domingo, 27 de novembro de 2016

Poema Ainda Acho Que Te Amo

Ainda acho que te amo
como no primeiro dia que te vi
pode ser impressão, mania,
saudade, mas a realidade é que sinto
por ti algo que me fez entristecer
ter enormes saudades;
Ainda acho que te amo
porque não te via indiferente,
sempre te olhei de forma especial
sempre quis recordar todos os dias como eras
pois assim eras, és e serás recordação,
Ainda acho que te amopois lembro-me dos pequenos sinais
dos sorrisos, dos momentos: poucos mas
bons, por isso acreditei sem arriscar,
amei sem tentar, gostei sem dizê-lo,
mesmo sabendo que era um risco não tentar;
Ainda acho que te amoporque ainda me lembro de ti,
porque ainda assim sinto um desejo por ti,
um carinho e respeito por ti, pelo que és,
considero-te especial sabias disso?
Nunca fui de me confessar, aquilo
que sinto de forma tão pura, aquilo que é bom
sentir mas difícil de dizer a quem amamos.




Ainda acho que te amo
afinal ofereci-te um anel como carinho
afinal casamento naquele momento era
cedo mas não impossível simplesmente é
cedo, mas não o foi para te ver como algo
sonhador, algo belo e intenso como o chocolate;
Ainda acho que te amo
fui eu que te convidei para o
chocolate quente na esperança das nossas
palavras serem doces, serem saborosas
como o momento e assim tudo era especial;
Ainda acho que te amopor seres assim, simplesmente bela
simplesmente irresistível, provocante,
gloriosa, atraente, apetecível pelos meus lábios
por beijos sedosos, sedosos como lençóis
que nos poderiam um dia cobrir de amor;
Ainda acho que te amo 
porque ainda sinto algo por ti especial
algo tão grandioso mas que fez-me não falar,
algo tão intenso, belo que nem acreditei, e
por isso desisti, mas no meu corpo, sonho e alma
ainda te espero com a mesma intensidade,
com a mesma vontade, lealdade e amor
se assim posso chamar
acho que posso chamar isto Amor!
Talvez.

Autor: Carlos Cordoeiro. 

O Porto: nacional ou internacional? (texto crítico)

 Antes demais gostava de dizer, porque considero relevante, que nasci, estudei e trabalho no Porto, sou mesmo "tripeiro", sou mesmo portuense.
 Hoje em dia, cada mais se verifica a potencialidade do Turismo, no nosso país, neste caso na Cidade do Porto também.
 Ao longo da história do Porto verificou-se que esta foi escolhida por inúmeros motivos como por exemplo: o Vinho do Porto, a Gastronomia, o Clima, a Hospitalidade, o Centro Histórico, o Plano Cultural entre outros aspectos.
 Obviamente que uma cidade vive do Turismo entre outras tantas áreas,
 Nunca fui contra o Turismo, muito pelo contrário aliás orgulho-me de ver os turistas a passear felizes na "minha" cidade, até gostava de criar projectos nesta área, mas isto é outro assunto que futuramente posso vir a debater aqui no meu blogue.
 Obviamente que há medida que os anos passam cada vez mais a percentagem de turistas aumenta, o que é excelente, é o que se quer, que cada vez mais que o Porto seja cada vez mais conhecido como uma cidade de História, Museus,Conhecimento, Cultura, Lazer, Restaurantes, de belas Praias, de excelentes Artistas no ramo das Artes Plásticas, Música, Dança, Teatro entre outras áreas.
 Antes de escrever o artigo propriamente dito gostaria de dizer que há excepções (gerais e também específicas) ou seja o que eu aqui disser que pareça menos bem ou inadequado, não quer dizer que esteja a censurar algo ou alguém mas sim que seja a minha opinião, ou seja, vou opinar sobre a Cidade do Porto: onde eu nasci, cresci e vivo.


O Porto: nacional ou internacional?

