És a culpada da minha lágrima
agora serei um vulcão de sangue
sem cura possível que já não tenho ossos;
és a culpada do meu ar ser sufocante
da minha pele cair
dos meus olhos estarem cinzentos
tudo em mim agora é passado destruído no presente.
És a culpada no dia
em que não deixaste o beijo nascer
como as rosas do nosso jardim;
não te quero queimar
tuas palavras já o fizeram
mas a mim bem dentro do coração;
tu não podes,
tu não queres,
tu não dizes,
tudo está a incomodar-te constantemente.
Só eu mesmo senti bem no centro do teu coração
a palavra bomba,
o sentimento corrosivo,
o sentido doloroso,
fui eu que fiquei apagado de um amor feliz;
fui eu que fiquei nu
fui eu que tive sempre desamparado
mesmo quando dizes-me amar-me.
Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 5 Janeiro 2015)
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