quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Poema Poeta

Oh o que é isto de ser poeta?
Há tanto tempo eu tento dizer o que é,
é só versos que escrevo,não tenho sentimentos falsos;
é só sentimentos que me fazem interiorizar;
é só palavras que me fazem sonhar;
oh ser poeta é tão dificil definir;
Querem que eu defina algo que não sei na totalidade?
Querem que eu defina o que eu não sei descrever?
Posso eu escrever o que eu não sei se é real ou imaginário?

Ser poeta pode ser tanta coisa,
tanta verdade,tanta mentira;
pode ser escrever uma realidade ou algo utópico,
pode ser um sentir irracionalmente
as palavras escrevo Poesia?
Sim, e daí?
Ah espera lá......acham mesmo que eu sei o que é ser poeta?
Eu apenas escrevo, apenas digo,apenas sinto;
Escrevo quase como que automaticamente.
Na verdade não faço como a ideia do filósofo em que na verdade
a minha verdadeira inspiração parte
no lado espotanêo, no lado automático, no lado sentido
ás vezes escrevo tanto como sinto,ás vezes escrevo sem dar conta,
todas as palavras simplesmente saiem, mas não as penso.

Ser poeta,
pode ser tanta coisa,
tanto me dizem eu não rimar
mas é preciso para se gostar?
não creio,sou longo, sou extenso na Poesia
para mim tudo bem, não esperem que eu meça a metro as palavras;
olhem para as doenças?
são extensas,são duradouras e no entanto muita gente as aceita
porque será então a minha poesia curta?
Eu escrevo até parar, escrevo até onde considero pertinente.

Autor : Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Poema Fernando Pessoa

 No 1º e 2º período do meu 12ºano na disciplina de Língua Portuguesa estou a estudar a obra A Mensagem de Fernando Pessoa mas também já aprendi outros poemas.
 A professora teve o gosto de mostrar o poema O Infante,da obra A Mensagem cantada por Dulce Pontes.
 Fernando Pessoa é uma figura incontornável da Literatura Portuguesa, todo o português conhece este Poeta que está sempre actual com os seus poemas.
 Uma vez que eu enquanto aluno,cidadão e de certa forma aprendiz de Poesia (visto que também escrevo poemas)achei por bem desafiar-me
 O desafio é escrever um poema titulado Fernando Pessoa,este desafio teve como intenção elogiar o poeta, elogiar cada estrofe, cada verso.
 Neste desafio sinto-me um tanto nervoso como ansioso afinal Fernando Pessoa é o gigante da Poesia, figura incontornável, gostava de aqui dizer que não é a minha intenção imitá-lo muito pelo contrário, com a minha poesia eu quero elogiar Fernando Pessoa enquanto Poeta.
Eu espero que quem vá ler o meu poema goste, o meu objectivo é homenagear.

                                                                                                                                    Carlos Cordoeiro 
Janeiro 2013.

Poema Fernando Pessoa

Todas as tuas palavras, todos os teus pensamentos
todos os teus versos, todas as estrofes,
todas as viagens, toda a tinta, tudo em ti
me inspirou.

Todas as tuas angustias, o teu lado enigmático,
todas as tuas palavras da máquina
fazem o meu motor acelerar, emocionar,
fazem dos meus olhos cristais ler as tuas verdades;
as minhas mãos precisam d'óleo, estão enferrujadas;
preciso de continuar escrever para ti e sobre ti,
quero ser uma locomotiva, quero acelerar nas
emoções,como tu;
quero sentir-me perdido, confuso, amado
por todas as tuas palavras.

Quero ser fingidor
da poesia; não da vida
mas da dor e do ardor.

Deixa-te andar pelo monte
sem que a tua alma
te encontre, faz das tuas palavras
teu caminho.

