quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

LICEU ALEXANDRE HERCULANO, PORTO

    Já se sabe que ao longo de várias décadas, no Porto e no país vários monumentos sofrem uma degradação notória, ficam ao abandono, à vandalização, à destruição que por vezes é intencional, ao roubo do património caso esteja presente dentro destes monumentos ou fora, assim como ao desinteresse presente pelas entidades responsáveis que devem actuar neste tipo de situações e não o fazem e quando há intervenções, por vezes nem sempre é melhor prejudicando gravemente o edifício em questão ao ponto de as estruturas iniciais serem alteradas ao ponto do desenho do edifício ficou um pouco diferente.


Em relação ao Liceu Alexandre Herculano, Porto, para quem não sabe e também curiosidade, digo aqui que foi desenhado pelo Arquitecto Marques da Silva, portuense (aspecto a salientar) e por acaso este mesmo Arquitecto fez obras como:
- Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular (no meio da Rotunda da Boavista, Porto),
- Edifício A Nacional (nos Aliados, Porto)
- Estação Ferroviária de São Bento, Porto
- Casa Atelier Marques da Silva (no Marquês, Porto)
- Teatro Nacional São João, Porto
- Grandes Armazéns Nascimento (onde agora é a FNAC na Rua Passos Manuel, Porto)
- Liceu Alexandre Herculano, Porto
- Liceu Rodrigues Freitas, Porto (nome original Liceu D.Manuel II)
entre outros projectos
(...)


    O Liceu Alexandre Herculano, foi desenhado pelo Arquitecto Marques da Silva.
    O Liceu Alexandre Herculano foi começado a construir em 1916 e concluído em 1921, na Avenida de Camilo, Porto, Portugal, ou seja é do século XIX.
    Actualmente este Liceu já tem 96 anos de existência, ou seja, foram 96 anos,a formam alunos e alunas de várias classes socais, de várias zonas do Porto, bem como a formar mentes brilhantes da sociedade portuense e do país ao longo destes anos todos.
    Este Liceu, é um dos mais importantes do país a par de outros, como se sabe, é escusado fazer apresentações visto que este tipo de Liceus esteve muito presente no Portugal do Estado Novo, ou seja, era comum, efectivamente haver liceus para rapazes e outros para raparigas.
    Como toda a gente sabe, vários monumentos, igrejas, catedrais, escolas, edifícios, estações, lojas, marcas, entre outras coisas que façam parte do Património Histórico, pela UNESCO, em parte sofre sempre uma degradação que é visível e isto aconteceu (por incrível que pareça) no Liceu Alexandre Herculano.
    Está bem.que até pode não haver verbas, pode não haver meios para se começar obras de requalificação, pode não haver entidades competentes interessadas na recuperação de escolas antigas mas que fazem parte da história e da cultura de uma cidade. pode haver inúmeros motivos para que ainda não se tenha feito as devidas obras de recuperação no "Alexandre", mas também sei que nada é impossível, há sempre uma solução, agora depende é da solução que estamos a falar...senão intervêm pessoas do ramo político, do ramo privado entre outros aspectos que pouco ou nada ajudam quando se trata de recuperar edifícios históricos.
    Isto não é de agora, aliás no ano 2009, já se notava várias deficiências em termos de arquitectura, infiltrações, entre outros aspectos que faziam com que a escola já assinalasse defeitos, problemas que mais tarde, ou seja este ano, iam-se tornar cada vez mais notórios.
    Se pensarmos, fazendo uma comparação por exemplo, a saúde...então vamos pensar, se uma pessoa têm problemas de saúde e se não houver os cuidados mínimos a situação piora até que chega a um ponto que não há recuperação possível, é exactamente igual ao Liceu Alexandre Herculano.
    A questão aqui nem é tanto o facto de ser um Liceu Histórico (Liceu Alexandre Herculano), bem como um Arquitecto Histórico (Marques da Silva) obviamente que isso ainda contribui mais para a incredulidade de como está o Liceu, mas acho que é uma questão histórica, humana, social, cultural, económica e até política, de se recuperar os edifícios históricos, os edifícios que por alguma razão contribuíram e ainda o contribuem  para o legado educacional de uma cidade, neste caso o Liceu Alexandre Herculano, não é um mero edifício, ele tem uma história por trás, bem como uma sociedade, daquela época, com características muito próprias, ou seja, este edifício faz parte da história...e como não bastasse todo este problema, ainda há aquela febre louca dos hoteis em todo lado, e todas as ruas, da Cidade do Porto, ou seja, basicamente o que estou a dizer e quero realmente dizer é que espero que o Liceu Alexandre Herculano não seja mais uma ideia louca de se tornar Hotel porque se isto acontecer então definitivamente está tudo perdido, e tudo louco, porque por mais abandono escolar que possa haver nos próximos anos, escolas serão sempre escolas, além disse o Arquitecto Marques da Silva fez este Liceu com o intuito de servir os alunos, ou seja, ser um espaço de aprendizagem, que nos dias que corre cada vez se torna mais surreal e utópico, para finalizar apenas digo que ainda tenho alguma esperança na minha cidade, o Porto no que toca a futura recuperação deste Liceu.

