quinta-feira, 3 de julho de 2014

Poema Novas Luzes, Novas Amizades

Novas amizades surgem
novas luzes também me esclarecerem
para novas amizades
ter, como tenho já há algum tempo.


Podemos não ser namorados
mas somos os melhores
quando nos falamos,
quando nos rimos e até quando aparvalhamos;
podemos ter ideais diferentes
mas debatemos;
podemos ter ideais religiosos diferentes
mas tentamos compreender;
podemos chatear-nos tanto ao ponto
de ficarmos muito sem nos falar
oh mas não aguentamos muito disto
adoramos falar de 1 hora para cima;
somos tão tolos
falamos um pouco de tudo e de nada,
falamos de banalidade do banal
aparvalhamos a parvoíce;
somos cúmplices e confessamos os nossos medos,
receios, sustos, chatices, enfim o dia que corre;
somos tão parvos
e ridículos quando não há argumentos
um para o outro;
ai ai ai que praguejamos tanto
não temos as mesmas opiniões
não temos as mesmas formações
mas faíscamos tanto que somos pior
que lenha estalada pelo fogo.


A nossa amizade
é tão infinita que não se vê,
um fim prepositado;
a nossa amizade
é tão viva e intensa
que todos  os dias nos falarmos;
a nossa amizade é tão verdadeira
mais  do que a justiça
dos tribunais corruptos;
ai que me sinto tão bem
gosto tanto de te falar
é-me uma necessidade;
erramos? tantas vezes
mas a amizade é tudo isto-
errar, estar mal, não concordar, zangar,
enfim mas gosto de ti mesmo com os nossos defeitos.


Nenhum amor, nem amizade
são completamente verdadeiros
sem alguma discussão
sem algum insulto e até ferimento;
qualquer amizade
tem tanto  de bom como mau
assim como num amor
suposto verdadeiro
também há falhanços:
já lhe prometi tanto.


Já lhe prometi a minha amizade
até que um parta para novas luzes
que não são terrestres mas divinas;
já lhe jurei a minha eterna amizade
como um casal jura amor
a vida inteira até ao último segundo;
já lhe disse que a adorava
porque é a verdade e porque não me vejo
sem ela mesmo com todos os defeitos e qualidades;
adoro-a como amiga, adoro-a por ser tanto para mim
mesmo que por vezes eu
ou ela não estejamos nos melhores dias.


A ti te dedico Amiga.......

Autor : Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Templo (desenho)



Carlos Cordoeiro
Planta de um Templo
Junho 2014.

Este desenho foi fortemente inspirado nas plantas dos edifícios do Renascimento Italiano mais propriamente do século XVI (ano 1513) da planta de S.Pedro de Bramante / Peruzzi.
Mas o que me levou a desenhar isto foi de por á prova a mim mesmo, tentar fazer uma planta que é complexa.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Poema Maravilhosa Criatura

Maravilhosa criatura
que os meus olhos contemplam
que o meu nariz consegue sentir de longe
e meus lábios conseguem tocar;
Maravilhosa criatura
que vamos andar até ao infinito
que faz-me sentir tanto por tão pouco,
que me faz arrepiar-me como que um gato zangado;
Maravilhosa criatura
que me deixa sem jeito,
que me deixa como que desperto para novas sensações,
para novos sentimentos cheios de luzes e brilhos.


Maravilhosa criatura
que me fazes elevar como um sol,
que me fazes brilhar como as estrelas,
que me fazes ser forte como o animal;
que me fazes ser energético
como a água que corre fortemente
pelas montanhas brilhantes que meus olhos podem admirar.


Autor : Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Poema Melhores Amigos

Podemos ser os melhores amigos certo?


Não temos que jurar nada
para sermos os melhores amigos;
não temos que trocar cartas
para sabermos como somos;
não temos que sair sempre
para sentir se estamos os três bens;
não temos que fazer um "pacto"
para sermos amigos para sempre
apenas temos que deixar correr
o que é bom e natural: a nossa amizade.


