sábado, 25 de junho de 2016

Poema O Tempo É Trapezista

O Tempo é trapezista
fez de mim um completo ser
que manobrava a própria vida
e acabei por cair na minha própria rede.

Sinto-me completamente manipulado
por redes temporais, por redes cronológicas,
por teias que me fecham a boca
e por isso o meu corpo queixa-se do tempo
do tempo que passa completamente
de forma aflitiva e que nos magoa saber
a sua curta duração.

É  completamente cruel todo este manipular
que sinto na minha vida,
sinto-me numa rede vermelha,
onde toco e tudo dispara e o tempo é pouco.

Podia-me equilibrar entre a razão
e o coração ou então
simplesmente arriscar em atrasar
o tempo que eu não quero que adiante.

Isto é complicado porque penso
que posso manipular o tempo,
acho que é tudo fácil,
mas ele é que me trocou as voltas,
ele, o tempo é que foi inteligente
mais do que fui por pensar que ele
é demasiado longo como os dias de verão.

Sinto-me completamente como um boneco de madeira
como algo que se pode desfazer completamente,
isto está mau, pois sinto que vou-me partir
sem dó nem piada, isto vai doer tanto
já sinto as dores, as feridas, o sangue por todo o meu corpo
ah...afinal já me magoei, estava encorrilhado
desde sempre, desde que nasci
por isso é que não me sinto livre de todo.


Autor: Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Poema O Vazio

Tudo isto estava vazio como tudo que vi
ao meu redor e que parecia ser mágoa,
Tudo isto era um vazio interior e exterior
mas não sei qual dos dois magoava mais,
qual dos dois fez-me chorar, qual dos dois
me fez arrepender por ti e para ti;
Tudo isto foi lágrimas corrosivas
que corroeram o sentido das minhas palavras
fizeram dos meus versos algo doloroso
para alma de quem quis ler o verso que era para ser de amor
mas tornou-se um ferida tão ardente mais que a própria chama.



Tudo isto foi um vazio que me ardeu tanto
a sério sabes o que isto? sabes como me senti?
sabes como eu cresci? sabes como senti tudo isto?
Ai meu D-us tanto vazio, tanta lágrima, tanta obscuridade
tanta falsidade, tantas palavras que escorreram pelas paredes
agora elas estão vazias, assim como a minha mente
que outrora tinha forrado a ouro as palavras mais belas
que fizeste questão de preencher ao meu coração;
Tudo isto até pode ter sido destino
mas ai que destino cortante, afiado que me fez ficar sem voz
que me fez querer gritar por ti, pelo teu amor, pela tua palavra,
que me fez querer salvar-te.



Tudo isto foi dores, aquelas dores que tu sentes constantemente,
em que o teu corpo insiste em que isso aconteça,
aquele sentir de um amor que já amaste e que agora é doutra pessoa,
Tudo isto é demasiado doloroso
não há cura suficiente para tudo isto
sofreste tanto ao ponto de quereres partilhar comigo
uma dor que nem eu tenho culpa nem fiz nada por isso,
porque não sofres por ti mesma, por tua própria conta?
Já sofro por não te ter como minha metade de coração que está em constante falta.



Tudo isto foi constante lágrimas dolorosas, lágrimas que inflamaram o meu coração,
estas lágrimas que fazem-se rio, mar ou até oceano
oceano este que me cobre com uma manta asfixiante,
com uma manta que não me deixa ver nem sentir
amores ou vivências que pude ou posso vir a viver;
Tudo isto foi um enorme vazio sem ti,
não te sinto ao meu lado a sentir este nosso amor,
a sentir este nosso carinho que um dia já tivemos,
a sentir estes nossos beijos que já foram tantos,
a sentir estas brincadeiras que fazíamos,
a sentir os lençóis entre nós em noites estreladas,
agora tudo é um enorme vazio, muito vazio mesmo
em casa já não há nada a não ser o meu sofrimento,
a minha dor, a minha mágoa, a minha tristeza, o que se perdeu
agora apenas estão as paredes, eu e a tua memória no que vejo
a tua memória em fotografias, em cheiros, em imagens, em lembranças,
agora tudo isto está vazio, o sentimento está vazio
agora....agora só te tenho no meu coração como lembrança, como Amor.


Autor: Carlos Cordoeiro.

domingo, 19 de junho de 2016

Arquitectura

Carlos Cordoeiro
Templo
Caneta preta sobre folha a3
2016
A Arquitectura, para mim, é muito mais do que uma simples área técnica, criativa e prática.

