segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Poema As Estrelas

As estrelas são tantas
como os beijos que te dou
de manhã, de tarde e à noite;
as estrelas são tão intensas
tão calmas, tão silenciosas
e no entanto estão cá de forma gritante;
elas calorosamente
iluminam meu tecto natural
e grandioso que vai muito
para além do meu pensamento.


As estrelas estão lá encima
e eu aqui tão abaixo,
elas tantas
e eu aqui tão sozinho
elas tanto brilho
e eu pareço  tanto apagado;
as estrelas são de todas as cores
eu vi e senti pelo calor do olhar
a elas que façam todas as noites.


Nem nas noites  frias de Inverno
deixo de as olhar por muito tempo
mesmo que a janela gele ou fique opaca
meu olhar irá sempre vê-las
porque o que eu quero é forte e acontece;
Nos dias longos como uma vela, no Verão
deixo-me levar pelos céus intensamente
pontilhados e brilhados por elas
e posso ficar sempre a vê-las até ao dia vir.


Elas estão sempre lá,
não questionam, não julgam, não reclamam
brilham para serem vistas,
elas estão sempre lá em todas as noites
nas noites do frio
nos dias do calor 
no meio dia do crime
no despedimento de todos que vão
nas viagens longas
nos desertos fatais africanos
estão lá mesmo sempre e nunca
nunca mesmo criticaram ao fugiram.






As estrelas continuam com o brilho
silencioso e incomodativo pelo enigmático
mas acalmam a mente mais aflita;
as estrelas estão na lagrima tão ácida
na tristeza tão triste de uma saudade recente;
estão naquela partida
na partida de corações despedaçados
e das vestes negras que estão lá;
elas presenciaram lá, tudo
e conseguiram calor,
não dizes nada, nem comentar
apenas estão lá há tento;
e nós humanos com tanta futilidade
com tanto materialismo e nunca
brilhamos com a simplicidade das estrelas.



Autor : Carlos Cordoeiro
(Data Original : Dezembro 2014)

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