A nossa amizade é tão simples
que os outros têm inveja;
a nossa amizade é tão própria
que não há de maneira alguma outra igual;
a nossa amizade é tão duradoura
que dura desde muito tempo,
não sei mesmo desde que ano especificamente;
a nossa amizade é tão grande
que andamos kilometros  só para passear;
a nossa amizade é tão gulosa
que vamos a um café especifico comer os doces
mais doces da doçaria do Porto;
a nossa amizade é tão forte
que combinamos saídas com muita antecedência;
a amizade é tudo isto e muito mais.


A amizade é rir
por tudo e por nada que se vê e se sente;
é dizer tanta parvoíce
sem sentido
sem beleza
sem alguma lógica em termos de diálogo;
a amizade
é rir em todo o lado
na escola,no metro,na rua,
e até mesmo cantar aos berros "trolololool".


A amizade que é de facto verdadeira não precisa
de coisas que provem isso mesmo: a genuinidade;
a amizade que é de facto divertida
não é preciso que se esteja a rir sempre;
a amizade é algo tão poderoso e verdadeiro
quando é realmente verdadeira entre as pessoas;
a amizade é quase como que o amor
mas de forma estranha e diferente;
na amizade é tudo natural
como os iogurtes;
na amizade tudo é tão verdadeiro
como aquilo que sinto por eles: carinho.



Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Poema A Manhã Já Não É a Mesma

A manhã já não é a mesma
pois tu não estás como d'antes;
a manhã é diferente
quando não me acordas;
a manhã é estranha e esquisita
quando não mostras o teu amor;
a manhã é secante e demorada
quando tens que estar e não estás;
a manhã já não é a mesma
quando o sol não aquece;
a manhã é diferente
se a rotina também o for;
a manhã é intensa
quando nos beijamos;
a manhã é diferente
se quiseres fazer algo invulgar.


Autor : Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Al Caza di Rosis (desenho)



Carlos Cordoeiro
Al Caza di RosisAquareli en folha a4
Mayo 2014.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Las Kákitas



Carlos Cordoeiro
Las Kákitas
Maio 2014


Carlos Cordoeiro
La Kákita (madre) está num lago 
a beber água de noite, ao luar.
Maio 2014.


La Kákita (hija) caminha por uma paisagem
e avista um lago com vários montanhas.
Maio 2014.



Carlos Cordoeiro
La Kákita (padre) dormindo num tapete de lã
tanto ou maior que ele.
Maio 2014.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Poema Liberdade (25 Abril)

Não, não fui do tempo do silêncio,
não fui do tempo das guerras,
do sangue injustamente derramado,
dos corpos perdidos pela mata africana,
pelas bombas todos os dias lançadas,
nem tão pouco as torturas nas frias paredes de um sítio vazio;
não fui expulso do nada,
não fui preso por valores positivos clandestinos,
não falei contra ou a favor em cafés sobre alguém,
não pus fogo a sítios que eram ameaça para alguém ou algum,
não ouvi "dispersar" da policia,
não levei com jactos de água em manifestações,
não tive os meus textos censurados pelo lápis azul,
não chorei a dor e a mágoa de ver um filho a partir
para a guerra ou morte;
não chorei pela raiva de não poder falar;
não chorei por dias cinzentos mesmo quando havia sol,
não chorei pelas mortes,não me tornei negro
como os os outros eram todos os dias;
não era hipócrita e filho da puta
como aqueles da mesma família que chibavam-se;
não causei sofrimento a ninguém;
aguentei tudo mas mesmo tudo,
tive que aguentar,calar apenas viver;
depois de tudo isto acontecer e a liberdade surgir
chorei,ri gritei e até cantei num misto de alegria e alívio.



