Estou eu
num corredor
com luzes todas iguais
ninguém pensa
tudo é vazio.
Passam pessoas
não reconheço nenhuma
são-me anónimos
tem olhos vazios.
Olho para as luzes
dão-me sono
um sono que me pesa no corpo
que me carrega tanto
que nem sinto o corpo.
Os meus olhos
estão pesadíssimos
se eu adormecer
não vou sentir nada
pois estou noutro mundo
é tudo muito surreal
é tudo muito poderoso
tudo muito sentido.
Agora acordo não sei se do sono
ou se da realidade
acordei para o tempo
de me levantar
e continuar a ser máquina-humana
que vive como que automaticamente
todo o mesmo dia.
Autor : Carlos Cordoeiro.
Que te encontres sempre entre palavras, pois a tua vocação mora nesta liberdade em criar personagens.
ResponderEliminarAna Isabel Rosa