sexta-feira, 25 de março de 2016

Poema Quem És Tu

Quem És Tu que me queres constantemente
como um amor por uns segundos,
mas que é tudo completamente incerto,
e eu fico naquela de não saber o que fazer;
Quem És Tu que por momentos
queres falar-me de tudo que é bom
tudo que é amor, sentimento, boas sensações
mas que depois queres-me ver
nos dias negros sem a tua presença
sem o teu amor, sem o teu beijo,
sem o teu abraço, sem aquele desejo de ser amado;
Quem És Tu que por vezes
cobres os meus dias de uma felicidade plena
que o resto é demasiado passageiro,
que o resto é demasiado supérfluo,
que o resto é demasiado indiferente,
viste que o nosso amor incendeia por onde passamos,
por onde andamos, por onde caminhamos,
por onde tentamos ser felizes;
Quem És Tu que por vezes queimas o meu amor,
que por vezes incendeias o meu desejo,
arrasas o sentido de desejo que tenho por ti,
arrasas todos os beijos que guardei para ti,
arrasas todas as palavras como estas que te escrevo.


Quem És Tu que brilhas tanto para mim,
que és-me tão especial,
e que suavemente te toco, suavemente te imagino,
suavemente imagino que somos um eterno beijo,
um eterno momento de amor que é infinito em nós,
um eterno jardim em constante crescimento e beleza;
Quem És Tu meu amor
que me completas tanto mesmo sem saber,
que me fazes sorrir mesmo sem dares conta,
que me fazes sentir parvo mesmo que isso não te passe pela cabeça,
que me fazes sentir nervoso mesmo que isso se note,
que me fazes gaguejar mesmo que não seja caso para isso,
que me fazes acalmar quando não estou,
que me fazes sentir tudo isto e muito mais de forma tão natural como o meu amor por ti;
Quem És Tu que me fazes sentir tudo isto
sem qualquer pudor, e com todo o atrevimento
provocas em mim todo este meu amor que eu quero dar-te
mas não sei bem como, de que maneira, de que intensidade,
é tudo demasiado provocante, a mim, a ti e a nós,
o nós, é algo que existe constantemente nos meus sonhos.


Quem És Tu que tanto me falas, tanto te dás
a mim mesmo como amiga mas depois abandonas-me
de forma tão natural, de forma tão indiferente,
e o nosso amor fica completamente em suspenso;
Quem És Tu que fazes de mim um
constante sonhador,
em que todos os meus sonhos são contigo,
todos os meus sonhos são a tua presença,
todos os meus sonhos são projectados,
num amor tão utópico embora o que eu sinta seja
infinito no finito, tudo que sinto por ti
é dolorosamente verdadeiro;
Quem És Tu meu coração tão apetecível e desejado,
que me fazes perder em ti, todo o meu amor,
que não há nada em nós que seja falso ou verdadeiro,
apenas este amor que sinto por ti,
mas que insiste em ser como que vários hologramas num só,
mas eu ainda assim irei continuar a insistir em amar-te,
mesmo sendo sonhos, para mim eles são sempre reais, sempre.


Autor: Carlos Cordoeiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário