sábado, 28 de novembro de 2015

Poema Monstro

Monstro talvez serão aqueles que se deixam
derramar no que não querem
ou não devem;
Monstro é todo aquele que gosta de ver
de longe como espectador o que nos faz
sangrar os sentimentos;
Monstro é aquele que nos magoa
e não pede perdão e continua
fazendo a porcaria florescer;
Monstro é aquele que faz ferir
o amor e prefere o vermelho da dor
ao amor;
Monstro é aquele que destrói o sentimento
que é como a rosa ainda a nascer
no campo fresco e frio da Primavera;
Monstro é aquele que calca
o pequeno rebento que lhe dará comer;
Monstro é todo aquele hipócrita
que se finge numa sociedade
e não declara como culpado;
Monstro é todo aquele que destrói de forma crua
como a carne crua que não consegue comer
são iguais, incomestivel;
Monstro é todo aquele que destrói
o que deve ser destruído apenas por outros
mas não tu;
Monstro é todo o ser que tem a cara escondida,
que tem a cara fachada,
que tem a cara maliciosa,
que tem a cara mascarada,
que tem a cara falsa,
por isto é um monstro da sociedade.


Monstro é aquele que me fez perder
a água mais limpa que me clarificava
o amor que eu via e queria;
Monstro é aquele que me fez amar
o que não era o certo nem indicado
eu amei  o errado agora amo o certo
mas não mo vão tirar;
Monstro é todo aquele que é o reverso
da vida oposta dos dias de hoje;
Monstro será aquele que vê
em tudo um motivo maior
para destruir o que não é certo;
Monstro será aquele que destrói
como seu auto alimento
mas que depois quando não tem mais
tenta-se saciar por onde não há
e por isso torna-se mais monstro.


Autor : Carlos Cordoeiro.

Poema Na Minha Cabeça

Na minha cabeça imagino tudo que não é possível de se viver
mas apenas imaginado o que acaba por ser uma grande utopia;
Na minha cabeça é tudo tão projectado
mais do que uma Arquitectura racional
mas na verdade nada é construído para satisfazer alguém ou algo;
Na minha cabeça a imaginação é algo real
mas quando tento passar para o real torna-se imaginário
e isto deixa-me a chorar lagos e mares por dentro de tristeza;
Na minha cabeça os amores são muito mais renascidos
que as flores da Primavera
mas o cheiro dos meus amores é tão nulo e tristonho;
Na minha cabeça projecto vários momentos de amor
que não passam de simples esboços
que nem as linhas se vêem logo não há uma definição do que quero;
Na minha cabeça as ideias são ardentes
chegando a queimar-me sem querer
mas quando se é puro nas criações tudo dói em demasia.


Na minha cabeça penso demasiado o que nunca foi possível
mas eu teimoso insisto em acreditar no que é verdade
em mim e não nos dias que correm como sangue;
Na minha cabeça tudo é tão gritante
tudo é tão latente pior que martelos de metal
no som bastante gritante como amores
que insistem em não acontecer;
Na minha cabeça tudo é tão doloroso pelo sentimento causado
por algo ou alguém, é tudo tão marcante,
é tudo fortemente intenso e inesperado!;
Na minha cabeça tudo é bastante leve
como tal nada fica apenas vem como breve lembrança
ao ponto de me esquecer facilmente e com dor
mas já não dá pra recordar;
Na minha cabeça todos os amores supostamente seriam possíveis
todos os beijos seriam intensos,
todos os abraços me esmagariam de alegria,
todos os carinhos dados e recebidos seriam um conforto,
todo o amor carnal seria uma expressão viva de amor
todo os bilhetes e flores dados por mim seriam amados
e apreciados e apenas desaparecia depois do tempo consumir;
Na minha cabeça, o amor parece um filme
em que eu nem sequer actor sou, nada disto
apenas um figurino que nem tem grande plano
em grande tela num filme memorável chamado Vida.


Autor : Carlos Cordoeiro.

domingo, 22 de novembro de 2015

Poema O Que Me Fazes


Que olhar penetrante que me explora ao máximo no meu interior,
que me atravessa por todo o meu corpo e nem sei bem como reagir
por essa tua presença brutal, enigmática, intensa e até mesmo provocadora
o que queres de mim? porque me exploras através do olhar?
o que te darei em troca para tornaste mais suave através do olhar?;
Esse teu chapéu tão grande como os desejos que sentem por ti
que te faz dar uma carga maior de respeito mas também de sensualidade
que é apetecível de se ter e desejar;
Essa tua mão discreta que apenas se nota os dedos que passam pelo ombro
como convite ao desejo que nos proíbem de ter ou fazer
mas porquê? se és naturalmente sensual e bela? Deixa-te apenas levar!;
Esse fio do biquíni ou soutien mas belo e especial para que eu possa apreciar
ou então escondes o que não queres mostrar;
Esses teus lábios tão carnais e brilhantes e apetecíveis que só quero beijar
e tão perfeitos que é impossível não desejar senti-los.


Toda a tua postura grande, enigmática e forte que me deixa desconcertante
essa tua beleza inexplicavelmente forte e inquietante que me faz tremer
deixa-me a desejar muito mas a ter muito pouco de ti;
Pareces não querer falar mas porquê? O que te fiz? O que vou fazer-te?
Apenas quero tentar algo impossível como um amor balnear
mas os olhares são tantos mas mesmo tantos
que me deixo levar pela timidez do público cupido que nos vê;
Quero descobrir-te, quero sentir-te mas és como um escudo de Guerra
que nada para fora passa a não ser esse teu olhar cortante
que me deixa inseguro e incerto se devo ou não te amar ou apenas admirar;
Quem és? Como te chamas? Que idade tens? Onde estás mesmo? Que praia é essa?
Tão deserta como a tua fala, tão vazia como o amor que eu não consigo sentir por ti
como os beijos que não existem porque te fechas em ti;
Que olhar tão esquisito que me remexe constantemente e não me deixa viver em pleno
porque penso sempre nesse teu lado cortina de esconder uma alegria maior.


