terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Poemas Lágrimas Que Deixei Derramar

Lágrimas que deixei derramar
que agora são a minha força
que em tempos foram a minha dor
mas agora são um futuro de alegria.

Lágrimas que deixei derramar
apenas por sentimentos e não por hipocrisia
foram aquelas que magoaram mais
mas fizeram-me mais forte.

Lágrimas que deixei derramar 
simplesmente foram dores
dores que senti de forma corrosiva
a serem expulsas. 

Lágrimas que deixei derramar
por pessoas fúteis e banais
que nada me são, pelo menos eu não as sinto
é dor, é mágoa, é sinceridade nisto tudo.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Sonhei Um Dia

Sonhei um dia que tudo isto era difícil
que as palavras eram como prisões
eu sempre perdi-me no pior cenário
das lágrimas fiz uma dor maior.

Sonhei um dia poder libertar
aquilo que sempre escrevi
e dolorosamente senti
mas...mas simplesmente guardei.

Sonhei um dia soltar tudo isto
como algo de libertador e não de cartasse
isto simplesmente flui de forma ardente
e teima a apertar até doer como ácido.

Sonhei um dia em voar tão alto
que já ninguém me irá ver ou sentir
mas aí eu farei a questão, aí eu irei falar
e abrir-me de forma majestosa, como um pavão.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Tudo Isto É Demais

Tudo Isto É Demais
quando as palavras não são ideais
quando tudo é feito por favor
quando o primeiro é o último.

Tudo Isto É Demais
quando é misturado à dupla visão
ao fumo amigável e desculpas
de dias rotineiros e cansativos.

Tudo Isto É Demais
dói demais quando pensado
ignoro e repugno
penso ser o melhor a fazer.

Tudo Isto É Demais
quando eu penso demais
a injustiça parece cada vez maior
mas o dia parece estar mais próximo.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Poema Mar

Água tão azul 
tão transparente esta sensação
tão leve pelo meu corpo
tão grandiosa na tempestade.


Tão pura e refrescante esta sensação
quase que adormeço em ti
deixo-me levar levemente
sinto em ti um silêncio calmo.


É na tua profundeza que me afasto
daquilo que de mais profundo sinto
e nas areias finas, suaves e saltitantes
que vejo que és a minha calmaria.


Acho que nasci em ti
sinto-te, ouço-te, vejo-te
e é no mergulho que há o novo
o novo mundo que ainda não descobri.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Imaginei

Imaginei pessoas
que não tinham falsidades
apenas coração
e talvez até sentimentos.


Imaginei talvez um dia
haver sonhadores 
mas não por agora
porque ainda choro aquilo que sonhei.


Imaginei que pudesse haver mais amor
mas...esqueci-me que o egoísmo sobrepõe-se
e por vezes o amor é ódio,
o amor é raiva, o amor é mágoa e até ácido.


Imaginei que talvez um dia 
pudesse ter aquilo
que em sonhos
vejo algo como possível.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Já Me Apercebo

Já Me Apercebo
que agora tudo é diferente
que as palavras já não as uso
apenas uso sentimentos como reflexão.


Já Me Apercebo
que já não é de agora
que o coração falou sempre mais alto
mas as palavras magoaram muito mais.


Já Me Apercebi
que tudo já foi diferente
através de um olhar, de uma palavra
que agora está tudo corroído.


Já Me Apercebi
que em tempos havia sonhos
mas que agora estão rasgados
pela arma mais poderosa: a palavra.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Deves-me Algo

Deves-me Algo
que nunca soube descrever
nem tão pouco sentir
mas sei que está cá.


Deves-me Algo
que é maior que um sentimento
mais forte que uma dor
mais sincero que tudo isto.


Deves-me Algo
que dificilmente poderei ter
simplesmente imagino em sonhos
aquilo que nunca senti ser.


Deves-me Algo
que imagino mais do que eu
mas apenas no sono e no sonho
por isso acho que não é real.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Poema Os Grandes

Pensei que os grandes eram os melhores,
mas agora que vejo...deixam a desejar
é simplesmente anedótico o que querem passar
na simplicidade vi, senti e vivo muito mais.


Pensei que os grandes eram a promessa
afinal faziam tantas promessas 
mas da minha boca apenas sai a vontade e a palavra
de eles irem para longe porque não são o futuro.


Os grandes prometem demais
e nem terra prometida têm
apenas a ilusão de serem os melhores
e acharem que valem mais.


Os grandes são os pequenos do nosso mundo
são as frustrações do que não conseguiram
são o lado irónico e questionável
e também são aquilo que não querem.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Aparências

Aparências são tão engraçadas
uns com tanto e outros com nada
mas mesmo assim
há que aparentar para alguém que não somos nada.


Aparentemente vejo aquilo que não quero
ouço a falsidade através dos sorrisos amigáveis,
vejo o corpo como capa suja de uma alma triste
mas temos que continuar a sorrir para os outros.


Colocar a máscara porque temos medo
medo do que não somos, do que não queremos
mas ouve aquela música que tudo fica disfarçado
e simplesmente deixa fluir aquilo que não acreditas.


Aparenta ser
mas não vivas
aparenta que estás viva
mas não mintas. 


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema O Que Se Sente

A Eternidade por si só, não vale muito...
apenas a vida e o nascer dela
fazem alegrar um coração sincero
e é das mais pura das felicidades.


O amor tão brilhante como a estrela de D-us
O beijo tão sublime como a manhã
O toque tão quente como verão
e O olhar tão penetrante como o amor.


Senti, vi e fechei em mim mesmo isto
simplesmente senti através da recordação
que amar é isto mas muito mais
mas que a pele é tão suave.


