sábado, 25 de maio de 2019

Poema E Se Eu Morresse Hoje!?

E Se Eu Morresse Hoje
palavras talvez tivessem sido escritas em vão,
sentimentos tinham sido em vão,
amizades seriam incendiadas pela dor da amargura;
E Se Eu Morresse Hojeos poemas que te escrevi seriam em vão
os meus sentimentos seriam corroídos
e tudo que te escrevi morria comigo;
E Se Eu Morresse Hoje
as palavras mais belas seriam como antigas fotos
os sentimentos mais belos seriam como o filme mais antigo
os poemas mais belos seriam cartas de amor já antigas a recordar;
E Se Eu Morresse Hoje
nada destes poemas teriam sentido
nada do que tinha escrito tinha importância
tudo isto aqui e agora acabava.

Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema a Portugal...

Diz-me lá senão é terra do pecado
de fazer tudo isto errado,
De erguer palavras demasiado rendilhadas
onde tudo, são grandes esquemas e encruzilhadas,
Onde se erguem vozes da razão
onde o poder está por uma mão,
onde o sangue frio entra por todos nós
mas apenas estamos sós,
Libertai, libertai toda esta prisão
que nos rasga por dentro e incendeia o coração,
Que as vozes sejam fluídas como este meu sangue
sangue este, que nas horas da dor são derramados
por heróis que em tempos foram amados.



Diz-me lá se isto não é triste verdade
em pensar que tudo isto podia ser liberdade,
Em sonhar por corações que gritam por uma vitória
mas que sangram tanto que nada há, senão uma evocação
de novos valores, ideias, esperança através da educação,
Que todo este nosso povo tão nobre e bravo
tenha no sangue e na coragem a alma de quem não deve ser escravo,
Venham palavras, venham acções, venham guerras de esperança
e no meio de sangue, feridas, dor e mágoa que haja alguma segurança,
Muito se diz, muito se faz mas nada disto é eficaz
a não ser através dos espíritos verdadeiros e corajosos uma paz,
Palavras que se gritam por verdades que nunca irão existir
senão na cabeça dos lunáticos sentados numa Assembleia corrompida,
por isso é que pela mágoa dos dias iguais uma pessoa tenta resistir.


Autor: Carlos Cordoeiro.