Eu posso andar a monte
para tentar a tua alma encontrar
sei que não a queres, sei que não precisas
mas sinto ou acho que com eles podes amar;
eu posso-me perder, ter várias facetas
como tu tiveste, posso banalizar os dias;
oh dá-me,quer dizer empresta-me
todas essas tuas palavras cheias de sentimentos
que não se vêem mas compreende-se;
podes tu me dizer quantas almas são precisas
para eu libertar nas palavras o que julgo ser poesia?;
todas as tuas palavras que parecem confusão
são para mim uma constante inspiração, vício,
matéria de inspiração poética eterna;
oh tu que me inspiras tanto como uma viagem,
eternamente prolongada, eternamente barulhenta,
eu sei, eu sei, eu sei não posso eu pensar
será o meu fim, quero escrever ou ser automático,
como o motor do automóvel!;
podes fingir, podes supor, podes criticar
oh de certa forma posso eu te compreender,
dá-me essa permissão : de te compreender completamente;
deixa a dor andar por aí, talvez seja como certas palavras,
que não se vêem mas sentem-se;
Ai não podias estar tu mais certo quando dizes
que simplesmente sentes com a imaginação e não usas o coração;
Desculpa-me, Desculpa-me Fernando Pessoa por ser sentimental,
oh quem me dera escrever como tu,
sem coração, nem o pensar, sem o incómodo pensamento;
não deixes o coração pensar, como dizes, ele pararia;
não escrevas com o coração, isso faço eu e é
tanta tragédia como nos teatros gregos;
é muito mágoa, dor, nas estrofes que eu escrevo
oh menos tu Pessoa não pensas, dizes não aos pensamentos.

Podes tu me dizer qual a tua dor de pensar?
podes tu explicar-me poeticamente a dor?
tenta-me explicar,acho que é possivel!.

Explica-me se quiseres porque queres tu
tanto esquecer o pensamento?
fez-te mal? aprisionou-te? se quiseres faço
dele palavras para a poesia,a poesia transcendental!.

Não te enojes de ti mesmo quando olhas
para o que fazes, tudo pode ser certo,
tudo pode ser errado, tu sabes que pode ser
tudo incerto como a própria vida;
podes ser fragmentos de várias aões,
mas não da Poesia, és mais valioso do que o próprio país;
quero em ti me inspirar, quero em ti recordar
o nascimento da Poesia, a verdadeira essência;
faz da tua Poesia o próximo estilo musical,
afasta de ti o nevoeiro de D.Sebastião,
deixa a luz iluminar o teu caminho das letras;
Tu és o sonho!
tu és um sonho e mitologia portuguesa;
disseste tu "o maior poeta da época moderna será o que tiver mais capacidade de sonho", oh....ainda dúvidas?;
És tu, és tu o mais sonhador, o mais poético,
o mais verdadeiro em tudo que dizes,
vê lá tu que até a Filosofia tu misturas;
tu podes ter o amor a sorrir-te, podes ter as palavras
a considerarem-te Rei da Poesia, queres?
és tão surreal, dizes contemplar aquilo que não vês;
posso sentir as tuas incertezas,
talvez é como se tivesses completamente em água,
é como o corpo tivesse horas a fio numa água incerta;
porque achas tu que os sonhos são dores?
oh serão estas dores que nos fazem acordar de repente,
como uma pessoa que parte de um momento para outro!
não vou pensar, não vou agir.

Que os campos se encham de flores
que os campos se libertem da prisão das palavras;
que as tuas palavras façam crescer,
crescer tão intensamente como a dor de pensar;
deixa ser as palavras a crescer como o campo;
deixa o sol tornar as tuas palavras douradas;
deixa a tua máquina Royal escrever o campo,
escrever o trigo do vento,a paisagem;
deixa o vento moldar as tuas palavras;
tu nasces a cada verso teu, a cada estrofe tua;
cada poema teu é um novo nascimento;
quem me dera definir Portugal;
gostava eu de ter uma Mensagem para este país
para este país perdido,
não deixes os ventos roubarem as palavras,
há palavras que devem ser mantidas, estáveis;
oh posso eu Pessoa deitar-me num campo
e surgir-me enquanto poema?
Ai ensina-me, tu que és Mestre da Palavra!;
és tu tão eterno como as palavras;
és tu tão eterno como as estrelas,
és tu tão eterno como a luz do sol.

tá,tá,tá,tá, tá tiro ás palavras
tiro ás banalidades, tiro aos pensamentos;
tiro ao sacrifício, tiro ás maldades;
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuu faz o avião;
vuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmm passa de repente o avião
passa pela paisagem da palavra;
deixa o óleo escorrer pelos olhos metálicos;
deixa o meu corpo ser a gasolina para me arder
de tão mecânica que é a vida;
oh Pessoa dá-me óleo, dá-me gás, faz-me mexer;
faz de mim outra nova locumotora que anda brutalmente;
faz de mim máquina repetível da fábrica da palavra;
faz de mim uma máquina cheia de fumo, cheia de carvão,
faz de mim boneco metálico, com tubos, porcas,
com pregos, sou completamente máquina como tu;
sou completamente fumo,
fumo este que faz mal, que intoxica, que entope a boca
boca cheia de fumo, cheia de proibições,
não consigo dizer as palavras,quero gritar, quero eu tirar este fumo.

