Se o desejo mata-se
já estava morto há muito tempo;
desejo o que não posso ter
desejo o que não vejo
desejo o que imagino sem visão;
desejo tanto
que a quantidade está esgotada
que agora só imagino.
Se o desejo fosse tão verdadeiro
eu já te tinha aqui
apenas aqui fisicamente;
se o desejo não fosse imaginário
eu não te desejava
nas noites infelizes de Inverno;
se o desejo fosse intenso
não comia o chocolate mais negro
que estas noites.
Ai que o desejo é tão intenso
tão intenso que eu já não vejo
apenas sinto o que ainda virá;
agora o desejo
é apenas o imaginário
por enquanto é suspensa e está lá
todos os dias.
Autor : Carlos Cordoeiro
(Data original do poema : 22 Janeiro 2015)
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