terça-feira, 25 de dezembro de 2018

(Poema) Fado Saudade

Saudade
este meu coração sente
todos os dias, por uma partida
injusta e incompleta
que aperta tanto este meu coração
como a lágrima ácida pelo meu suave rosto.


Saudade
choro eu por ti, pela despedida que não vi
pelo sentimento que imaginei mas não senti,
sinto-me petrificado num passado por momentos,
sinto como que a corroer pela mágoa de não sentir
simplesmente imagino como se calhar foi o final.


Saudade
por algo que nem eu mesmo sei, indescritível
por chorar por vezes uma presença fantasmagórica,
pelos dias que pensei que podias estar, mas
apenas lembrei como em tempos pudesse conhecer-te,
simplesmente foi vontade, desejo mas nunca realidade.


Saudade 
por algo que é tão grandioso que em mim não cabe,
algo que em mim aperta o coração de angústia,
por não estares por cá, por não estares entre nós,
pelo desejo de querer amar e não puder apenas
simplesmente imaginar como poderia ter sido um amor de Pai.



A ti, Pai.
Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Não Perdi Isto Tudo

Não Perdi Isto Tudo
por punhados de dor
por lágrimas de desespero
simplesmente por não ter fim.

Não Perdi Isto Tudo
por coisas banais
simplesmente tentei sonhar
aquilo que julguei se tangível.

Não Perdi Isto Tudo
em vão,  como algo entre os dedos
como algo que escapa facilmente
como alguns sonhos que eu tive.

Não Perdi Isto Tudo
por ti, nem por mim
simplesmente desejei demais
aquilo que em tempos pensei ter.


Autor: Carlos Cordoeiro.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Poema Erotismo

Espero pela noite estrelada
para ser um voyeur
de forma atrevida
e ver as formas mais belas.


Posso através da imaginação
nas formas mais belas
como imaginar o meu desejo
e explorar as tuas formas.


Através da vontade e do sonho
quero contornar com os dedos
o teu corpo e algo mais
por isso fecho os olhos e continuo.


Percorro, desejo, sinto
tudo isto de forma tão intensa
é tudo tão poético, que lindo
sinto estrelas em mim.


Autor: Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Fado Triste

(Poema) Fado Triste


Um barco perdeu-se no destino
tal como eu perdi-me em mim
sonhos que já partiram
vidas que não voltam
apenas fica uma breve recordação.


Sinto tudo isto como se fosse
algo perdido, mas penso que algo
poderá mudar tudo isto
mas o meu coração não está por aqui.


Penso duas vezes...se isto é
ou se apenas sinto, ou se apenas sinto...por momentos
que isto é algo da dor,
algo de mim!


Um barco perdeu-se no destino
tal como eu perdi-me em ti
desejos que tenho
vidas que lembro
apenas fica...uma breve recordação.


Autor: Carlos Cordoeiro.