Outros valores ressurgiram,
outros sentimentos renasceram;
os edifícios cresceram como cogumelos,
tornamos-nos grandes, como nos Descobrimentos;
os olhos d´Os Capitães de Abril brilharam,
conquistaram a liberdade merecida à muito;
até a natureza renasceu e tornou-se maior,
tudo tornou-se a cores, com cravos e outras coisas;
Portugal conseguiu renascer.


Portugal estava renascido como teve
noutros anos que ser;
Agora
Agora onde estão os valores da liberdade?
Onde está o respeito pelo povo?
Onde está o respeito pelos Capitães de Abril?
Onde está o respeito pela Democracia?
Onde está o respeito pelo preço ao trabalhador?
Onde está a consciencialização da actualidade?.


A assembleia é como uma mega sanita,
cheia de merda que está lá há anos,
esqueceram de puxar a água para haver renovação,
e vir outras caganitas piores que as anteriores;
a sanita deve ser retirada e incendiada
em praça pública e o papel também,
as palavras devem ser corroídas
com o ácido mais ácido;
é tão cliché a actualidade,
expludam as Finanças,
expludam os Ministérios,
expludam os Tribunais,
incendeiem o dinheiro europeu,
incendeiem a papelada a assinar,
incendeiem a impureza;
incendeiem as casas Ministras;
expludam todo o conformismo,
expludam toda a escrita profana,
incendeiem a politica,
começar do 0 mas sem merda,
haja uma nova revolução
para deitar abaixo esta ditadura escondida
e disfarçada como o povo não a visse.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Obrigado

Obrigado por seres diferente
por seres a invulgaridade dos meus dias;
obrigado
por seres o meu sol
mesmo nos dias de tempestades;
obrigado
por me iluminares
mesmo nos caminhos que pareciam negros;
obrigado
por não me deixares ir abaixo, num quarto,
obrigado por não me deixares deprimir na minha existência.


Obrigado por ser aquilo que eu desejava
mesmo que de forma inconsciente e indirecta;
obrigado por seres compreensiva
já que não o sou comigo mesmo quanto estou noutra dimensão;
obrigado por me fazeres tão ou mais feliz que uma criança;
obrigado por me dares o incondicional do momento;
obrigado por seres o meu abrigo nocturno;
obrigado por partilhares parte de ti através das caricias;
obrigado por me abraçares e amar incondicionalmente;
obrigado por seres o fogo acesso eterno;
obrigado por seres a minha musa;
constante, incansável,tornas-me melhor;
obrigado pelo teu cabelo ser lã,
obrigado pelos teus lábios serem seda,
e o teu corpo ser tão fresco como linho;
obrigado por seres atrevida nos toques
provocatórios e intensos que me fazem arrepiar.


Obrigado por tornas-te principal
de fazeres do nosso amor um belo perfume;
obrigado pelo nosso momento,
obrigado pelos risos partilhados,
obrigado pelos momentos da noite,
obrigado pelos beijos roubados,
obrigado pelo acordar junto a ti com a luz do sol
a incidir-nos como pardais numa árvores;
obrigado por me amares
e eu a ti, eternamente.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Sou Uma Gaivota

Sou uma gaivota
que voa pelos céus
mas por paisagens que não quer ver;
voo tão alto
para que o está abaixo
se torne supérfluo.


Sou uma gaivota
que se torna grandiosa
quando tem que voar
mesmo quando as forças faltam;
quando estás lá em cima
alguém te faz descer abruptamente
ficas sem ar mas tens que voar na mesma;
sabes que cá em baixo
é tudo tão banal, supérfluo
por isso necessitas de uma via livre
nem que seja falsa, mas por segundos faz-te sentir bem.


Quando estás cá
todos te querem agarrar
pelo que és pelo que tens;
todos te querem manipular
para uma sociedade adormecida
da banalidade e indiferenças;
quando és o melhor
todos fazem tudo para seres 0;
quando és o mais rico
todos te cobiçam a nota mas não o valor
humano ou de amizade;
quando és especial
tentam apagar-te;
quando és grande na sociedade
todos tentam abafar-te enquanto pilar;
perante isto não é melhor voar?
não é melhor voar com a mente?
sim vou voar tão alto
tão alto que vou ver a forma
mas não o conteúdo.


