terça-feira, 25 de dezembro de 2018

(Poema) Fado Saudade

Saudade
este meu coração sente
todos os dias, por uma partida
injusta e incompleta
que aperta tanto este meu coração
como a lágrima ácida pelo meu suave rosto.


Saudade
choro eu por ti, pela despedida que não vi
pelo sentimento que imaginei mas não senti,
sinto-me petrificado num passado por momentos,
sinto como que a corroer pela mágoa de não sentir
simplesmente imagino como se calhar foi o final.


Saudade
por algo que nem eu mesmo sei, indescritível
por chorar por vezes uma presença fantasmagórica,
pelos dias que pensei que podias estar, mas
apenas lembrei como em tempos pudesse conhecer-te,
simplesmente foi vontade, desejo mas nunca realidade.


Saudade 
por algo que é tão grandioso que em mim não cabe,
algo que em mim aperta o coração de angústia,
por não estares por cá, por não estares entre nós,
pelo desejo de querer amar e não puder apenas
simplesmente imaginar como poderia ter sido um amor de Pai.



A ti, Pai.
Autor: Carlos Cordoeiro.

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