 Para mim, a Arquitectura é muito mais que um passatempo, um simples desperdiçar de tempo, um gastar de materiais, para mim é muito mais, vai  muito para além do que é tangível em termos de compreensão.
 Como se sabe as crianças têm uma capacidade excelente de absorver toda a informação visual, auditiva, táctil, olfactiva, ou seja, as crianças têm mais facilidade a captar o que lhes interessa.
 No meu caso, quando era criança, despertou em mim o gosto pelo Desenho e Pintura mas algo muito precoce, muito básico mas já com o uso diferente da gama cromática.
 Em criança e na adolescência viajei muito, conheci muito, obtive cultura, muito conhecimento através da visita a Igrejas, Catedrais, Mosteiros, Museus, Jardins, Parques entre outros espaços, outras cidades que obviamente influenciaram-me de forma consciente e inconscientemente para os desenhos que mais tarde iria a fazer.
 É por volta do ano 1999 que começo a fazer os meus primeiros desenhos relacionados com Arquitectura, algo muito prematuro visto que não há uma educação técnica e formal sobre o assunto.
 Inicialmente o que eu desenhava era casas civis, catedrais, castelos e planos urbanísticos com base em algumas cidades portuguesas e outros eram imaginados. Uma vez que desde de pequeno até agora, criei em mim, uma educação há volta da Arte, em torno do Desenho, Escultura, Pintura entre outras áreas que mais tarde acabo por desenvolver por gosto.
 Quanto a Arquitectura...os meus desenhos sempre se basearam em tipos de Arquitectura já existentes que eu vi nos monumentos.
 Os primeiros projectos que fiz, que acaba por ser o que eu desenho mais são as Catedrais, um conjunto de vários desenhos que se intitulam como tal visto que se baseiam em em Arquitectura Religiosa e não só.
 É complexo, difícil e até mesmo exigente para mim, dizer os estilos efectivamente que transponho para as minhas catedrais visto que eu faço uma mistura de tudo.
 Eu tanto desenho catedrais góticas, como desenho catedrais modernas, passando por estilos de Arquitectura como:
Mudéjar, Islâmica, Românico, Gótico, Gótico Flamejante, Renascimento, Barroco, Rococó, Arte Nova, Arte Deco, Moderna e Contemporânea.
 Eu no fundo acabo por absorver todos estes estilos e ainda acrescento o meu cunho, "a minha" arquitectura, o meu imaginário, e por isso o resultado são edifícios que parecem familiares, mas ao mesmo tempo surreais na medida que dão uma sensação de existir pela estrutura, pela geometria mas não num lugar, numa geografia.
Eu também tenho arquitectos de referência, passo a citar:
Otto Wagner, Karl Schinkel, Jean Prouvé, Marcel Breuer, Pierre Koenig, Rudolf Schindler e Hans Scharoun.

Autor do texto, desenho e fotografia: Carlos Cordoeiro. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Poema O Que Renasceu

O Que Renasceu
foi como chamas constantes
no meu coração mas que parecia amor
por isso é que me sentia completamente
incendiado pelo teu amor
que por enquanto parece ser sincero;
O Que Renasceu
foi este amor que eu acredito ser real
visto que as evidências são mais que muitas
visto que tudo isto é natural
como as palavras que são para ti
e tu sabes muito bem isso
mesmo que queiras avançar para mim
estás muito indecisa e eu não o entendo;
O Que Renasceu
foi estes nossos olhares, estes sorrisos
que não são de todo indiferentes,
esta simpatia que nos sentíamos,
estes diálogos tão esquisitos
em que entre silêncios está tanto por dizer
em que no silêncio há tanto que dizemos
que falamos, que sorrimos,
que trocamos sentimentos sinceros e verdadeiros;
O Que Renasceu
foi dizeres qualquer coisa e eu rir-me com cuidado
para não imaginares o que sinto
por ti de forma tão natural e pura
como isto tudo que te escrevo constantemente