Sou gaivota
desde que nasci
e não aceitava tudo que via;
sou gaivota
desde que tive que voar constantemente
para as armadilhas não me apanharem;
sou gaivota
visto que tenho liberdade mesmo que seja só em pensamento;
sou gaivota
visto que tenho que sonhar
para a realidade não me atormentar.


As minhas asas são úteis
para voar,
para voar para lugares onde
não há a maldade dos homens;
as asas automaticamente
levam-me para o invulgar,
isto torna-me mais feliz.


Estou farto,farto
de ter que haver constantes motivos
para voar para fora;
estou farto de desgastar as minhas penas
por animais que são lixo;
se fosse abutre
tinha nojo de os comer;
desgasto-me tanto
por tão pouco era necessário?
Claro que não.


Orgulho-me de ser gaivota
assim voo sempre que quiser;
orgulho-me de ser gaivota
assim não ouço na totalidade;
orgulho-me de ser gaivota
assim não me sujeito a tudo;
orgulho-me de ser gaivota
para poder gritar a revolta;
orgulho-me de ser gaivota
por estar tão alto e os piores animais
na terra suja e banalizada.


Autor: Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Poema Como Posso Avançar

Como posso avançar
se o caminho é incerto?

Como posso avançar
se por vezes tudo é tão obscuro?
como posso avançar
se a estrada não tem sinalização?
como posso avançar
se ás vezes é tudo proibido?
como posso avançar
se ás vezes as máquinas param?
como posso avançar
se os dias por vezes são curtos?
como posso avançar
se estiver cego nos caminhos mais difíceis?.


Seria demasiado fácil
se tudo fosse descodificado;
seria tão banal se fosse fácil
o que nunca será : viver;
seria tudo tão prático e imortal
senão houvesse limitações;
seria tão sonhador
se a ingenuidade se mantivesse,
mas nem elas ficam assim para
sempre, não mesmo;
o crescimento é assustador
é para o abismo futuramente;
a fala é o motor
uma palavra muda tudo;
a sociedade é demasiado amarga
precisa de açúcar da verdade e bondade;
como posso avançar
se cada um é impuro?
se cada um não se respeita a si mesmo?
se cada um é ganancioso?
se cada um é injusto?
só temos um vida e um mundo.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Dar Importância

Vejo-te constantemente
mesmo quando não quero;
mesmo nos sítios impossíveis
está lá mesmo eu não querendo;
vejo-te nos supermercados
mesmo que nada compres;
vejo-te no metro
mesmo que não vás trabalhar;
vejo-te em todo o lado
és omnipresente, mas não és Deus.


Mesmo estando a dormir
tu até em sonhos apareces;
mesmo estando a escrever
tu apareces como agora mesmo;
mesmo estando a comer
apareces subitamente e eu não te posso esquecer;
mesmo quando estou melancólico,
triste,zangado,lixado,mal disposto e o oposto,
tu apareces lá sempre,obrigado Poesia.


Obrigado Poesia por inevitavelmente
apareças para me ajudares  como que automaticamente;
obrigado por seres tão trágica,
obrigado por seres tão sincera,
obrigado por seres tão forte,
obrigado por não seres convencional,
obrigado por não seres rimada, gosto de ti completamente diferente.


Obrigado por existires em mim
desde de 2001
obrigado por seres a minha libertação
desde sempre sem nada em troca pedires.


Autor : Carlos Cordoeiro.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Poema No Comboio

Não sei em que paragem entrou
mas já olho para ela;
não sei como se chama
mas isso agora não importa muito;
não sei em que escola estuda
mas isso é irrelevante face à sua beleza.