 Pergunto-me constantemente, não é que seja algo prioritário na minha vida mas é algo que de vez em quando gosto de desenvolver ao pensar nisto para mim.
 Actualmente considero que haja a "febre" dos Hóteis (uma pessoa que conhece minimamente o Porto sabe do que falo), considero que no Centro Histórico da cidade há um excesso do número de Hóteis, para não falar que em certas ruas, há Hóteis praticamente juntos, não é que seja mau ou censurável simplesmente tenho a sensação que cada vez mais há um acumular de Hóteis na mesma rua ou zona da cidade.
 Creio que é sempre bom a nossa cidade ser conhecida mas não significa que tenha de ter imensos hotéis, aliás aqui a questão é a quantidade...e não o facto de existir, porque tem que existir como é óbvio, afinal o conceito de pernoitar / hospitalidade no Porto é mais antigo do que se pensa.
 Conforme já há hotéis na zona da Boavista, Foz e nessas redondezas deveria haver mais por exemplo na zona de Campanhã, porque nesta zona também há História, aliás senão estou em erro esta zona desde do século XIX ao século XX, teve várias fábricas hoje completamente em ruína, portanto porque não investir no Turismo Industrial? ou seja, reabilitar os edifícios (fábricas) e fazer deles Museus, espaços vivos, de história, de conhecimento e lazer! Por exemplo aqueles armazéns todos vazios...porque não fazer deles Galerias de Arte? Discotecas? Restaurantes? Hotéis? Escolas de Dança, Música ou Teatro? Há inúmeras alternativas, mas o que eu estou a tentar dizer é que considero que está muito concentrado na mesma área, os que já existem ficariam lá como é óbvio, mas criar novos hotéis em zonas como Campanhã, Freixo, Antas, Bonfim, aliás quando eu digo novos hotéis nestas zonas é alguns não muitos, até porque não se justificam haver tantos (concentrados na mesma rua ou zona da cidade).
 Sou a favor do Turismo, mas não desnecessariamente como a concentração de hotéis na mesma rua! Considero que nos dias de hoje, estamos demasiados preocupados com o Turismo, por um é excelente e por outro é mau porque como tudo na vida, há sempre os dois lados da questão.
 Eu para ser sincero, se tivesse muito dinheiro, também teria um hotel...a sério! porque efectivamente gostos dos turistas, gosto de vê-los com sorriso na cara, adoro como eles gostam de explorar a cidade, o sorriso e admiração quando vêem aquelas escadarias, ruas, ruelas, travessas, depois aquelas ruas tão medievais...eu percebo-os, compreendo porque gostam cada vez mais do Porto, para não falar do Vinho do Porto que é excelente e como é óbvio dispensa apresentações pelo seu inigualável prestígio, sabor, textura, aroma entre outros valores certificados e premiados durante anos, séculos! Agora os hotéis serem todos  concentrados achou mau, mau por estarem tão próximos até porque nesta cidade temos grandes hotéis de elevado prestígio, ou seja, cada hotel fala por si no sentido que cada um tem a qualidade que tem!
 Outra coisa... as casas/prédios em ruínas...outro assunto que me faz seriamente confusão e porquê?  Por razões óbvias.
 Estes prédios, estão anos, décadas a fio em ruínas, sem nenhuma recuperação possível e depois a Câmara requalifica ou então algum senhor compra o prédio todo e o que é que faz? O que faz? Mantém a fachada que dá um aspecto tradicional, respeitável, e depois destrói todo o interior para ser um novo e belo Hotel por vezes a mudança é tanta que nem se reconhece como era antes o edifício originalmente.
 Aliás neste tipo de casos lá se vai os exemplares que existem no interior dos edifícios como os estuques, os corrimões de madeira trabalhada, as janelas guilhotina, entre outras características
próprias de uma época, de um século - claro que há hotéis que ainda mantém estas características e ainda bem!
 De seguida temos edifícios míticos, mágicos e que marcaram uma época mas que actualmente tem um aspecto diferente, tem uma actividade hoteleira ou pior do que isso (dependendo dos casos), vejamos o que é feito do Cinema Águia D'Ouro e o Cinema Batalha...o primeiro é um hotel o segundo está vazio, era bom para a cidade requalificarem como Cinema (e não outro Hotel) o Cinema Batalha, afinal por ele passaram grandes filmes portugueses...isto tudo a relacionar-se com edifícios ligados ao Turismo, Cultura e Lazer, sim porque se eu for a falar dos edifícios históricos aí sim tenho tanto mas tanto que falar.
 Até porque não há propriamente uma sensibilidade para os monumentos, embora, de há uns anos para cá, tenha havido um esforço pelas entidades do sector competente, a trazer "à luz do dia" os monumentos que estão literalmente esquecidos na nossa Cidade do Porto.  














quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Poema Canção Triste

Canção Triste
é quando estou na sala fria
e gélida como o meu coração
que chove tristeza e as lágrimas
são como o sangue da minha mágoa;
Canção Triste
é quando sei que tive-te como amor
mas por vezes perdi tanto, tanto
que acho que se tentar
poderei novamente falhar
embora o raio nos tenha acertado e separado; 
Canção Triste
é a chuva cai gélida e fria
fria que até entra no meu coração mesmo eu
não querendo daí ás vezes o meu coração ser gélido
embora a minha alma e amor a ti seja de um fogo
ardente e luminoso, mais que o sol;
Canção Tristeé aquela que por vezes senti
quando dormia na amargura de não
voltar um dia ver-te mas quis acreditar
que era o medo a fazer da minha voz
dor maior que o amor.




Canção Tristefoi aquela que por vezes ouvia
quando o meu coração não era
preenchido pelo teu calor e momento
De ternura e beijos sedosos como os nossos lençóis;
Canção Triste foi os momentos que eu esqueci
não porque quis mas as lágrimas
fizeram de mim uma tristeza tão grande
que nem o meu coração aguentou tamanha dor;
Canção Tristefoi pelas mágoas que chegarem ao meu coração
como chamas tão fortes como todo
este meu amor que eu sinto por ti
desde sempre, acho que o sabes;
Canção Triste
foi aquela que eu ouvi antes
mas que cada vez mais torna-se baixa
pois o meu amor, a minha chama,
a minha vida, a minha luz fala
tão alto que nunca mais ouvi a tristeza
neste meu coração que já foi entristecido.

Autor: Carlos Cordoeiro.

domingo, 13 de novembro de 2016

Fado Saudade

Saudade deu-me D-us por te
ver partir pela noite fria e gigante
pelo mar que era monstro
nas o teu coração foi de sangue e bravura;
Saudade tive eu quando de longe
vi entrares pelo mar e engolir tão amargamente
a dor de ter medo de te perder
e do meu coração ser pisado por essa dor;
Saudade sinto eu por te desejar-
nos meus braços e pedir aos Santos
que façam o barco voltar sobre águas calmas
como o meu coração se sente quando estás ao meu lado;
Saudade foi sossegar
por saber que voltas depois de cada turbulência
que remexe todas as noites o meu coração
fazes do meu terço a minha paz,
fazes da cruz a minha  calma e sossego,
enquanto o mar te tenta levar.




Saudade foi a cada noite 
ter mais medo do mar do que a morte,
foi o desespero em rezar por ti
para que os Santos te iluminassem
as ondas negras, as ondas da mágoa;
Saudade por pedir a D-us 
para iluminar-te sempre que o mar te chama
e tens que retirar dele, o que se recusa,
tenho que pedir a D-us que faça de ti
a bravura e a coragem em pessoa
e que as rezas se tornem em esperança;
Saudade foi a saudade
que ficou neste meu coração incendiado
pela mágoa, tristeza do mar me levar
aqueles que eu mais amei,
mesmo rezando que as vidas fossem longas;
Saudade foi ver-te ir
meu coração explodiu como as rochas
são explodidas pelo mar zangado
mesmo não tendo a culpa, mesmo tendo
eu feito da minha boca oração
mesmo tendo feito dos meus olhos lágrimas de dor
mesmo tendo eu feito do meu linho, o pano da despedida
mesmo eu tendo feito das minhas lágrimas lembranças amargas e longe
longe como as pessoas que eu  agora amo.