Autor: Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Poema Não Te Separes de Mim

Não Te Separes de Mim
mantens a minha alegria,
mantens a minha estupidez,
mantens a minha alegria e humor,
mantes tudo de bom que há em mim;
Não Te Separes de Mim
fazes das minhas palavras
mais poéticas, mais reais, mais tolas
mais parvas como nós os dois
com conversas no sense fazzendo-me rir;
Não Te Separes de Mim
pois adoro as nossas longas conversas,
os nossos disparates e claro as
nossas mútuas teimosias que chocam
fazendo de nós grandes amigos, mesmo
que as distâncias sejam maiores que a nossa loucura;
Não Te Separes de Mim
somos a Arte em palavras, em realidades, em justiça,
somos o pensamento crítico, pelo meio parvoíce,
somos amigos das horas estreladas e dos sonos profundos
que na manhã seguinte nos cumprimentamos.




Não Te Separes de Mim 
somos discussões acesas como chamas,
do pior incêndio jamais visto, somos peixeiros
e mal dispostos, na saúde e na doença, somos
por vezes as mais belas flores das Primavera;
Não Te Separes de Mim
fazes-me bem, fazes-me sentir bom, humano,
fazes-me sentir real, que existo, que sou algo como
pessoa como Arte, fazes-me bem com o teu humor e
loucura perdidamente contagiante;
Não Te Separes de Mim
somos brilhantes como as estrelas que admiramos,
somos planetas que adormecemos em Artes reais,
somos Vias Lácteas inteiras quando admiramos a simplicidade,
somos Galáxias de excentricidades em conversas e bons momentos;
Não Te Separes de Mim
por mais que eu seja insensível,
por mais inseguro e mau carácter possa ter,
por mais que desvalorize a pessoa que és,
por mais que não te ouça,
por mais que não te admire,
por mais que te despreze,
por mais que te ignore,
por mais que te renegue,
por mais que te rejeite,
por tudo isto por favor peço-te sejamos amigos
por eternidade, imaginada e realizada.

Autor: Carlos Cordoeiro.
Dedico a ti, Amiga.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Poema Eu Preferia Ficar Cego

Eu Preferia Ficar Cego
do que saber que a verdade dói,
dói tanto ao ponto de não saber como lidar
com tudo isto, e já nem sei se é amor,
tudo isto que sinto por ti;
Eu Preferia Ficar Cego
do que te ver com outro
em vez de me amares, como eu
te amo, desde sempre, não me sinto bem
quando te vejo a amar outro homem;
Eu Preferia Ficar Cego
do que saber tudo isto assim
desta forma cruel, desta forma dolorosa
que faz o meu coração arder
arder mais do que da primeira vez que te vi;
Eu Preferia Ficar Cego
do que saber que não me amas como antes,
que já não acordas feliz como antes,
que a luz do sol já não te é a mesma
que o sentimento já desvaneceu,
que as palavras agora já não te são especiais,
que o amor agora já pareça banal como os nós os dois.




Eu Preferia Ficar Cego
do que sentir esta amargura tão constante,
este gélido momento que teima a ser
todos os dias, sempre que me lembro de ti,
e por isso isto torna-se o meu castigo;
Eu Preferia Ficar Cego
visto que eu já sei que já não somos dois,
que já não somos amor, que não somos união,
que já somos dois amores felizes, que banhavam-se
pelas luzes, pelo dia, pelas montanhas, pelo ar,
pelos momentos que agora em rapidez recordo;
Eu Preferia Ficar Cego
do que ver esta verdade, isto que dói,
tudo isto que me escapou faz-me ter o coração como sangue
o sangue demasiado duro que me destrói
e por dentro fico estilhaçado, fico partido,
fico partido com a tua partida;
Eu Preferia Ficar Cego
do que ver a nossa partida,
tu para um lado, eu para o outro,
preferia não ver a dor de não estares cá,
preferia não ver a mágoa que agora sinto,
preferia não ver a dor que até está cá fora,
preferia não sentir tudo isto que me corrói
constantemente, preferia não chorar a despedida,
preferia não chorar o que eu perdi, preferia não chorar isto,
preferia não me magoar, não te magoar, não te perder,
não te perder de mim como perdi momentos tristes,
como perdi momentos especiais, como perdi a intimidade contigo,
como perdi momentos de amor, um amor mais próximo,
como perdi momentos de tanta doçura e carinho
que vi esvoaçarem como as folhas de outono.


