domingo, 31 de julho de 2016

Poema A Dor

A Dor
do sentimento ganho
mas que depois se perdeu
foi tão doloroso, foi tão pesado,
foi tão cru que nada sobrou em mim
enquanto ser, enquanto alma,
enquanto pessoa que poderia amar;
A Dor
foi tão corrosiva
que o ácido tornou-se algo
parecido com água, visto que a dor
corroeu-me muito mais
no coração, no sentimento;
A Dor
foi desejar demais por menos,
foi eu querer amar-te demais
mesmo sabendo que estava a arriscar
pelo impossível, pelo utópico,
pelo sonhador, pelo irreal
ainda assim acreditei até ao fim;
A Dor
foi depois de tanto sentimento sonhar
sonhar em algo de bom saber
que apenas foi verdadeiro em mim,
saber que o sentimento
apenas existiu em mim
de forma exageradamente ardente, brutal,
ao ponto de por vezes não sequer distinguir a realidade.




A Dor
foi tudo isto que eu sinto
agora mesmo, toda esta angústia
que me aperta, que me sufoca
porque não sei como sair dela
apenas vivo-a mas com muito sofrimento,
com muito desespero, com muito medo,
com medo que faça de mim o final de uma vida
o final de um beijo, de uma etapa;
A Dor
dos meus dias começaram quando tu
simplesmente ignoraste-me, como não
fosses nada para mim, como eu fosse
algo supérfluo para ti, como fosse algo
a libertar mas de forma completamente irracional,
insensível, insensata, ainda assim tentei por tudo
tentei por tudo fazer de nós algo bom, algo de honrar;
A Dor
é sempre a mesma se reparares,
é sempre este constante sofrimento,
estas constantes palavras de tristeza, mágoa,
choro, infelicidade, ruindade,
mas ainda assim sofro cada vez mais isto nem
sequer é um ciclo, estou longe de ver melhorias,
estou longe de ver e sentir o teu verdadeiro amor;
A Dor
isto...isto da dor...tão complicado...tão corrosivo...tão
complexo, tão mau, tão doloroso, é demasiado mau
que as minhas lágrimas escorrem constantemente,
as minhas lágrimas são dor, as minhas lágrimas
são sofrimento, são dores, são constantes
facas de amor que não sinto,
de felicidade que ainda não tenho nem sinto,
de carinho que ainda não sinto na minha pele,
não recebo o beijo daquela pessoa, daquela pessoa que tanto
amei, agora parece que o amor está a apagar-se,
cada vez a luz amorosa é menos, o sentimento é menor.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Poema Amo-te Mais Do Que

Amo-te Mais Do Que tu imaginas...
do que tu possas pensar,
do que tu possas sentir,
acima de qualquer altura,
acima de qualquer medo,
acima de qualquer receio,
acima de qualquer dúvida,
Amo-te Mais Do Que
os olhares dos outros,
mais do que aqueles que se acham superiores,
mais do que aqueles que querem destruir o sentimento,
mais do que aqueles que nos invejam,
mais do que aqueles que não aguentam ver a felicidade;
Amo-te Mais Do Que
qualquer alegria que possa ter tido ou venha a ter,
qualquer beijo que já dei.
aqueles dias mais aborrecidos,
as dores que tive quando partiste mas voltaste.
tudo que nos tenta rebaixar só por gosto e maldade:
Amo-te Mais Do Que
qualquer um te amou,
aqueles que poderão vir-te amar,
qualquer sonho,
qualquer prazer que posso vir a ter contigo,
um lágrima de tristeza que por vezes deixava cair,
as dores da mágoa que já senti,
os ciúmes que por vezes já senti,
tudo isto que já te disse e posso vir-te a dizer muito mais,
mas neste momento, agora
Amo-te Mais Do Que.

Autor: Carlos Cordoeiro.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Poema Momentos Gloriosos

Momentos Gloriosos
são estes que tenho vivido
mas apenas serão por pouco tempo
o que me faz ficar triste,
a sério, é demasiado injusto
não poder ter mais de estes bons momentos,
destes Momentos Gloriosos;
Momentos Gloriosos
que eu vivo a cada dia que passa
mas as saudades já me fazem
querer despedir já
mas ainda assim aguento as lágrimas
da despedida, da emoção, e da
suposta tristeza;
Momentos Gloriosos que eu tive, de pessoas tão belas,
de pessoas tão especiais, de pessoas
tão importantes que eu ganho
ganho para vida como um presente
à memória e ao coração,
por serem pessoas tão brilhantes
mais que qualquer estrela;
Momentos Gloriosossão estes dias
que eu vivo de forma tão pura,
de forma tão sincera, pura, querida,
estes dias são tão marcantes para o meu ser,
para o meu interior, tenho crescido
através do meu coração e personalidade,
sinto que sou diferente, algo mais maduro.