Ia no comboio com a minha mãe
sussurrei-lhe que a jovem era bonita;
ela trincava delicadamente uma bolacha
e docemente eu olhava para os lábios suaves
enquanto admirava-a e sonhava também;
era calma mas ao mesmo tempo intrigante;
era jovem mas ao mesmo tempo adulta;
era tão simples mas ao mesmo tempo vistosa.


De seguida admirei mais e melhor a boca,
os olhos e nariz são particularmente belos;
ela estava indiferente aos olhares julgo,
mas eu olhei atentamente a cor dos olhos
eram castanhos doces como chocolate.


Já viram?
Nada me é e eu já falo dela como falo;
não tenho culpa da beleza aparecer à minha beira;
não tenho culpa de os meus olhos olharem o melhor;
não tenho culpa de ela ser doce visualmente;
mas não olhei tipo cão
ia olhando como que brincar às escondidas.


Depois saímos na mesma paragem
foi de metro e eu a pé;
foi, talvez, o último adeus visual
mas ficou-me na memória por ser simples
mas arrebatadora;
espero vê-la uma vez ou outra.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 6 de março de 2014

IntenseEROS (draw)



                                                    Carlos Cordoeiro
                                                                    ItenseEROS
                                                                    Março 2014

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Poema Por Ti / For You Poem

É por ti
que eu faço tanto
que não me canso;
é por ti
que me deito tarde
mas antes dei-te todo o amor;
foi por ti
que escrevi tantos poemas
com palavras incertas mas belas.

Arranjei o nosso quarto
cobri a cama de pétalas
flores numa jarra,
aperitivos perto da janela,
mas ainda não te tinha como amor
nas não desisti do cenário.

Enquanto o cenário se mantinha
tentava-te beijar,
tentava-te abraçar, tentava tudo;
tentava levar-te aos jardins,
tentava levar-te aos cafés
e tu foste caindo nas minhas graças;
tu foste ao teu jeito
gostando de mim.

Agora já somos amigos
mas quero tentar mais;
sinto mais do que uma amizade;
sinto tudo floreado à nossa volta,
sinto tudo entre nós,
sinto tudo intenso nas palavras
como o fogo que arde entre nós por amor.

O cenário agora é outro;
já te tinha beijado e tu sorriste;
já te tinha tocado e tu deixaste;
agora tenho que pedir timidamente
a oficialização do namoro;
depois tenho que namoriscar-te,
tanto como a imensidão do Universo.

Oh não é ao teu pai
que tenho que pedir a tua mão em casamento;
de certeza que me vou atrapalhar;
a tua mãe foi com a minha cara,
e o teu pai nem de longe me pode ver,
não quero saber tanto na mesma pois o meu amor
e tão grandioso que supera os arranha céus de Nova Iorque.

Agora sim o cenário do quarto é aplicável,
agora sim podemos amar,
agora sim podemos nos abraçar,
sem qualquer problema, sem qualquer vergonha.


Autor: Carlos Cordoeiro
           (escrito ao som de D.A.M.A Luísa).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Poema Minerva/ Minerva Poem



Tantas minervas coloridas
mas bastante estáticas;
não resisti à beleza delas
apetecia comer o que tinha dentro
acho que é sardinha não?

O teu nome é grande
assim como teu secular sabor;
as letras são tão visíveis
como o Porto a 1000 km de distância;
O teu manto é vermelho
como a minha vontade pelas francesinhas;
o meu amor por ti é tanto
que tinha que te comer na fábrica.

És devidamente embalada
como eu embalei o teu presente de amor;
és devidamente comprada
pelo estrangeiro esfomeado;
és revestida a óleo
mas não escorregas na boca.


As tuas folhas
são delicadas como o sabor
de quando te comi.

Autor : Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Poema A Brutalidade do Ferro



A Brutalidade do ferro


A brutalidade do ferro da minha cidade
tornou-me mais forte em termos físicos;
a brutalidade deu-me novas visões
novas forças de criação;
o ferro rompeu-se pela cidade adentro
como eu rompo o desejo que é infinito;
as vigas prologaram-se tanto
como o meu amor por ti.

