quarta-feira, 13 de julho de 2016

Poema Palavras Quentes

Palavras Quentes para quê?
se temos estes nossos corpos
para fazer do nosso calor
algo útil, aquilo que por vezes
recusas fazer, e simplesmente pensar;
Palavras Quentes
foram aquelas que sussurrei ao teu ouvido
aquelas que fizeram teus lábios
encostar ao meu pescoço
e beijar constantemente e sem pausas;
Palavras Quentes
são aquelas que quero dizer-te
mas também ouvir de ti enquanto
estamos encostados um ao outro,
enquanto estamos neste amor constante;
Palavras Quentes
é aquelas que suspiramos, visto que
estamos noutras actividades mais
divertidas e desgastantes mas ainda assim
conseguimos fazer tanta coisa ao mesmo tempo.




Palavras Quentes
trocamos quando discutimos
sim, mesmo em momentos maus
elas também ficam quentes
e ficamos tristes como as lágrimas
de chuva que escorre nas janelas;
Palavras Quentes
não foram ditas porque os nossos corpos
tinha uma fala muito própria, uma fala
muito sensível, sensual, quente,
provocante, apetecível ao desejo do toque
e do sabor constante de beijar muito muito
muito devagar cada parte tua, cada pormenor teu;
Palavras Quentes 
não são propriamente necessárias
para haver conversa entre nós
visto que o nosso corpo já se conhece,
com ou sem luz já nos sabemos de cor,
com ou sem palavras já nos ouvimos,
com ou sem lençóis já nos sentimos quentes,
com ou sem roupa já sabemos as curvas
e aberturas certas para um prazer maior,
tudo em nós um completo calor que cada vez mais é maior,
tudo em nós é um prazer tão intenso que nós mesmo
não aguentamos o nosso próprio prazer, o nosso próprio desejo,
é demasiado, sabemos isso desde sempre,
é demasiado todo este amor, queremos sempre isto
e fazemos sempre isto, não temos tempo para as futilidades
apenas para o que importa o nosso Amor.


Autor: Carlos Cordoeiro.

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