Pintura : Sofia de Castro
Poema : Carlos Cordoeiro.

Poema Se Vou Atrás De Ti

Se vou atrás de ti é porque te preciso mesmo que de forma tímida
é porque te amo incondicionalmente mesmo que isso não me faça perceber;
Se vou atrás de ti é porque te quero
sentir tão loucamente e de forma tão intensa
como um perfume natural
ou como aquele beijo que espero ter mas anseio em senti-lo;
Se vou atrás de ti
mesmo que através do olhar
é intimidante para os dois mesmo não sabendo isso;
Se vou atrás de ti
é porque acho que ambos temos algo a ganhar
pelo menos pela amizade mas eu quero mais
quero mais como sentir-te mais perto de mim e deixares-me a tremer pela tua beleza;
Se vou atrás de ti
mesmo através do olhar é porque quero que faças o mesmo
um para o outro e depois comunicamos através e apenas pelo olhar
e aí eu entendo-te mais e melhor e tu a mim, agora as palavras apenas atrapalham;
Se vou atrás de ti
pelo meu olhar e sorriso a conquistar-te enquanto tentativa
por vezes tu sorris mas porquê? gostas do que eu faço? achas-me tolo?
queres-me amar? serei eu tão sonhador que não vejo que nem estás a olhara para mim.....
ou até posso acreditar que quando olhas é para mim?.


Se vou atrás de ti
é porque me inquietas sentimentalmente
é porque despertas tanto em mim que fico remexido;
Se vou atrás de ti
não é por indiferença é porque há
um propósito que me mói tanto por dentro
que quero mas não quero ao mesmo tempo
ir ter contigo e sentir-te tão naturalmente como a água;
Se vou atrás de ti
é porque me atrais de alguma modo
que eu ainda não descobri mas sinto
quando te olho tão naturalmente que me inquietas
mas eu gosto disto, de me sentir a tremer por algo bom
que és tu apenas e só quando me sorris;
Se vou atrás de ti
é porque desejo tocar-te e tu a mim
nem que seja suave e depois te vás
como as folhas do Outono ao sabor do vento;
Se vou atrás de ti
é porque desejo que estejamos mais próximos
tão próximos ao ponto de sentirmos o calor um do outro
e fiquemos assim tanto tempo até o amor se pronunciar
até evidenciar-mo-nos enquanto par se isso for o necessário
para vivermos melhor um com o outro enquanto rebentos eternos de um amor enigmático.


Autor : Carlos Cordoeiro.

sábado, 14 de novembro de 2015

Poema Chocolate

Chocolate aos quadrados divididos
como a tua beleza que também é dividida
pelas tuas curvas salientes como os relevos
do chocolate bastante negro e amargo que adoro apreciar;
Chocolate que me aquece o coração
quando derretido como já foi o amor
que nos fez derreter um pelo o outro;
Chocolate espesso para saborear lentamente
como conseguimos saborear o nosso beijo
enquanto lá fora caia a chuva bastante gélida;
Chocolate branco é demasiado enjoativo
como viagens de carro
de grandes distâncias, maiores que o nosso amor;
Chocolate em pó é complicado,
porque depois fica tudo demasiado sujo,
e depois nada vemos um para o outro;
Se fossemos como licor não podias ser muito forte
para que eu tivesse mais forças para o nosso amor
que tem um sabor muito melhor como por exemplo os nossos  beijos.


Chocolate é tão doce como o nosso amor que é sempre comestível
por isso não temos que por açúcar porque já nós somos doces;
Chocolate mais amargo quando nós estamos amargos um para o outro
e nos sabe mal os beijos porque é tudo sem sabor;
Chocolate seja de que género for é exactamente como o nosso amor.
os nossos beijos são espessos,
os nossos abraços são cremosos,
as nossas carícias são como aquele chocolate fofo
e o nosso amor carnal é duro mas apetecível constantemente.


Autor : Carlos Cordoeiro.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Poema Loucos

Loucos somos nós
porque somos assim tão naturais
sem qualquer tipo de falsidade amorosa;
Loucos somos nós
em desejarmos beijos doces
nos nossos corpos tão sedentos de amor;
Loucos somos nós
porque caminhamos à chuva
mesmo quando esta gela os nossos corpos;
Loucos somos nós quando corremos nus
pela praia
com despreocupação se os outros
nos vão censurar pela natureza bela que somos;
Loucos somos nós
que prometemos demais
quando ainda éramos crianças
e dávamos os primeiros beijos inocentes;
Loucos somos nós
que queremos aqueles beijos fortes
aqueles que nos marcam na ansiedade do momento;
Loucos somos nós
ser humanos que desejamos tanto mas tanto
que depois nem sabemos o que queremos verdadeiramente;
Loucos somos nós
nós enquanto par que tentamos motivar
os outros para olhar o nosso amor que agora...
é ainda sonhador como os nossos beijos;
Loucos somos nós
por querer fazer amor sem nada
a cobrir nos sítios errados segundo as regras;
Loucos somos nós
que quisermos mostrar aos outros
um amor que eles nunca acreditaram;
Loucos somos nós
por sermos mesmo assim
correndo risco à sociedade que se acha;
Loucos somos nós meu Deus
que somos mesmo loucos por este amor tão apetecível e doentio
porque cada amor que fazemos é sempre algo tão poético e envolvente.


Autor : Carlos Cordoeiro.