braços e tu sentires que estás dentro de uma muralha,
para te sentir como algo tão puro como a água fresca da montanha,
para te sentir como meu amor eterno e seguro
e saber que posso sempre te amar, como no primeiro dia naquele jardim
em que o jardim parecia todo íntimo porque estávamos só nós os dois
ainda a explorarmos um ao outro como se fossemos uma espécie de crianças
e como tal o amor desde daí acabou sempre por ser sincero, como agora.
Adoro-te.

Autor : Carlos Cordoeiro.

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