Autor: Carlos Cordoeiro.

sábado, 12 de novembro de 2016

Poema Posso Esperar

Posso Esperar que sejas a minha próxima viagem
viagem esta que me irá levar a uma felicidade
uma felicidade que é tão grande
como os nossos corações repletos de amor e carinho
carinho este que é um beijo eterno entre os nossos corpos;
Posso Esperar por dias tão longos
mesmo que demorem a esperar
até os relógios estourarem mas o meu amor
continua a explodir por ti e pela tua beleza
e pelo o teu lado tão esculpido pela natureza que te criou;
Posso Esperar que um dia tu e eu
sejamos um casal feliz em que nos amamos
por coisas simples e não por coisas supérfluas
e materialistas, que simplesmente sejamos um amor
natural como a natureza que adoramos vivenciar;
Posso Esperar que o nosso amor seja tão forte
como rochas, como aquelas tão grandes
que nem os fogo as quebra, nem mesmo o trovão,
o nosso amor será igual: indestrutível.




Posso Esperar por ti eternamente na estação
na estação do amor em que iremos apanhar
o comboio da felicidade, do amor, da intensidade
que em tempos poderemos vir a viver;
Posso Esperar por ti num café, vejo pessoas e mais
pessoais e mais e mais...mas canso pois nunca te vejo
e o café já se tornou água fria escura, sem sabor
como a amargura de não te ver ao meu lado;
Posso Esperar por ti para irmos ver um filme
um filme mesmo muito bom que no fundo
poderá ser a nossa história de amor mas não em cinema
mas na realidade
Posso Esperar tudo isto e muito mais que te disse
posso esperar amar-te, adorar-te, beijar-te,
tocar-te, acarinhar-te e é mesmo verdade e sabes porquê?
Porque tudo de mal que pensei entre nós foi sonhos
sonhos tão escuros como a tristeza que em tempos senti
mas que hoje os dias de sol tornam-se quentes como o nosso amor.


Autor: Carlos Cordoeiro.

LEONARD COHEN

 Ontem,11 Novembro 2016, por volta das 10h ouvi na rádio a notícia que o cantor canadiano e judeu Leonard Cohen tinha falecido devido a uma cancro, doença esta que apenas era conhecida entre familiares, porque assim o quis.
 Gosto de algumas músicas dele, outras não conheço, embora cá em casa tínhamos os CD's dele, dos mais antigos aos álbuns mais recentes que ele fez.
 Não é para ser cliché, muito menos por ele ter morrido, mas eu acho que ele sim, deveria ter recebido o Prémio Nobel da Literatura do que Bob Dylan, afinal tem mais qualidade poética.
 Embora os dois tenham qualidade no que criam, a meu ver Leonard Cohen é mais poético, mais "floreado", mais belo, mais elegante, um senhor, ou seja, ele é um senhor a escrever música, aliás a maneira tão delicada e perfumada que ele escreve sobre as Mulheres é maravilhoso!
 A maneira como ele honra a mulher e o homem como algo uno, algo que se completa, algo que se é em conjunto é lindíssimo, aliás as músicas deste grande senhor são belíssimas, dá gosto ouvir calmamente e deliciar-nos com a sua poesia, com a sua música, com sua mestria, com a sua sensibilidade!
 De todas as músicas que ele fez as que eu gosto mais são: "Dance Me to the End of Love", "I'm Your Man","You Want It Darker", "Everybody Knows", "Take The Waltz", "Hallelujah" entre outras.
 Geralmente o mundo perde cedo grandes homens e mulheres que directa e indirectamente mudaram positivamente o mundo, mas é o correr natural das coisas, ou seja, todos nós um dia, mais cedo ou mais tarde, falecemos, claro que não é bom, mas também a imortalidade não seria assim tão boa, embora muitos o desejam.
 A forma mais nobre de uma pessoa se tornar imortal neste Mundo é ajudar directa e indirectamente através da Poesia, Música, Arte, Educação, Ciência, Tecnologia, Medicina, Desporto, Biologia, entre outras áreas...e se as pessoas ajudarem primeiro os outros e a seguir a si...tornam-se especiais como Leonard Cohen.
Que descanse em paz o grande Poeta, Compositor, Músico e Cantor Leonard Cohen!