segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Poemas As Estrelas

As estrelas são tantas
como os beijos que te dou
de manhã, de tarde e á noite;
as estrelas são tão intenas
tão calmas, tão silenciosas
e no entanto estão cá de forma gritante;
elas calorosamente
iluminam meu tecto natural
e grandioso que vai muito
fala além do meu pensamento.


As estrelas estão lá encima
e eu aqui tão abaixo,
elas tantas
e eu aqui tºao sozingho,
elas tanto brilham
e eu pareco tanto apagado;
as estrelas são de todas as cores
eu vi e senti pelo calor do olhar
a elas que façam todas as noites.


Nem nas noites frias do Inverno
deixo de as olhar por muito tempo
mesmo que a janela gele, ou fique opaca
meu olhar irá sempre vê-las
porque o que eu quero é forte e acontece;
Nos dias longos como uma vela, no Verão
deixo-me levar pelos céus intensamente
pontilhados e brilhados por elas
e posso ficar sempre a vê-las até o dia vir.


Elas estão sempre lá,
não questionam, não julgam, não reclamam
brilham para serem vistas;
elas estão sempre lá em todas as noites
nas noites de frio,
nos dias de calor,
no meio dia do crime,
no despedimento de todos que vão,
nas viagens longas,
nos desertos fatais africanos,
estão lá mesmo sempre e nunca
nunca mesmo criticaram ou fugiram.


As estrelas continuam com o brilho
silencioso e incomodativo pelo enigmático
mas acalmam a mente mais aflita,
as estrelas estão na lágrima tão ácida
na tristeza tão triste de uma saudade recente;
estão naquela partida
na partida de corações despedaçados
e das vestes negras que estão lá,
elas presenciaram lá tudo
e conseguiram calar,
não dizem nada, nada nem comentam
apenas estão lá há tanto
e nós humanos com tanta futilidade
com tanta materialismo e nunca
brilhamos com a simplicidade das estrelas.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Agora Já Te Amo Mesmo

Agora já te amo mesmo
agora te consigo sentir,
agora já me conseguiste despertar
o florescer sexual para ti;
agora tudo é perfeito
tudo é tão sublime
um simples tocar, um simples arrepio;
tudo em ti
é directo e sem rodeios,
o corpo é esculpido
pelas areias das praias nortenhas
enfim o que dizer de uns olhos
tão secretos mas tão frontais que me despem?
Oh desejos tão continuos
caricias tão sentidas,
beijos tão fortes
desejos tão directos
sim sim sim agora é que te amo tanto.


Oh tudo que me fazes sentir
arrepia-me por todo o lado
é demasiadas intensidades nuas,
até um simples mordiscar de olhar:
ui tão forte, tão potente e concreto;
Quanto mais me exploras
mais te sinto corporalmente
sim afirmo e admito
que de facto és-me importante
eu amo-te mesmo
percebo isso agora, só agora.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Dias de Outono

Ai estes dias de Outono que
já  chegaram e eu desfruto-os;
São tão apetecíveis como os
frutos mais doces  que eu como gulosamente;
aquele amanhecer
com cores calorosas mas com
as brisas gélidas do que restou de noite.


Adoro tanto aquele momento
em que são sete de manhã,
e sente-se aquele frio que
ainda sabe bem porque é o resto
do Verão,
depois o Sol vai-se ergendo e o
frio esse vai-se embora e volta
em grande de noite com possível
gotinhas que caiem delicadamente nos solos;
é nesta época,
que o pôr-de-sol é intenso em cores
mas triste na intensidade dos frios;
e os pássaros
que timidamente piam entre as gotas
de orvalhos nas folhas estaladas pela névoa ou nevoeiro.


Oh e no Douro? Divino!
Cria-se um degradé perfeito
que parece uma aguarela do pincel real;
que laranjas tão quentes,
que castanhos confortáveis,
que vermelhos escaldantes,
são todas estas cores que me
fazerm esquecer o espirito
entre os vales das vinhas
mesmo que esteja a chover.

Autor: Carlos Cordoeiro.