terça-feira, 29 de maio de 2012

Poema Procura De Mim Mesmo

Estou eu
num corredor
com  luzes todas iguais
ninguém pensa
tudo é vazio.

Passam pessoas
não reconheço nenhuma
são-me anónimos
tem olhos vazios.

Olho para as luzes
dão-me sono
um sono que me pesa no corpo
que me carrega tanto
que nem sinto o corpo.

Os meus olhos
estão pesadíssimos
se eu adormecer
não vou  sentir nada
pois estou noutro mundo
é tudo muito surreal
é tudo muito poderoso
tudo muito sentido.

Agora acordo não sei se do sono
ou se da realidade
acordei para o tempo
de me levantar
e continuar a ser máquina-humana
que vive como que automaticamente
todo o mesmo dia.

Autor : Carlos Cordoeiro.

1 comentário:

  1. Que te encontres sempre entre palavras, pois a tua vocação mora nesta liberdade em criar personagens.

    Ana Isabel Rosa

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