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz faço eu a dormir intensamente
intensamente nas palavras que dificilmente se passam para o real,
para o acordar, para o mundo de agora ou o meu mundo.

Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

128 ANOS DA SOARES DOS REIS, PORTO

É com agrado que enquanto aluno do 12ºano de Produção Artística da Especialização de Cerâmica da Escola Artística Soares dos Reis digo aqui que de 14 a 18 Janeiro 2013 foi a semana comemorativa dos 128 anos da Escola.
Foi uma semana positiva para toda a comunidade, no Auditório teve-se um grande leque de palestras a que as turmas tinham acesso!
Teve-se palestras como:
Cinanima (15 Janeiro);Direitos Humanos e a Escola (15 Janeiro);II Jornadas de H.C.Artes Poesia Visual :invenção e reinvenção (16 Janeiro);II Jornadas de H.C.Artes (Chave emblemática para uma leitura iconográfica de Guernica,Picasso) e o Estado d'Arte (16 Janeiro);Outro Olhar Pela Cidade (17 Janeiro);Google Sketchup (17 Janeiro);Figurinos e Adereços (17 Janeiro) entre outras palestras, é óbvio que todas as palestras tem os seus interesses mas algumas são especificas para determinadas turmas mas fora esses pormenores, correu bem!
Ás palestras que tive oportunidade de ir, gostei imenso,aprendi imenso, todas as áreas são fundamentais ao aluno que estuda Artes Visuais ou Artes Performativas; na palestra de Google Sketchup orientada pelo Arquitecto Gonçalo Cruz, este afirmou que um aluno de Artes deve estar com os olhos postos em várias áreas e não poderia ser mais afirmativo!
Estas palestras obviamente que tem carácter educativo mas também de celebrar o aniversário da escola, fiz este breve comentário visto que observei alunos a falarem constantemente e não mostravam o mínimo de interesse face ao que era apresentado,mas serão eles que irão perder novas vertentes de fazer Arte.
VIVA SOARES!
VIVA SOARES DOS REIS!
128 ANOS A FAZER GRANDES ARTISTAS
GRANDES PESSOAS, GRANDES ILUSTRES
GRANDES SÁBIOS DA ARTE!
OBRIGADO ESCOLA POR TUDO QUE ÉS E TENS SIDO!
A TI AGRADEÇO O QUE APRENDI SOBRE VÁRIAS ARTES,OBRIGADO!
PARABÉNS!.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Poema Amor É........

Amor é o sentimento próximo,
é o sentimento de acreditar sem duvidar,
é o sentimento de algo forte
como um castelo, que protege.

Amor talvez seja teres receio
de amares de partilhar
mas também de arriscar
arriscar na vida, na vida de supor
que aquela pessoa será a certa.

Amor pode ser simplesmente
eu olhar directamente ou indirectamente
para uma pessoa qualquer.

Amar pode ser o segredo
o lado enigmático do meu olhar
se admirar por um corpo diferente;
posso simplesmente dizer que o Amor
pode ser a louca vontade
de uma pessoa querer intensamente beijar
só beijar,porque não ?

Amor pode ser aquele tempo,
tempo de espera do encontro tão esperado;
amor pode ser aquelas cartas,
que tem as palavras essenciais, mesmo sem perfume;
amor pode ser um encontro
um encontro no jardim mais intimo?;
amor pode ser talvez..........ilusão?
amor é o verdadeiro sentimento
na verdadeira realidade;
amor pode ser a vontade de querer gostar;
amor pode ser a irracionalidade emotiva;
amor pode ser o diálogo sem sentido;
o amor? deve ser um sonho demasiado alto
para se atingir.