O que se sente é suavidade divina
prazer tão calmo como questionável
dança e arrepios de amor e carinho
deixo-me levar simplesmente pelo toque.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Saudade

Porquê ter saudade do que não vemos?
Porquê ter saudade do que já não sentimos?
Porquê chorar aquilo que já não vejo nem posso abraçar?
Porque é que tudo isto se torna mais confuso?


Sentimos a necessidade de ver e ouvir...
Sentimos a necessidade de ter de volta...
Sentimos a vontade de sentir um cheiro que já não há
Sentimos aquilo que já nem sentimos.


Não queremos a morte mas desejamos a vida eterna,
não queremos a doença mas somos invejosos,
não queremos o mal dos outro mas somos rancorosos,
desejamos o bem ao mundo mas somos egocentristas.


A saudade não se explica simplesmente sente-se,
sente-se através dos objectos mais banais,
das fotografias simples, do som que já não se ouve,
do vazio audível da casa, daquele aperto difícil do coração.


Autor: Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Poema Caminhar

Caminho sem pressa
e talvez sem rumo
deixo-me molhar
e até mesmo insultar.


Caminho à base do meu fim 
tanto perdido, como distante
simplesmente traçar 
ainda que seja a medo. 


Caminho ao som de graves
a toque de pressões e manipulações
na tentativa mas erro
em mim já houve um erro.


Caminho na incerta felicidade
passos frágeis mas decisivos
amor grandioso por mim mesmo
e a lágrima não é a mais dura.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Poema Sinto a Mais

Sinto muito levemente esta brisa
não é má, simplesmente estou a sentir
provavelmente será curta, mas intensa
assim como esta vida de agora.


Estou debaixo da minha árvore
fecho os olhos lentamente
ouço tão bem o rio e os pássaros
quase que ouço também os insectos.


Passa por mim sonhos e pesadelos
sinto-me asfixiado mas ao mesmo tempo...
existe tanto ar, tanta verdade, realidades
não é possível suportar tudo isto.


Devo sentir a mais, muito mais
devo nadar em mim mesmo
devo sentir o sangue a escorrer
e  também devo sentir o pulsar de tudo.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Apenas Respira

Apenas Respira
basta isso que é necessário
acho eu, digo eu
simplesmente ar.


Apenas Respira
não penses demais
não julgues demais
deixa apenas fluir.


Apenas Respira
sente mais a brisa
fecha os olhos e ouve
sente a suavidade na pele.


Apenas Respira
simplesmente sente
não te deixes sufocar
facilmente solta-te.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Poema Preferia Mil Vezes

Preferia Mil Vezes
ser um vento forte
um sol que queima
um trovão que rasga os céus.


Preferia Mil Vezes
ter a visão de uma águia
o peso de um elefante
e a rapidez de uma chita.


Preferia Mil Vezes
ter o sono de um morcego
a caça de uma ave de rapina
o veneno de uma serpente.


Preferia Mil Vezes
sentir menos e falar mais
não chorar tanto e ferir mais
pois assim o alívio seria maior.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Frase Filosófica

"O que para ti não é, para mim não foi".

Carlos Cordoeiro. 

Sonhos

"Os sonhos são momentos de vida que já tivemos mas não vivemos."


Carlos Cordoeiro. 

Hipocrisia

 "A hipocrisia humana é tanta, que na hora da despedida final, não querem deixar más palavras, porque isso irá pesar-lhes...isso não deveria ser um problema, na medida em que, sabe-se que existe os bons e maus momentos, portanto, o adeus simplesmente acontece, não pode nem deve ser encenado".

Carlos Cordoeiro. 

Poema O Teu Coração

Coração que sente
por vezes sofre
e também vê o que não quer
e até rompe pela dor.


Coração este que é dor
dor pelo tecido frágil
da palavra que magoa
e fere bem lá dentro.


Coração que não pode com isto
demasiada hipocrisia e ironia
mas...amizade e amor
bate lentamente e calmamente.


Coração em água
mas também em fogo
tudo isto é agora
mas não o amanhã.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Podia Ser Melhor

Podia Ser Melhor
mas sinto que não sou mais,
que não consigo mais,
sinto em mim algo.


Podia Ser Melhor
se as palavras não fossem estas
se a dor não fosse a mesma
se...senão pensasse aquilo que não existe.


Podia Ser Melhor
se a brisa fosse mais suave
se a chuva caisse mais levemente
e se o tempo não me roubasse a vida.


Podia Ser Melhor
se sonhasse mais
se voasse mais
mas agora estou por aqui.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

Poema Não Sei O Que Esperar

Não Sei O Que Esperar
se a viagem já não é a mesma
se os sonhos não são os mesmos
se o acreditar quase que já não existe.


Não Sei O Que Esperar
este filme penso que é repetido
estas imagens já são passado
agora tudo isto é demasiado ácido.


Não Sei O Que Esperar
suspiro, recomeço mas paro
paro porque as viagens são um erro
talvez as decisões sejam aquela viagem.


Não Sei O Que Esperar
o carro parece andar em círculos
o avião parece sempre despenhar-se
e o comboio demora tanto, o sono veio.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Pedra

Pedra esta tão dura que até magoa
que entra bem em mim e fere
mas isto sempre foi assim
sempre me atiraram a pedra mais dura.


Pedra tão poética esta
que está junto ao mar
e sente levemente as ondas
e a brisa como eu te sinto no meu coração.


Pedra que rola, rola até cair
mas não cai de si mesmo
pode-se desfazer em lágrimas graníticas 
mas sempre estará de pé.


Pedra que pode ser duradoura
como este amor que tende a perdurar
mas talvez esteja a exagerar
em acreditar que tudo isto possa ser real.


Autor: Carlos Cordoeiro.