O Que Renasceu 
foi todo este sentimento
que de certa forma posso chamar amor,
paixão, o que for, mas sinceramente é confuso
é confuso dizer o que foi ou é
o sentimento é demasiado estranho por ti;
O Que Renasceu
foi um gozo total em descobrir que o que eu sinto por ti
é o que outros sentem por ti
e que por isso estou completamente a mais
estou completamente fora, fora disto
que supostamente seria amor, mas dito assim
até é demasiado forte, demasiado intenso;
O Que Renasceu
até posso dizer que foi amor,
sim até pode....acho que senti isso por ti
talvez....se calhar, a indecisão do sentimento
é tanta visto que não tive nenhuma correspondência
e até fui culpado por isso
eu mesmo me culpei por nada fazer
mas tu ou pouco nada fizeste afinal sou-te desconhecido;
O Que Renasceu
acho que foi um engano que eu chamei amor,
um amor que pareceu-me sincero, puro,
verdadeiro, honesto, real, mas que não foi nada disto,
muito pelo contrário!
Não passou de um mero sonho que eu esperava ver como real
mas doeu, de facto doeu saber que tudo isto foi oculto
ignorado por ela, eu que a admirei, que a gostei, que a senti
mesmo um sentir de forma utópica.



O Que Renasceu
foi este amor tão ardente que me queimei em mim próprio
queimei ao saber e gostar demasiado de ti,
queimei-me ao saber que te venerava demasiado,
ao saber que podias ser algo para mim mas que na
verdade não o és, na verdade não te sinto,
estou como que à espera de um amor mas não ideal - não os há;
O Que Renasceu
foi eu achar que tudo isto que te escrevo é amor
mesmo não o sendo, mesmo se calhar não o sentindo
e ser apenas imaginação,
imaginação que me levou a realidades irreais,
por isso há um sofrimento constante em tudo isto,
por isso é que há uma dor que carrego constantemente,
por isso é que há uma mágoa que lembra-se em magoar,
por isso é que há uma lágrima de tristeza que me cai todos os dias,
por isso é que há uma lágrima que me magoa visto que chega ao coração.


Autor: Carlos Cordoeiro. 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Poem I'm Keep You In My Heart

I'm Keep You In My Heart
without the right keys
and I cried once again
in my garden, it's real
you know every days;
I'm Keep You In My Heart
I'm spell the word love but I can't see
so I can't feeling,
and you cry like a blood river,
but it's so hard to see this river
this pain, this love without another love,
I'm scratch my life
because I wanna to suffer
like you sufer without my roses;
I'm Keep You In My Heart
in suffering I'm the one
the number one
can suffer like you imagine
in your nightmare
Your heart it is so powerful
than you thought
that is why I love you so much
and you know that; 
I'm Keep You In My Heart
it's so hard to keep this thing
love? I don't know...
if you wanna know
I could say I love you
but it's unreal, you know that.



Autor: Carlos Cordoeiro.

sábado, 11 de junho de 2016

Poema Novos Amores

Novos Amores
podiam florescer como segunda oportunidade
como segunda hipótese da primeira que falhou
ou não, pode acontecer como eu sonhava
como eu queria, como eu gostava naqueles dias;
Novos Amores
podiam inundar-me de alegria
mas também de tristeza como já me aconteceu
agora e sempre que me lembro disto todos os dias constantemente;
Novos Amores
podiam florir como na Primavera,
mas tudo é constantes chuvas e Invernos
entre eu, tu e todos nós que vivemos
que vivemos os falsos amores que são sonhados apenas uma vez;
Novos Amores
fazem-me rir com aquele ar de parvo,
aquele ar de criança toda feliz
como tivesse um brinquedo novo, algo novo,
algo com que brincar e amar.



Novos Amores
surgem como as flores da primavera,
no campo que eu gosto de descansar
e lembrar-me de ti, e querer-te beijar-te tanto
que até se torna real, que até se torna real
que até se torna bastante real que até me repito
porque estou sobre o teu efeito, sobre a tua beleza
hipnótica e por isso não ando bem, mas no amor;
Novos Amores
é aquilo que começamos a ser
a partir do momento que trocamos olhares,
a partir do momento que trocamos sorrisos
daquele tipo que estávamos a perceber algo,
que estávamos a imaginar algo,
que um de nós timidamente sentia-se sem jeito;
Novos Amores
é cada vez mais pensar em ti
mesmo quando não dou conta,
é desejar-te tanto que ás vezes tenho
receio que repares nisso
mas sinceramente já não me importo
a minha intenção é mesmo essa, que
tu repares em mim;
Novos Amores
surgiram como nós supostamente
com estes sorrisos parvos,
com estes olhares tolos de crianças,
como este estar à vontade, sem qualquer pressão,
estes momento de puro relaxamento
este amor que parece surgir tão lentamente
tão em câmarae lenta que vai demorar vir o início
propriamente dito mas quando o for
vai ser uma explosão de intensidades sentidas.