Autor: Carlos Cordoeiro
Poema escrito enquanto ouvia: Etta James - I'd Rather Go Blind

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Poema No Amor

No Amor
fomos completamente loucos, uma loucura
que eu mesmo quis repetir todos os dias,
uma loucura que fazia de nós loucos
do amor, um amor que todos viam mas só nós sentiamos;
No Amor
sentimos tudo tão naturalmente
como o sol que nos brilha na cara
todos os dias, todas as manhãs quentes
e nós ainda acordamos entre lençóis de amor,
lençóis enrolados nas nossas curvas;
No Amorestamos completamente em sintonia,
somos uma música completamente afinada,
por isso nos envolvemos de forma ritmada,
tudo em nós é demasiado vibrante, tocante,
chocante, amoroso,
No Amor
somos uma união perfeita, como que um círculo,
um círculo tão perfeito como o nosso amor,
um amor que nos faz chorar, nos faz alegrar,
dizer parvoíces, dizer disparates, e até mesmo
sussurrar ao ouvido o mais loucos dos desejos.




No Amor
tudo sentimos de forma intensa, poderosa,
tudo isto parece real,  nós somos o sonho
de um amor molhado, de um amor vivo,
de um amor querido, um amor com vontade;
No Amorfez do nós um casal que dança à chuva,
um casal completamente louco um por outro,
que somos metade um do outro, completamo-nos
quando o nosso beijo faz de nós um;
No Amorsomos um doce amargo dependendo dos dias,
somos o chocolate um do outro,, és o meu açúcar,
sou doce pois fazes de mim uma pessoa mais doce
uma doçura que deixa-se derrente no teu chocolate quente;
No Amorsou derretido por ti, sou pior que a manteiga
derreto-me tanto que me deixo cair sobre ti
e os nossos corpos encontram-se através de beijos,
abraços, e toda uma dança de um amor intenso,
que apenas nós sabemos fazer e sentir como ninguém.


Autor: Carlos Cordoeiro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Poema Sem Ti

Sem ti os dias são mais lentos,
mais lentos que uma dor que lentamente
me consome até aos ossos
mas que pode demorar anos a fio;
Sem ti tornei-me mais vazio,
mais nada, mais branco, mais preto,
mais vazio, mais zero, mais inexistente,
por isso a dor é tão maior quando me lembro;
Sem ti sinto-me distante de tudo que quero amar,
de tudo que quero sentir como reconfortante,
como algo que me preenche o coração, que me preenche a alma,
algo que eu sei que fará de mim alguém mais cheio;
Sem ti acho que o desejo torna-se veneno,
o amor torna-se ódio, a alegria torna-se tristeza,
o carinho torna-se o desprezo, e a vida
torna-se morte, morte que lentamente me consome
por talvez não fazer de ti o amor principal e único que sempre quiseste.




Sem ti os dias são mais escuros
como as tardes de inverno em que ansiava a luz
como a luz do nosso amor que nunca aconteceu
apenas foi imaginada demasiada vezes, mas pronto;
Sem ti eu tornei-me mais frágil
mais frágil que a própria vida, que o próprio amor,
que o própria sangue que me faz circular pela vida,
tornei-me mais frágil sem aquele amor que desperdicei
e que julguei ser impossível daí não tentar;
Sem ti senti-me menos humano e mais animal
que foi completamente desperdiçado e não atraído
pela força e beleza dela que me quis e eu a
deixei-a ir como que o vento a tivesse levado;
Sem ti os meus dias pioraram
pois acreditei não querer-te mas enganei-me
pois o meu amor por ti foi maior, mas a vontade foi menor
por isso o perdão derreteu-se pela vontade inexistente,
por isso o amor esvoaçou-se.

Autor: Carlos Cordoeiro.