A ponte do ferro fez-me atravessar
para o Porto tão nostálgico que eu sinto;
gente apressada, carros constantes
passam pelo leve tabuleiro
como eu passo por ti através das palavras.

A brutalidade fez do meu coração
mais humano, mais intenso;
os parafusos eram pontos essenciais
como os beijos que trocamos;
os ferros pareciam baralhar o meu olhar
como me baralho na cidade.

Esta ponte fez-me atravessar até ti
e ser o teu amor, nas casas que serpenteiam ruas,
ser teu amigo nos jardins tão íntimos;
foi em ti que projectei os meus maiores sonhos
e que eles se concretizaram por isso é que agora
ainda estou contigo todos os dias.


Autor da foto e poema : Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Poema Choro / Cry Poem

Não chores
porque eu já te amei;
não chores
porque eu já te dei tanto;
não chores
porque já fomos felizes
já percorremos tanto
juntos e bem amados;
não chores
porque não aguento ver
as tuas lágrimas tão dolorosas.

Se um dia vi as tuas lágrimas
foi acidentalmente que as criei;
se um dia tu não comeste
derivou à minha insensibilidade;
se um dia não dormiste
fui eu que criei isso;
peço-te desculpa mas já choro também
por não te ter ao meu lado;
já não temos os nossos planos
que nos divertia tanto
e o tempo era uma mera indiferença.

Não derrames mais lágrimas
senão crias umas inundação no meu coração;
não derrames a dor
senão por culpa eu fico coberto de setas da mágoa libertada;
não te deixeis ir abaixo
senão a tua cor passa ao preto negro dos meus dias;
peço-te perdão
não queria de todo magoar-te,
não queria de todo fazer-te sofrer,
não queria de todo deixar-te na merda,
não queria de todo fazer de ti a pessoa mais fraca,
sou tanto ou mais vulnerável que tu, ou até fui sempre?
talvez mesmo!,não tenho a tua força de amor,
não tenho tanto sorriso como o teu,
não brilho tanto como tu brilhaste para mim
nos jardins da nossa cidade romântica.


Não derrames as lágrimas,
agora será diferente;
serei o teu eterno jardim, o teu eterno roseiral;
serei a água gelada que bebes;
serei o doce que metes nas tostas;
serei o teu manto de abrigo de todos os ataques;
serei a tua capa protectora;
serei o teu abrigo quando a tempestade vier;
serei o teu conforto nos dias de chuva;
serei tudo que quiseres apenas te quero proteger
apenas quero que dures tanto como a luz que no céu ergue-se.


As lágrimas agora serão beijos
abraços, caricias, amor;
amor tão verdadeiro como os dias de sol;
amor tão verdadeiro como o doce que gostas;
amor tão verdadeiro este que agora
Estamos juntos a beijar-nos
no jardins onde fomos sempre felizes.



Autor : Carlos Cordoeiro
            (poema escrito inspirado na música Cry Baby de Cee Lo Green).

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Porto pela manhã /Morning Oporto






                                                     Fotografias : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Poema Não Tenho A Culpa

Posso não ser grande pessoa
por isso nunca falei muito contigo;
sei que sou chato
como estou a ser agora;
mas não tenho culpa de falar
com as pessoas
que me fazem sentir bem.


Deste-me inspiração para
novos poemas, novas ideias;
sempre tive um carinho
especial, por ti mas não te irrites;
não te pronunciaste
mas eu supus que pensaste algo;
pedi-te autorização para publicar
disseste na boa, fiquei mais contente;
o que te escrevi era o que eu sentia
como amizade especial e tu sabias disso!.


Pensei que flores pudessem rondar-te
por tornar-te mais bela como Primavera;
pensei que as águas  calmas
pudessem esculpir-te para mais perfeita ficares;
pensei em aromas
que podem perfumar este ambiente;
pensei que podiam pensar no exotismo
como qualidade de beleza que podes ter para sempre.