Amor é todas as palavras que nunca são ditas;
é aquele nervosismo inicial, o nervosismo emocional;
aquela agitação do olhar, agitação do sentimento;
amor é as palavras que são escolhidas a dedo;
amor é as acções pensadas e os pensamentos irreflectidos;
amor é aqueles momentos intensos como o Romantismo;
amor são as incertezas;as  incertezas das respostas.

Autor : Carlos Cordoeiro.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Poema Palavras Para Quê

Palavras para quê
a dor é tão grande como o amor
que eu senti por ti como sinto a vida;
palavras para quê
se todas as tuas acções
são tão ácidas que me deixaram nu
sem protecção da tua crueldade;
palavras para quê
o que dizer de uma pessoa tão banal
uma pessoa tão suja como o lixo;
palavras para quê
és tão suja, coitada de ti
dizes-me coisas tão dolorosas
como uma espada que atravessa o meu coração.

Porque hei-de falar contigo,
se entre nós há uma grande mágoa;
porque me darei ao trabalho
de te explicar a simplicidade da vida
se tu mesmo és a complicação ?
porque irei amar-te
senão ligas ás coisas mais pequenas?
aos momentos curtos mas verdadeiros?
aos doces beijos dados?
ainda me vens chorar a pedir o meu amor?
Desculpa, mas não amo qualquer uma.

Palavra para quê?
Não vou descrever a tua atitude
não vou descrever a tua indiferença
não vou descrever a tua arrogância;
não vou tolerar todas as tuas palavras
não vou tolerar as tuas atitudes;
não esperes de mim
toda a liberdade para as tuas
más acções;
não esperes de mim
uma pessoa compreensiva
face á amarga palavra que me dás;
não deves mesmo esperar
que eu te receba de braços abertos!,
chega disto tudo
estou farto de ti,muito mesmo;
se eu fosse a responder pelo meu lado selvagem
tu já eras uma mulher morta
enojas-me,ai meu D-us irritas-me
tanto,mas o pior é que ainda te fazes
a mim armada em sedutora
deixa-me, deixa-me ser assim
liberto de mim mesmo, eu quero ser assim.

Todas as minhas palavras
não devem ser para ti,
não devem ser para tu leres.
não devem ser para tu sentires,
não devem ser parte de ti,
tu, tu foste a causadora de isto tudo
foste tu que deixaste-te pelo prazer
foste tu que quiseste brincar
brincar aos sentimentos falsos
ás jogadas falsas, ás banalidades
eu estúpido pensei ser amor,
já viste ? são tão estúpido nem amor
sei o que é!.

Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Poema 2013,Portugal

ano 2013
está a começar
mas tudo está igual
tudo é banal
ao mesmo tempo intencional
tudo é poupado, tudo é recusado
quando vão ao mercado.

Estou-me a passar
porque tudo é para bloquear
tudo é para acabar e para nada restar
simplesmente.

Sonhei com um futuro melhor
onde isso é tão falso como o amor platónico;
sonhei com um futuro
que me promete um emprego lá fora;
uau!,vou viajar...mas para sobreviver!

Que máximo estou num país
onde dizem querer ajudar
o pior é que só nos enterram
...quando morrer não preciso de enterro
já o fizeram por mim.

Estou num país
que não precisa de sismos
ele próprio já se treme
mais que uma gelatina
se o dinheiro treme,cai
adeus!, adeus ao que nos querem roubar.

Ó filha vem ver este país
o preço? qual o preço?
Ó filha o preço deste país
é FMI é um pouco caro
mas foi pescado por todos,
de Portugal.

Que tipo queres tu
de país viver
Vá lá sabes como eu
não vale a pena lutar
ah já sei....vamos ás manifestações
e depois abraçamos os polícias!

Oh o que espero em 2013?
Nada!
Tudo está igual, tudo é mentira
tudo é banalizado, tudo é desrespeitado,
tudo é ignorado,já viram?
dou-me ao trabalho de falar no que não devo
fixe o mundo não acabou,
ai que bosta, tenho que ver pessoas detestáveis
que me ferem e muito o olhar, cegam-me!
tenho que ver o que não quero;
ai que dor esta no peito
de ver, ouvir, cheirar, sentir tudo que é detestável.

Autor : Carlos Cordoeiro.