Autor: Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Poema A Dor De Tudo Isto

A Dor De Tudo Isto
é aqueles dias desperdiçados
em que eu poderia tomá-los como certos
tomá-los como decisivos para um futuro
melhor, para um futuro certo
mais feliz ou divertido dependendo do desejo;
A Dor De Tudo Isto
foi sentir-me a mais constantemente
com sorrisos, com palavras ditas
como segredos constantes e que por isso
me faziam sentir a mais,
me faziam sentir como o excluído;
A Dor De Tudo Isto
foi eu sonhar com algo de bom
para os dois quando apenas é um,
foi eu sonhar com dias melhores
quando todos ou quase foram maus;
A Dor De Tudo Isto
foi quando te percebi como algo desejável
mas intangível então deixei-me estar por aqui
deixei-me estar assim nesta eterna indecisão
antes sonhar em amar do que amar
com dor sem sucesso
ou sem desejo duplo.




A Dor De Tudo Istofoi tudo isto que me fez chorar sangue,
pelas palavras indiferentes que me quiseste dar,
que me quiseste inflamar com as palavras
mais corrosivas e dolorosas
de todo o momento que não vivemos;
A Dor De Tudo Istofoi eu querer-te beijar tantas vezes,
querer-te abraçar-te tanto, queria-te proteger tanto,
queria rir-me contigo,
queria sentir-me parvo contigo, queria tentar aqueles
encontros como aqueles filmes
tipo comédia romântica
mas tudo isto foi sonho, um sonho tornado pesadelo;
A Dor De Tudo Istofoi tão corrosivo por cada dia que passava,
cada dia que passava ora chorava
como me ria de todos os momentos
indirectos que passei contigo ou por ti;
A Dor De Tudo Isto
foi querer-te beijar nem que por
brincadeira, nem que por pensamento,
nem que por olhares, mas mesmo assim
insistes em ignorar, insiste em esquecer
em preferir o outro e não a mim,
em preferir o errado do certo,
o feio do belo.



A Dor De Tudo Isto
foi eu querer mas tu não
fazeres de conta que não percebes
fazeres de conta que não queres,
fazeres de conta que não sabes,
fazeres de conta que não vês
mas se calhar na verdade sabes demais e não dizes;
A Dor De Tudo Istofoi talvez saberes demais e não dizeres,
saberes que havia sentimentos
mas ignoraste, que havia olhares
mas não os viste como importante,
é saber que tu sabias aquilo que se passava
e nada fizeste, nada quiseste,
nada sonhaste como eu tentei várias vezes;
A Dor De Tudo Istofoi saber que tu sabias de tudo isto
mas ficaste assim indiferente como eu
também o fiquei mas por outros motivos,
por outros pensamentos, por outras mágoas,
por outras realidades, por outras coisas que vi
que incendiaram-me logo como mágoa
e sofrimento todo o meu coração até ficar pó;
A Dor De Tudo Isto
é saberes que não avanças mas também
não o faço, tenho receio, tenho medos
que se prolongam pelo meu corpo
que se prolongam pela vida
mas se sabes que eu te amo porque é verdade
e tu a mim, então porque não vires a mim?
então porque não te tentares a mim?
então porque não me seduzires? me encantares?
me amares? Sou todo teu, saberás isso...certo?.