Momentos Gloriosos
são todos estes que eu vivo
neste último mês, tem sido algo
especial, que eu não sei descrever,
tem sido só momentos bons,
marcantes, positivos;
Momentos Gloriosos
como nestes últimos dias
fazem de mim um ser maior,
um ser mais feliz, um ser mais credível,
um ser mais completo
por me sentir realizado;
Momentos Gloriosos
são todos estes segundos, minutos
horas, dias, semanas que tenho vivido
ao fim de dia é cansado de corpo e mente
mas depois compensa, compensa
tudo que recebo como boa energia, como boas ondas
como boas ondas de boa energia, de tudo que sinto
como bom, de pessoas positivas
Momentos Gloriosos
podem acabar, podem terminar, podem incendiar-se,
podem afogar-se, podem-se evaporar mas na memória
fica sempre o que é bom, fica sempre o que foi admirável,
fica sempre as pessoas boas, as pessoas simpáticas,
as pessoas que nos exigem, as pessoas que nos exigem rigor,
as pessoas que nos marcam no coração e na amizade,
por tudo isto e muito mais agradeço-vos bem de coração
e alma.

Autor: Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Poema Palavras Quentes

Palavras Quentes para quê?
se temos estes nossos corpos
para fazer do nosso calor
algo útil, aquilo que por vezes
recusas fazer, e simplesmente pensar;
Palavras Quentes
foram aquelas que sussurrei ao teu ouvido
aquelas que fizeram teus lábios
encostar ao meu pescoço
e beijar constantemente e sem pausas;
Palavras Quentes
são aquelas que quero dizer-te
mas também ouvir de ti enquanto
estamos encostados um ao outro,
enquanto estamos neste amor constante;
Palavras Quentes
é aquelas que suspiramos, visto que
estamos noutras actividades mais
divertidas e desgastantes mas ainda assim
conseguimos fazer tanta coisa ao mesmo tempo.




Palavras Quentes
trocamos quando discutimos
sim, mesmo em momentos maus
elas também ficam quentes
e ficamos tristes como as lágrimas
de chuva que escorre nas janelas;
Palavras Quentes
não foram ditas porque os nossos corpos
tinha uma fala muito própria, uma fala
muito sensível, sensual, quente,
provocante, apetecível ao desejo do toque
e do sabor constante de beijar muito muito
muito devagar cada parte tua, cada pormenor teu;
Palavras Quentes 
não são propriamente necessárias
para haver conversa entre nós
visto que o nosso corpo já se conhece,
com ou sem luz já nos sabemos de cor,
com ou sem palavras já nos ouvimos,
com ou sem lençóis já nos sentimos quentes,
com ou sem roupa já sabemos as curvas
e aberturas certas para um prazer maior,
tudo em nós um completo calor que cada vez mais é maior,
tudo em nós é um prazer tão intenso que nós mesmo
não aguentamos o nosso próprio prazer, o nosso próprio desejo,
é demasiado, sabemos isso desde sempre,
é demasiado todo este amor, queremos sempre isto
e fazemos sempre isto, não temos tempo para as futilidades
apenas para o que importa o nosso Amor.


Autor: Carlos Cordoeiro.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Poema A Arma

A Arma
que insiste constantemente usar
por propósitos egoístas,
por propósitos preconceituosos,
por propósitos completamente insanos,
por propósitos completamente doentios;
A Arma
que eu considero mortal
é aquela que afecta o coração
o coração dos que são puros,
daqueles que são genuínos, daqueles que
são o que são de forma tão pura,
tão pura como o aroma que sentes
das flores da primavera;
A Arma
é aquele brinquedo que dás
ao teu filho quando ele é criança
ele pensa que mata o que não vê
mas depois sente a ânsia disso;
A Arma
é aquela bem apontada para o alvo errado,
é aquela arma bem oleada para que o serviço
seja bem feito e fique tudo a brilhar,
para que apenas fique a mancha explodida por todo
o lado excepto as marcas digitais.




