quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Poema A Vida É Reticente

A Vida É Reticente
quando esperei o melhor dela
e apenas tive constantes
amarguras e dores tão fortes
que pensei não me aguentar de pé;
A Vida É Reticente
ao ponto de eu não pensar
aquilo que por vezes é óbvio,
por vezes não vejo a realidade
mesmo que ela me seja clara
e por isso torno-me reticente,
à espera de...;
A Vida É Reticente
a partir do momento que pensas demais
sonhas de menos, e nem saias do sítio
apenas sofres constantemente pela incerteza,
da incerteza de errares, de falhares,
da incerteza de seres o erro de ti próprio;
A Vida É Reticente 
a partir do momento que receias
a partir do momento que não estás à vontade
numa sociedade canibalista de egos e personalidades,
e que no final pouco ou nada sobra,
porque não és pessoa mas sim algo que simplesmente
vive por mais atitude que tenhas.




A Vida É Reticente
é aquela que tu sonhas viver
mas quando vais a ver projectas demasiado
aquilo que estás constantemente
a querer como sonho ou realidade
quando no final descobres que tudo é doloroso;
A Vida É Reticente
quando tens que decidir a vida
a vida que dará a uma felicidade que até pode
ser passageira mas garante-te algo,
algo que preenche o teu ser
tão arranhado pelas pessoas tão loucas por si mesmo,
aquelas pessoas loucas de fome social,
fome de personalidades, egos, felicidades
e que se escondem num sorriso tão grandioso;
A Vida É Reticente
naquele momento que descobres que o que tens
poderá ser meramente ilusão porque tu vais
embora e o resto ficar por cá e nem sequer é lembrança
da tua existência mas algo a esquecer, algo a apagar
porque já nada sobrou de ti;
A Vida É Reticente
quando pensas nela, quando pensas num futuro,
quando pensas demasiado no futuro, nem que seja no amanhã
pensar no segundo a seguir é demasiado doloroso
demasiado forte, intenso, agressivo
por isso é que eu prefiro seguir e orientar-me pelo agora,
prefiro viver agora, mas sempre com sonhos, sempre com expectativa
sempre com realidade, sempre com optimismo, sempre com garra,
sempre com aquela garra que nunca pode sair nem desaparecer,
por isso a cada dia que passa tenho que ser tão forte
tão forte como as rochas que tenta-se destruir e ficam inteiros como eu.

Autor: Carlos Cordoeiro.

A ti dedico, Amigo.

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