Autor: Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Poema O Tempo

O Tempo escorreu tanto como as lágrimas que caíram e fez da tua dor um rio, um rio maior que a dor do teu coração;
O Tempo escorreu-se não pelos
meus dedos, mas pelas minhas veias
visto que o tempo é tão fino,
é tão rápido, tão invisível
que quando reparas nele
ele foi-se a triplicar para o teu corpo
torna-te em algo que não queres ver todos os dias;
O Tempo este que tanto gostas como temes porque sabes que ele cada vez mais é sempre curto, curto para te encortar a vida e como tal ficas quase sem respirar e com medo daquilo que é o suposto descanso;
O Tempo aquele que usas como desculpa, para não te fazeres à estrada, que usas como desculpa para não socializares, para não amar, para não desejar, para não beijar, para nada, para tudo, para ninguém, para todos e quando dás por ela já tens filhos e netos e sentes-te tão triste mas ao mesmo tempo feliz pela família. O Tempo foi cortado pelo desejo de se querer tudo muito depressa, pelo desejo de querer que seja lento, pelo desejo que se despache mais que tu, pelo desejo que ela escorra completamente, muito mais que a água na tempestade; O Tempo é aquele que goza contigo e ainda se ri, é aquele que faz do teu corpo rugas, e sentes-te próximo ao final de algo que nem sequer começou mas sim que foi uma ilusão dolorosa; O Tempo é aquele que tu queres tanto ter em tua posse, porque sabes que ele voa muito mais para além das nuvens, e como tal é-te difícil apanhar....mas não desesperes; O Tempo aquele que tu amas tanto porque queres e tentar preservá-lo o mais puro, sem quebrar, sem magoar, sem o fragilizar, sem o despedaçar, sem o censurar, afinal foi o que o fizeste mas ao teu amor, amizade, carinho e a todos aqueles que adoravas; O Tempo foi aquele que não soubeste, aquele que não quiseste, aquele que recusaste, aquele que deixaste ir, aquele que não soubeste aproveitar como um tesouro tão valioso como a vida, deixaste tudo escorrer, escorreu tantos mas tantos momentos que podiam ter sido bons, tantos momentos que podiam fazer-te brilhar, tantos momentos que podiam fazer-te sorrir, mas insiste em discutir, chorar, gritar, berrar pelas pessoas que constantemente fazem-te de ti um ferida completamente aberta, já te vejo o coração, o coração banhado em sangue e dor como tudo isto que já sofreste e ainda insiste em sofrer; O Tempo agora já passou, já passou aquilo que querias, o verdadeiro Amor. Autor: Carlos Cordoeiro.

domingo, 5 de junho de 2016

Poema Chega De Tudo Isto

Chega De Tudo Isto
de todos estes momentos que parecem falsos,
de tudo isto que parece verdadeiro
num dos nossos corações,
num dos beijos imaginados, em algo que projectei;
Chega De Tudo Isto
que de início parecia verdadeiro,
mas como era bom demais,
E como sonhei para lá do utópico,
deixa de te ver como algo tangível;
Chega De Tudo Isto
chega de eu sentir isto tudo,
se nunca foi verdadeiro, se nunca foi sincero,
apenas numa das partes,
numa das pessoas,
num dos amores, então não vale a pena;
Chega De Tudo Isto
de fingir que sinto tanto
por algo que não sente nada por mim.
de fingir que me és algo
quando não te sou nada,
de fingir que isto é verdadeiro,
quando me és falsa.



Chega De Tudo Isto

de eu sentir-me assim, de forma tão incerta,
De forma tão angustiante, de me sentir incerto,
de me sentir nervoso, de me sentir ignorado,
como tal isto pode parar por momentos,
como tal isto pode parar por segundos,
segundos estes que para mim são valiosos;
Chega De Tudo Isto
chega de ser mais um
por menos, de ser mais o outro
num sofrimento escusado de vários dias,
chega de eu ser aquilo
que imagino não poder ser,
mas que sonho tanto
que me deprimo sem querer
mas que o meu coração insiste em fazê-lo;
Chega De Tudo Isto
chega de gozares comigo, chega de te rires de mim,
chega de isto tudo, de te rires por minha causa,
de te rires assim como que tivesses razão,
de te rires assim com toda essa facilidade,
quando sabes perfeitamente que já te senti como meu futuro,
que já te senti como futuro próximo, que já te senti como algo
que poderia supostamente ser verdadeiro, como algo que seria um
amor....julgo eu....imagino eu;
Chega De Tudo Isto
isto de me sentir assim,
de me gozares assim com esse descaramento,
mesmo tu que sabes que já te adorei,
já te quis, já te admirei, já te sorri, já te quis
já me insinuei, já me entreguei,
já me fiz a ti mesmo timidamente, já te tentei,
já te reparei, já te imaginei como algo muito meu
mas tudo pelo errado, tudo pelo utópico, tudo pelo imaginário,
tudo pela lágrima...lá está....da constante dor de sentir-te
apenas nos meus pensamentos!;
Chega De Tudo Istoquero já parar com isto que nunca aconteceu
a não ser nas minhas lágrimas quando percebi,
quero parar de te sentir,
quero parar de pensar ainda que podemos ser algo,
quero parar de projectar algo que não existe.


Autor: Carlos Cordoeiro.

sábado, 4 de junho de 2016

CINEMA

Fazer Cinema não é só com sentimentos é também fazer das imagens Arte, Memória.
Carlos Cordoeiro
Dezembro 2014