A Arma
aquela que faz um barulho rápido,
silencioso, barulhento, invisível
apenas se vê a dor de quem sofreu
mas que depois já se perdeu
enquanto vida, enquanto esperança a viver;
A Arma
foi aquela que usaste com normalidade,
com consciência, com banalidade, com sentido,
sabias o que fazias, sabias o que ias fazer
e mesmo assim seguiste em frente,
e mesmo assim achaste por bem ir,
e mesmo assim achaste por bem terminar algo
que nunca começou, algo que nunca começou,
algo que nunca começou na tua vida, nem sequer conheces
aquela pessoa que vais terminar, assassinar, silenciar;
A Arma 
que tu tantas orgulhas usar, que tu tanto usas
quer lá saber se é bala certa ou errada,
até achas engraçado o acto de puxar o gatilho,
o acto de apontar para um alvo injusto,
para um alvo que sabe que vai morrer, que está a tremer,
que já sabe o que lhe espera, mesmo sabendo que não
é essa a sua sina;
A Arma
que tu tens é um gosto: por uma causa, por um motivo,
por um honra, por um país, por uma guerra, por um prémio,
por uma medalha, por um dia glorioso, por dia em que te irão honrar,
pelos camaradas que perdeste, isto tudo para quê?
para depois passares anos completamente num sofá?
para depois passares anos a chorares pelos que perdestes?
para depois passares anos a olhar fotografias a preto e branco
que já nem se vê as caras das pessoas que mais amaste?
a má decisão foi tua, quem puxou o gatilho foste tu,
quem puxou a morte para o outro foste tu, quem fez do outro morte foste tu.




A Arma 
que tu tão bem seguras, nem tremes
nem ficas com medo, porque achas que te dá poder,
achas que te dá segurança, achas que tá energia,
que te dá adrenalina, que te dá força,
que dá energia mas apenas te dá cobardia, medo,
frieza, loucura, sensação de força, é pior que droga,
é pior que fogo, é pior que a morte,
é algo intencional, a arma que usas é aquela que usas
contra ti mesmo quando vais parar ao mesmo destino;
A Armaaquela que tu usas, que até achas que fazes boa figura
mas não passaste do pior, do pior dos cenários,
não passaste de ser o mau da história, todos te olham de lado,
estás morto, a arma que tu veneras é aquela que te matou,
mataste inocentes, mataste pessoas que eram amadas,
mataste pessoas que tinham vida, mataste pessoas que tinham família,
mataste pessoas que tinham amor, que tinham carinho, que tinham beijos
a dar a pessoas também queridas, também amadas;
A Arma
essa que matou tantas pessoas, meu Deus que arrepio de mágoa
que arrepio de dor, que arrepio de choro, que arrepio de injustiça,
as minhas lágrimas são pelas pessoas, as minhas lágrimas são pelos que partiram
injustamente, as minhas lágrimas são pelas pessoas grandes que morreram,
são pelas pessoas belas que se foram, pelas pessoas que tinha algo de grande,
as minhas lágrimas são pela diferença, pela maneira diferente de viver;
A Arma 
pode ter ganho, pode ter morto,
pode ter acabado, por ter tornado o sangue
em sangue, sangue de horror, sangue de morte
sangue de terror, sangue de mágoa,
mas agora o meu respeito vai para quem é estrela,
mas agora o meu respeito vai para quem partiu,
mas agora o meu respeito vai para quem é maior,
mas agora o meu respeito vai para os que viveram diferente,
mas agora o meu respeito vai para aqueles que se destacaram,
mas agora o meu respeito vai para aqueles que agora são luzes,
mas agora o meu respeito vai para aqueles que são estrelas
de um brilho maior, de um brilho inspirador.


Autor: Carlos Cordoeiro.

TO ORLANDO'S VICTIMS

sábado, 2 de julho de 2016

Poema Meu Coração

Meu Coração está inundado de sangue
pela dor causada pelo amor
este amor que carrego como peso,
como um peso doloroso;
Meu Coração é mais real
quando sofro, porque assim o amor
parece mais real, parece mais credível
embora isto seja sempre assim,
uma dor que parece constante;
Meu Coração gosta de adormecer a
pensar em ti, gosta de te imaginar
como um constante amor, de te imaginar
como algo bom, como algo a desejar
mas mais do que queres ou imaginas;
Meu Coração está em constante transformação
por causa do amor que é um pouco diferente
porque este coração é bastante forte, porque esta
intensidade do amor é tão escaldante que fico
sem nada, nem o amor que sinto por ti.



Meu Coração é tão negro que agora
estou mais escuro que uma noite
em noite de lua nova, nada vejo,
nada sinto, nada creio, é tudo um completo
código que apenas aquela chave dourada
me poderá abrir e amar-me;
Meu Coração escorre tanta dor
que até esta dor é mais agressiva
que as setas pedras que me atiraste
quando não me querias falar,
quando não me querias tentar amar,
quando não me querias tentar elogiar;
Meu Coração está por aí
aos bocados literalmente e creio
que tu o viste e sabes porque acho isto?
porque senti no meu peito a dor
de calcares o meu coração,
de calcares o que sinto por ti,
de calcares o que eu desejo sobre ti, sobre o teu corpo;
Meu Coração foi um desejo
um desejo que tu quiseste apagar,
um desejo que não mereceu assim tanta atenção,
apenas quiseste ignorar,
apenas quiseste deixar isto assim,
sem nada por dizer.


Autor: Carlos Cordoeiro.