quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Poema 2013,Portugal

ano 2013
está a começar
mas tudo está igual
tudo é banal
ao mesmo tempo intencional
tudo é poupado, tudo é recusado
quando vão ao mercado.

Estou-me a passar
porque tudo é para bloquear
tudo é para acabar e para nada restar
simplesmente.

Sonhei com um futuro melhor
onde isso é tão falso como o amor platónico;
sonhei com um futuro
que me promete um emprego lá fora;
uau!,vou viajar...mas para sobreviver!

Que máximo estou num país
onde dizem querer ajudar
o pior é que só nos enterram
...quando morrer não preciso de enterro
já o fizeram por mim.

Estou num país
que não precisa de sismos
ele próprio já se treme
mais que uma gelatina
se o dinheiro treme,cai
adeus!, adeus ao que nos querem roubar.

Ó filha vem ver este país
o preço? qual o preço?
Ó filha o preço deste país
é FMI é um pouco caro
mas foi pescado por todos,
de Portugal.

Que tipo queres tu
de país viver
Vá lá sabes como eu
não vale a pena lutar
ah já sei....vamos ás manifestações
e depois abraçamos os polícias!

Oh o que espero em 2013?
Nada!
Tudo está igual, tudo é mentira
tudo é banalizado, tudo é desrespeitado,
tudo é ignorado,já viram?
dou-me ao trabalho de falar no que não devo
fixe o mundo não acabou,
ai que bosta, tenho que ver pessoas detestáveis
que me ferem e muito o olhar, cegam-me!
tenho que ver o que não quero;
ai que dor esta no peito
de ver, ouvir, cheirar, sentir tudo que é detestável.

Autor : Carlos Cordoeiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário