quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Poema Vento

Oh meu querido vento
porque sopras tu
nas frágeis casas que o Homem
criou?
porque és tu tão aborrecido ?
porque és tu tão frio?
porque deixas tudo desarrumado ?
não achas que deves te acalmar ?
na época dos descobrimentos tu
empurraste as naus portugueses.

Oh vento que tanto és
frio como quente;
que tanto poderoso és
como calmo;
gosto de ti, especialmente na primavera
quando no campo deito-me
e tu passas-me pelo corpo, obrigado.

Oh vento passa pela mente
passa pelo corpo
passa pelo coração
varre a memória maligna.

Oh vento que não tem cara
mas tem força;
oh vento tu que me queres
ver a voar conforme
os amores voam;
Oh vento gostava que a nossa relação
mais refrescante mas não fria
apenas suave, uma brisa suave.

Vento sejamos amigos,
sejamos íntimos nos sonhos;
sejamos compreensivos
sejamos amantes de leitura poética;
sejamos leitores os dois á luz do dia
e á luz das estrelas.

Oh meu querido vento
sê meu amigo
dá-me o teu sopro de amizade.

Autor : Carlos Cordoeiro.

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