terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Poema Mau Sangue

Mau Sangue é aquele que tu gostas
por isso em ti corre
a necessidade do risco e do erro;
Mau Sangue corre-te naturalmente
como o verdadeiro já correu
por isso agora és uma pessoa criminosa
por não aceitares e mudares a mágoa;
Mau Sangue está na ponta da tua navalha
que deixou-se penetrar no corpo
do inocente e por isso eu choro
a tua prisão à liberdade;
Mau Sangue é matares-me constantemente
por um sentimento que não sentes,
por um ódio que não queres ter,
por uma recusa do meu amor pelo beijo;
Mau Sangue é o que nos sentimos;
é aquele derramado quando te ris,
e eu estendido por tanto sentir
por tanto amar quem não devia ou queria.


Mau Sangue é todo aquele crime
que deixaste esquecendo que seria a
tua marca para a desgraça como o nosso amor;
Mau Sangue foi o que eu libertei
quando soube que era o secundário
num amor que considerei prioritário
e o que o resto eu desperdicei;
Mau Sangue foi aquele que fizeste
derramar pelos teus crimes,
pelos teus actos escuros,
pelas tuas falsidades,
pelas tuas teatralidades,
por toda a vida  que é uma mentira;
Mau Sangue foi o que saiu através das tuas palavras
que me magoam constantemente em ferida aberta
e nunca cura, e por isso a dor é cada vez maior
até ficar eu todo em ferida por um amor não vivido;
Mau Sangue foi este amor que não se viveu
foi esta solidão constante carregada de dor
e de saudade pelo que ainda não foi visto ou vivido,
e por isso tudo é tão constante na dor e na tristeza
e nunca saberei se o teu amor será real ou não.


Autor : Carlos Cordoeiro
(poema escrito ao som de Bastille - Bad Blood)

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