sábado, 27 de fevereiro de 2016

Poema Dói-me A Palavra

Dói-me A Palavra que te escrevo constantemente
e que tu insiste em ler mas ignorar que tudo isto
é para ti, para ti meu Amor;
Dói-me A Palavra que eu escrevo de forma
tão intensa que o meu coração também escreve,
a minha alma também escreve para ti,
tudo em mim é escrito para ti,
Dói-me A Palavra cada vez mais por dentro de mim,
visto que sou eu que faço isto, isto de te escrever
em constante sofrimento, em constante mágoa,
em constantes lágrimas que se deixam derramar
formando o rio da mágoa do amor e da tristeza.


Dói-me A Palavra, arde-me tanto o desejo de escrever-te,
arde-me tanto querer-te amar sem reservas,
arde-me pior que fogo esta palavra que eu escrevo sempre
para ti, sempre a pensar em nós, sempre a pensar nisto;
Dói-me A Palavra que insisto em escrever,
que insisto como cura das dores utópicas que existem,
como remédios de amores altamente platónicos,
insisto neste círculo infinito que finita em algo que não conheço:
Dói-me A Palavra que tenciono dizer-te como necessidade,
mesmo que isso a mim me cause uma dor, uma lágrima, uma dor,
algo que sabes que é complexo de decidir ou ter.


Dói-me A Palavra mesmo muito, mas não sei muito bem o que fazer,
dói-me o corpo todo, a alma toda, os dedos de escrever
o que tu não lês, o que tu não queres saber,
o que tu insiste em achar que não vivo; que insistes em achar-me falso,
que achas que tudo isto é pura gota de prazer da minha imaginação
quando nem imaginas a verdade......a verdade de estar aprisionado em ti,
neste amor tão prisioneiro, que me prendo a mim mesmo nestes círculos
círculos estes que giram, tal como a minha cabeça gira por algo que não é verdadeiro,
que gira por algo demasiado fantástico e surreal para ser verdade,
o nosso amor existe apenas aqui, no que te escrevo, no que te tento transmitir
desde de sempre, todos os dias, semanas, meses, anos a fio a escorrer.

Autor : Carlos Cordoeiro.

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