Penso em jardins
que podem ornamentar o que se sente;
penso em sol
para iluminar melhor as ideias;
penso em chuva
que pode molhar para clarificar o estranho;
somos amigos como dois pássaros
que voam livremente pelo céu gigante.

Autor : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Preparativos para a exposição individual....(08 a 14 Fev 2014)

Salão Nobre da Junta Freguesia Bonfim
Porto onde irá decorrer a exposição
pintura,instalação e desenho;

                                 Pormenor arquitectónico do salão que evoca
                o que ele outrora foi, um palácio à semelhança do Palácio das Carrancas
                                             (Museu Nacional Soares dos Reis,Porto)


placas de madeira pintadas a branco
onde se vão colocar as futuras obras

palco do salão nobre onde vai estar inserida
uma obra escultórica




Autor das fotos e legendas: Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Poema As Estrelas

Poemas As Estrelas


As estrelas são tão grandiosas
como o amor que sinto por ti;
as estrelas brilham tanto
que serve para iluminar
o interior e exterior das pessoas;
as estrelas são tantas
como os beijos que te dou;
as estrelas são tão importantes
como as nossas vidas com água;
as estrelas
brilham para mim
como eu brilho para ti;
as estrelas são tão enigmáticas
como este nosso amor secular.

As estrelas adornam
a tua beleza que nem precisas
de coisas artificiais;
as estrelas fazem-te brilhar
tanto que nem precisas de luz;
as estrelas modelam o teu corpo
que não é preciso reparos;
as estrelas
essas lindas amigas
que juntaram mais o nosso amor intenso.

As estrelas podem brilhar tanto;
podem dar-te tanto;
podem ajudar-te tanto;
podem acarinhar-te tanto;
basta acreditares que são verdadeiras
e que te dão sonhos
e que te dão momentos inesquecíveis;
elas irão brilhar tanto por ti,
irão amar-te tanto
como o meu pai que agora é uma.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Caminho por estradas difíceis

Poema Caminho por Estradas difíceis


Caminho por estradas difíceis
cheias de pedras afiadas
prontas para me parar
mas a minha vontade é maior;
ando por ruas invejosas
onde os olhares são fulminantes
mas nem a chama mais quente
irá queimar o desejo de eu criar;
passeio por cidades desfeitas
tudo é tão automático
mas o que eu faço ainda prevalece diferente;
caminho,
caminho por estradas cheias de inveja, sangue,
má sorte, mas eu não a tenho pois sou natural;
tudo
tudo que crio é natural como o nascimento;
sou como sou,não me mudei consoante a criação.

Caminho
por gostos invulgares,
porque tenho que ser igual aos outros?





não sou pré-fabricado, não só robot;
eu sou eu mesmo e tal e qual como vêem
quem não gosta, paciência;
caminho dificilmente
ao ponto de me magoar interiormente;
caminho facilmente
que o que escrevo é transparente;
caminho
tão fortemente que a estrada é rija
e aguenta as minhas fragilidades.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

2.ª exposição individual (08 a 15 Fev 2014)



"Palco e Luz"

Exposição de desenho,pintura e instalação de 8 a 15 Fevereiro 2014 no Salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim,Porto; (INAUGURAÇÃO : Sábado, 8 Fev 2014 pelas 15h30).

Esta exposição intitula-se por "Palco e Luz" onde a luz natural e artificial juntamente com o palco assumem-se como cenário para as obras propriamente ditas,mas também a luz neste caso refere-se às cores quentes das obras e também a novas ideias que possam surgir por parte do público.

Nesta exposição as obras serão mostradas com a maior luminosidade possível para que todos os detalhes pictóricos sejam visíveis, que tudo que foi pintado possa ser admirado sem nada a esconder, em que a obra está completamente nua, disposta a todos os olhares.

Carlos Cordoeiro.